O presidente da Fifa, aquela entidade que prima pela ética e pelo "caráter impoluto" de seus dirigentes, (não é, Havelange?) pediu respeito aos brasileiros que, exercendo seu legítimo direito de expressão, vaiaram a ele e à presidenta no estádio. Se eu fosse mal educado mandaria o Sr. Blatter para a puta-que-o-pariu, mas como não sou, vou dizer só o seguinte:
1) Em primeiro lugar, Sr. Blatter, não se meta em nossos assuntos internos. Vaiamos e aplaudimos quem nós quisermos, ou a Fifa vai também baixar uma lei proibindo a vaia no estádios? É capaz de o governo aceitar, como já aceitou todas as demais imposições, até mesmo contrárias à nossa legislação.
2) O Sr. é um estrangeiro nessas terras e está aqui como convidado e não fica bem o convidado querer ditar as normas da casa. Portanto cale a boca!
3) O Sr. teria a petulância ou a coragem de pedir respeito a alemães, franceses, ou ingleses, se vaiassem alguém nos estádios europeus? Pensa que aqui é o quintal da casa da Mãe Joana? Pode até parecer, mas não é!
Portanto quem perdeu boa oportunidade de ficar calado foi o Sr. e não o povo que foi ao estádio e pagou por isso e que , por vivermos (ainda) numa democracia, tem o direito garantido pela Constituição de se manifestar livremente e a vaia é uma das mais espontâneas e naturais manifestações de desapreço e desagrado. Pior seria se tivessem jogado caxirolas nas suas cabeças.
sábado, 15 de junho de 2013
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