quarta-feira, 12 de junho de 2013

Darwin explica Marx

Dos quatro grandes pensadores que moldaram o século XX, Marx, Freud, Einstein e Darwin, o  mais bem sucedido em termos de comprovação de suas teorias foi, inegavelmente, Darwin. O darwinismo está provado e comprovado e, apesar do misticismo criacionista, não há um dado científico que abale ou contradiga suas proposições básicas. Ao contrário, cada avanço, cada descoberta, vem corroborar que o Darwin descobriu, como sendo uma das chaves do funcionamento básico da natureza no seu aspecto biológico. Einstein também nos apresentou uma teoria sobre o mundo físico, ousada, espetacular, elegante,  mas que resta ainda incompleta, dada a sua incompatibilidade com a mecânica quântica. Em seguida vem Freud, mas aí entramos em terreno movediço, uma vez que não há critérios científicos objetivos para comprovar ou refutar os postulados da Psicanálise.
Por último restou Marx. O marxismo foi colocado em prática, com menor ou maior aderência aos postulados socialistas e comunistas, mas foi e ainda sobrevive como um dinossauro anacrônico nos regimes norte-coreano e na agonizante Cuba. 
Podem dizer que na Rússia, o comunismo falhou porque pretendeu queimar etapas, partindo de um proletariado rural vivendo em um regime feudal, direto para uma sociedade industrial socialista, sem passar pelo processo intermediário de ascensão da burguesia, etc. etc. Em Cuba teria ocorrido o mesmo.
Mas, se os postulados marxistas estão corretos, como explicar o caso das duas Alemanhas? O ponto de partida foi o mesmo, um país destroçado por duas guerras, mas com uma população culta, educada, disciplinada, que foi repartida em dois Estados: o comunista e o capitalista. A grande falha do marxismo, posto em prática na Alemanha Oriental,  acaba sendo explicada pelo darwinismo. Não adianta negar as leis naturais, elas acabam por se impor à força.
Assim ocorreu no chamado marxismo real. Ao retirar do sistema produtivo o interesse pessoal, a concorrência, a disputa, o mérito e a recompensa ao melhor, o que se viu foi que o sistema entrou em colapso.  A seleção natural sempre premia o mais eficaz e se não o fizesse não haveria a evolução das espécies. Assim também ocorre com os grupos sociais. Sem o processo de premiação do melhor e punição do pior, não haverá evolução social ou individual.
Produzir riqueza requer trabalho e energia. Produzir riqueza exige esforço. E esse esforço tem que ser recompensado. A esperança de que todos farão o mesmo esforço mesmo que não sejam premiados por isso é apenas um desejo utópico e irrealista. Nada substitui com vantagem o sistema meritocrático e os eventuais desvios que ocorram nesse sistema pedem a sua correção e não a adoção de um sistema oposto. 
Isso está demonstrado, na prática, pela miséria, pela incompetência, pelo atraso em que cairam os países que adotaram ou ainda insistem em adotar o comunismo como regime político e social, sem considerar que para sua implementação foram necessárias ditaduras violentas e sanguinárias. Estão aí, Cuba e Coréia do Norte para demonstrar que Darwin tinha razão.




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