Molusco, Exu de Garanhuns, Apedeuta, Exterminador de Plurais, Babalorixá de Banânia, esses e outros são os epítetos do "maior estadista" que essa terra conheceu desde Tomé de Souza! Nunca antes na história desse país se viu tal coisa.
O dito-cujo resolveu deitar falação em comício da CUT, no dia do Trabalho, para uma plateia selecionada a dedo, a nove dedos!
E aí defendeu o governo Dilma... e atacou o governo Dilma!
"Defendeu" dizendo que nunca antes na história desse país houve uma mulher como Gilda, oops, Dilma! E atacou dizendo que "temos" que derrubar o plano Levy.
Deixa ver se eu entendo. O ministro Levy foi nomeado pela Dilma, cujo governo o Exu diz defender. Ou será que há algum outro governo, que a gente não sabe, e ao qual o PT do Molusco faz oposição? Pelo jeito e pela intensidade da raiva do Babalorixá esse governo fantasma é quem realmente governa o país e dona Dilma está lá de fantoche.
Obviamente ela agora está meio de fantoche mesmo, já que tercerizou o governo para o PMDB. Só que o governo do PMDB nada tem de fantasma, nem de zumbis, ao contrário, todos lá são muito vivos, vivos até demais! Mas quem se aliou ao PMDB e o promoveu e o cevou até chegar à situação atual não foi ninguém mais, ninguém menos, que o Molusco. Foi ele quem subiu ao palanque ao lado da Roseana, foi ele quem disse que o Sarney deveria estar acima de qualquer suspeita, acima mesmo da lei, foi ele quem escolheu e referendou o nome de Michel Temer para vice da Anta. Foi ele quem deu todo apoio à candidatura de Renan Calheiros à presidência do Senado, presidência à qual Renan havia renunciado por conta de uma multiplicação de bois mal explicada.
O que a Anta fez foi aprofundar essa relação com o partido, ou seja, fazer mais do mesmo que é a sua (dela) especialidade. Aprofundou tanto que agora quem manda são eles, sem intermediários.
É disso que o Exu está com raiva? Ou das revelações de que já está sendo investigado por "suposto" tráfico de influência em favor da Odebrecht. Acho que, na verdade, está mesmo é com medo. E usa aquela velha tática de que a melhor defesa é o ataque!
Pelo andar da carruagem está se aproximando o dia em que os todos os epítetos serão subsituídos formal e oficialmente por um só: Ali Babá.
sábado, 2 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Presunção da culpa
Diz a Constituição brasileira que "todo cidadão é inocente até que se prove em contrário". Se esse texto fosse refletir a realidade deveria dizer "todo cidadão rico ou influente é inocente, mesmo que se prove o contrário".
Pois é assim que "a coisa" funciona no Brasil.
Aqui certas pessoas são inimputáveis. Se não, como explicar que ainda paire alguma dúvida sobre a responsabilidade da dona Dilma, que foi por 7 anos presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, essa empresa que se desmanchou diante de nossos olhos pelo que lhe aconteceu exatamente durante esses sete anos.
Se não, como explicar que ainda haja dúvida sobre o tráfico de influência de Lula, garoto-propaganda ou mascate da Odebrecht e da OAS, que direta e indiretamente lhe beneficiaram, no mínimo com a reforma do sítio de Atibaia, com denunciou a revista Veja, ou o triplex do Guarujá.
Em qualquer país sério esse senhor e essa senhora estariam sendo investigados. Há indícios mais que suficiente para investigá-los. Pode ser até que nada se possa provar. Isso é outra história. Mas como pessoas públicas essas suspeitas e indícios não poderiam ser ignorados exatamente porque exerceram o poder no cargo mais alto do país.
Quem se oferece à vida pública não poderia ter privilégio de espécie alguma. Não poderia ter sigilo bancário, nem fiscal.
A esses deveria ser negada a presunção de inocência. E isso não é destituí-los de direito algum. Afinal, nada, nem ninguém os obriga a exercer a função pública.
Se querem exercê-la deveriam de antemão abrir mão desses direitos enquanto a exercerem. Isso, sim, eliminara muito da corrupção no país. No mais tudo é apenas um brincadeira de mal gosto com a nossa cara e uma empulhação, uma mentira.
Se quisermos melhorar a qualidade da política temos que mudar as regras do jogo e estabelecer uma espécie de "presunção de culpa". No momento em que se dispusesse a disputar e exercer uma função pública, o candidato deveria se despir da roupagem de cidadão e, como os romanos, vestir a toga branca, cândida - daí a origem da palavra candidato - e abrir mão desses direitos, só recuperando-os no dia em que voltasse à vida de cidadão comum.
Pois é assim que "a coisa" funciona no Brasil.
Aqui certas pessoas são inimputáveis. Se não, como explicar que ainda paire alguma dúvida sobre a responsabilidade da dona Dilma, que foi por 7 anos presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, essa empresa que se desmanchou diante de nossos olhos pelo que lhe aconteceu exatamente durante esses sete anos.
Se não, como explicar que ainda haja dúvida sobre o tráfico de influência de Lula, garoto-propaganda ou mascate da Odebrecht e da OAS, que direta e indiretamente lhe beneficiaram, no mínimo com a reforma do sítio de Atibaia, com denunciou a revista Veja, ou o triplex do Guarujá.
Em qualquer país sério esse senhor e essa senhora estariam sendo investigados. Há indícios mais que suficiente para investigá-los. Pode ser até que nada se possa provar. Isso é outra história. Mas como pessoas públicas essas suspeitas e indícios não poderiam ser ignorados exatamente porque exerceram o poder no cargo mais alto do país.
