quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Cascas de banana

Alguém precisa dizer a Dilma que o ministro da Fazenda se chama Joaquim Levy e não Nélson Barbosa. Na mesma semana em que Levy diz que não aceitará ficar no governo se a meta de superavit para 2016 for zerada, vem a doutora em economia cubana dizer que vai zerá-la..
Deve ser porque está acostumada a dobrar as metas. Assim, quando atingir a meta, a gente dobra. Além, disso, passou um recado muito claro para o ministro: se quiser cair fora, passe bem! 

A partir desse ponto fica insustentável a permanência de Joaquim Levy no governo. Se ficar, será ele também um zero. No meu ponto de vista, ele jamais deveria ter aceito fazer parte dessa palhaçada governamental, mas já que aceitou, devia ter caído fora na primeira vez em que foi desautorizado. Se continuar a fazer parte dessa pantomima, vai jogar sua credibilidade e sua fama de competente para o ralo.
Henrique Meirelles, aparentemente foi mais esperto. Ao ser sondado, disparou que só aceitaria o cargo se tivesse carta branca. Está esperando o convite até agora, porque dona Dilma não é de dar carta branca para ninguém.

Do outro lado do balcão e diante dessa bagunça, as agências de "rating" já decidiram retirar do Brasil o grau de investimento. Isso significa menos investimento externo e juros mais altos para os empréstimos vindos de fora. Em outras palavras, mais aprofundamento da recessão. E se hoje o Fed aumentar os juros nos Estados Unidos, aí é que a vaca vai pro brejo de vez. 

Pode piorar? Com Dilma sempre pode, pois existe também a possibilidade de ela colocar Nelson Barbosa na Fazenda, o que seria um desastre total nesse momento. Mas uma coisa que aprendemos com o governo dessa Anta é que, entre um erro de consequências moderadas e um erro de consequências graves, ela fatalmente escolherá o segundo. Inevitável! Quem tem propensão para atravessar a rua com o objetivo de escorregar na casca de banana que está do outro lado, não pode agir diferente. Rezemos!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Microcefalia política

Pensar e falar são duas funções cognitivas correlatas. