quinta-feira, 2 de julho de 2015

A popularidade da Mulher sapiens

A Pomba-Gira do Planalto fez uma coisa muito difícil, quase impossível de se conseguir: atingiu um índice de popularidade de 9%! Só 9% da população brasileira considera seu governo bom ou ótimo! É um récorde dos récordes!
Em termos estatísticos isso é o mesmo que unanimidade. Praticamente todo o país considera seu governo ruim ou péssimo, quando muito regular. Seja contra ou a favor é muito difícil para qualquer figura publica conseguir esses números. E são apenas 6 meses de mandato!
Daqui a pouco a popularidade cai para 5 ou 3%. Como é que uma pessoa nessas condições pode comandar o governo de algum país?
Aí fica evidenciado o principal problema do sistema presidencialista: o mandato fixo. Quando o povo descobre que errou não tem como simplesmente fazer um "recall", como acontece naturalmente no sistema parlamentarista.
Não foi à toa que o parlamentarismo foi inventado na Inglaterra. Os ingleses são práticos e não mudam aquilo que funciona. O sistema presidencialista foi uma invenção americana e que só funciona, mais ou menos bem, lá. E mesmo assim, o presidente americano, chamado o homem mais poderoso do mundo, é controlado com mão de ferro pelo Congresso.
No Brasil, o presidencialismo nunca funcionou bem. Desde a República, vivemos de sobressalto em sobressalto, com crises mais ou menos graves e interrupções dramáticas no rocesso democrático.
Felizmente não se vê no horizonte nenhuma ameaça à democracia, mas os representantes do povo tem uma obrigação com a nação: a de retirar do poder, pela via Constitucional, essa senhora que não tem a mínima condição de conduzir esse governo por mais 3 anos e meio. O país não aguenta!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Mulher sapiens em N.York

A mulher-maravilha sapiens do Brasil deitou falação em N.York. Não satisfeita de falar besteiras em casa, resolveu fazer isso também na casa do vizinho. E que vizinho!
Só que o que ela falou lá é besteira, mas é muito sério. A Pomba-Gira do Planalto,  estando presidente do país, chefe de Estado, veio a dizer que a Justiça de seu país é comparável à Inquisição. O processo da delação premiada foi comparado às torturas do regime militar. Ela própria, virou um Tiradentes de saias, traído por um empreiteiro de perfil equivalente a Joaquim Silvério dos Reis.
Nesse ponto a Anta caiu em um lapso de pensamento. Joaquim Silvério fez parte de um grupo de conspiradores e depois os traiu. Será que ela quis dizer que Ricardo Pessoa também fez parte de um grupo de conspiradores e agora é desprezível só porque os traiu? Que conspiração o grupo de dona Dilma fazia? Estará ela confessando? Pois a única conspiração que podemos lhe atribuir é aquela que visava pilhar o Erário impunemente.
A Pomba-Gira se esquece que recorrer à delação premiada é antes um direito do réu, um direito da defesa. Não é uma obrigação imposta pelas leis ou pela Justiça. Portanto, como compará-la à tortura imposta pela Inquisição ou pela ditadura militar. É espantosa a falta de noção dessa mulher das coisas que fala. Ela não compreende bem a língua portuguesa, só pode ser isso; senão teria um pouco mais de cuidado, mesmo ao mentir ou falar aleivosias.

Ela disse com todas as letras: "Eu não respeito delator". Ela não disse que Ricardo Pessoa seria um caluniador. Ela admite então que há um delator. Para existir um delator tem que haver uma delação. E delação é diferente de calúnia, na verdade é o oposto. Calúnia é uma mentira, delação é contar a verdade que se sabe e que por acordo entre comparsas deveria ficar em segredo. 

Outra incoerência é que a lei que institui a delação premiada foi sancionada por ....Dilma Rousseff! Se a delação é o que ela diz, ninguém mais é, em última instância, responsável pelo sistema medieval e inquisidor. Ela poderia tê-la vetado, mas já que sancionou não pde escolher para quem a lei vai valer. E vale para ela também, obviamente. Sob o PT as instituições chegaram a tal ponto de degradação que a todo momento tem-se que repetir óbvio.