Quem se oferece à vida pública não poderia ter privilégio de espécie alguma. Não poderia ter sigilo bancário, nem fiscal.
A esses deveria ser negada a presunção de inocência. E isso não é destituí-los de direito algum. Afinal, nada, nem ninguém os obriga a exercer a função pública.
Se querem exercê-la deveriam de antemão abrir mão desses direitos enquanto a exercerem. Isso, sim, eliminara muito da corrupção no país. No mais tudo é apenas um brincadeira de mal gosto com a nossa cara e uma empulhação, uma mentira.
Se quisermos melhorar a qualidade da política temos que mudar as regras do jogo e estabelecer uma espécie de "presunção de culpa". No momento em que se dispusesse a disputar e exercer uma função pública, o candidato deveria se despir da roupagem de cidadão e, como os romanos, vestir a toga branca, cândida - daí a origem da palavra candidato - e abrir mão desses direitos, só recuperando-os no dia em que voltasse à vida de cidadão comum.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Fechando a porta do PT
Quem diria? Marta Suplicy, inegavelmente um dos ícones do partido, sair do PT dessa forma é uma coisa que seria impensável há alguns anos. O casal Suplicy quando se filiou ao PT deu um aval de classe média alta a um partido de barbudos, que só tinha apoio dos sindicatos, de uma parte da Igreja Católica e dos estudantes.
Ter o apoio e a filiação de duas pessoas oriundas de famílias ricas e tradicionais paulistanas (quatrocentões como se dizia) não era um trunfo dos menos importantes. O partido precisava se firmar, precisava buscar apoio fora dos seus rincões tradicionais, senão não deslancharia como força política nacional. Ficaria incrustado no ABC, elegendo uns gatos pingados e sendo apenas considerado para compor apoios na hora das coalizões eleitorais.
Para chegar ao poder de fato, ao poder central, precisaria sair do seu reduto e conquistar a confiança e os corações de outros setores da sociedade. Por isso, talvez, tenha sido tão emblemática essa filiação. A presença de Eduardo Supicy, mas principalmente a presença de Marta, mais aguerrida, mais incisiva do que ele, dava ao partido uma cara diferente, uma cara mais reconhecível para os paulistanos de classe média. Como eram ricos, sua presença no PT, funcionava como uma "garantia" de que, se chegasse ao poder, o PT não iria "tomar o apartamento" de ninguém. Por ironia, foi o próprio PT quem fez uma alegação semelhante agora na última campanha, dizendo ao povo que se o PSDB voltasse ao poder a comida sumiria das mesas.
Obviamente não foi isso apenas que levou o PT a conquistar corações e mentes da classe média e acabar por eleger um presidente. Mas, como na vida e principalmente na política, o importante são os símbolos, ficou no inconsciente coletivo a imagem de Marta grudada no PT.
Pois agora, Marta se vai. E sai fiel ao seu estilo, atirando para todo lado. Sai dizendo as verdades que tem que ser ditas. Sai apontando os erros do partido, erros tais que inviabilizaram a sua permanência nele. Antes dela, sairam outros emblemas, como Hélio Bicudo, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio e outros que simplesmente se afastaram.
Mas a saída de Marta tem um caráter simbólico especial. Com a sua saída, em sequência à de tantos outros, e diante do maior escândalo político jamais patrocinado por partido algum na história desse país, é como se um ciclo se encerrasse. É como se Marta, ao sair, estivesse fechando a porta do PT. Bye, bye.
Ter o apoio e a filiação de duas pessoas oriundas de famílias ricas e tradicionais paulistanas (quatrocentões como se dizia) não era um trunfo dos menos importantes. O partido precisava se firmar, precisava buscar apoio fora dos seus rincões tradicionais, senão não deslancharia como força política nacional. Ficaria incrustado no ABC, elegendo uns gatos pingados e sendo apenas considerado para compor apoios na hora das coalizões eleitorais.
Para chegar ao poder de fato, ao poder central, precisaria sair do seu reduto e conquistar a confiança e os corações de outros setores da sociedade. Por isso, talvez, tenha sido tão emblemática essa filiação. A presença de Eduardo Supicy, mas principalmente a presença de Marta, mais aguerrida, mais incisiva do que ele, dava ao partido uma cara diferente, uma cara mais reconhecível para os paulistanos de classe média. Como eram ricos, sua presença no PT, funcionava como uma "garantia" de que, se chegasse ao poder, o PT não iria "tomar o apartamento" de ninguém. Por ironia, foi o próprio PT quem fez uma alegação semelhante agora na última campanha, dizendo ao povo que se o PSDB voltasse ao poder a comida sumiria das mesas.
Obviamente não foi isso apenas que levou o PT a conquistar corações e mentes da classe média e acabar por eleger um presidente. Mas, como na vida e principalmente na política, o importante são os símbolos, ficou no inconsciente coletivo a imagem de Marta grudada no PT.
Pois agora, Marta se vai. E sai fiel ao seu estilo, atirando para todo lado. Sai dizendo as verdades que tem que ser ditas. Sai apontando os erros do partido, erros tais que inviabilizaram a sua permanência nele. Antes dela, sairam outros emblemas, como Hélio Bicudo, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio e outros que simplesmente se afastaram.
Mas a saída de Marta tem um caráter simbólico especial. Com a sua saída, em sequência à de tantos outros, e diante do maior escândalo político jamais patrocinado por partido algum na história desse país, é como se um ciclo se encerrasse. É como se Marta, ao sair, estivesse fechando a porta do PT. Bye, bye.
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