Isso foi o que fez o ex-ministro Joaquim Barbosa ao dizer: "Assessoria da Presidente deveria ter lhe informado o significado da expressão 'law enforcement': cumprimento e aplicação rigorosa das leis. Zelar pelo respeito e cumprimento das leis do país: esta é uma das mais importantes missões constitucionais de um presidente da República!"
E ainda: "A Constituição não autoriza o Presidente a 'investir politicamente' contra as leis vigentes, minando-lhes as bases...Caberia à assessoria informar a Presidente que atentar contra o bom funcionamento do Poder Judiciário é crime de responsabilidade!"

A mulher sapiens conseguiu chegar mais perto do impeachment. Não há condições de continuar no poder

Falta só a coragem política aos nossos representantes para levar adiante e rápido esse processo, antes que a situação se deteriore a ponto de se tornar insustentável e, de um jeito ou de outro, terem que tomar essa decisão, talvez em condições muito piores. O certo é que o país não aguenta mais 3 anos e meio desse show de horrores.



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Berreiro geral

Interessante perceber como que, depois da prisão do presidente da Odebrecht, levantaram-se várias vozes argumentando que a prisão é ilegal, que é pre-julgamento, que isso, que aquilo...
Essas mesmas vozes, algumas se pretendem liberais e até anti-petistas, nunca foram levantadas em defesa das centenas, milhares, de pobres coitados que são atirados às grades todos os dias nesse país, muitos sem culpa formada e que ficam anos aguardando julgamento.
Vão dizer que um erro não justifica o outro, mas o fato é que os erros contra os pobres são continuados e persistentes. No caso dos poderosos, nem precisa ser um erro, basta alguém ameaçar tocar nos seus privilégios que vem a grita. E isso é uma constatação, não se trata de ódio contra a elite branca, até porque penso que todo povo que se preze deve ter uma elite, sim, que lhe sirva de exemplo, que seja constituída pelo que houver de mais culto, inteligente e valioso entre os bens desse povo.
Até as pedras sabem o que fizeram e fazem essas empreiteiras no país. Ao invés de elite, elas são perfeitos exemplos do atraso, tal qual as velhas oligarquias, são patrimonialistas, julgam-se donas do Estado, agarram-se a privilégios, estão cheias de vícios e, incapazes de inovar e driar valor, sobrevivem só às custas de sua simbiose com o poder público. Aliás a palavra certa não é simbiose, é parasitismo.
Com o poder de que dispõem e com a riqueza que acumularam, mandam e desmandam no Estado brasileiro e isso não é de hoje. Promovem cartéis, fecham o mercado à concorrência, determinam preços para as obras públicas, ou seja, fazem o que querem com o dinheiro dos impostos dos cidadãos. E alguém será ingênuo a ponto de crer que nas relações com a Petrobras, desvendadas pela Operação Lava Jato, foram todos uns santos. 
A Odebrecht e a Andrade Gutierrez, como dizem seus advogados, sempre se portaram com lisura total e pleno respeito às leis! Vamos crer.

Essas vozes indignadas fazem um discurso muito bonito e que seria impecável em um país onde as instituições funcionassem. Aqui, infelizmente, o que decide é o poder do dinheiro. Esse mesmo poder é o que escreve as leis. Portanto, ater-se à letra da lei, não significa nada a não ser aceitar passivamente que a justiça só funcione "contra" os pobres. Aos ricos nada afeta. Temos inúmeros exemplos da impunidade dos poderosos e esse caso é, finalmente, uma quebra de paradigma. 

As vozes indignadas reclamam também do que chamam "a espetacularização das prisões" e dizem que isso é uma característica das ditaduras. No entanto basta lembrar o caso do todo-poderoso ex-presidente do FMI, preso em NY e
 levado algemado pra cadeia por ter tentando estuprar uma imigrante. Seriam os EUA o exmplo de uma ditadura? 
No Brasil tudo é invertido. Aqui até a frase cínica que justifica o tratamento privilegiado dos oligarcas deve aplicada ao inverso de tão branda que é a lei. A regra aqui é "Para os inimigos, tudo; para os amigos, a lei". 
Mas isso está acabando, felizmente, e graças a um grupo dedicado como esse da Polícia Federal, Ministério Público e um juiz como Sérgio Moro. Sinto orgulho de meu país quando a justiça começa a funcionar para todos (erga omnes). 

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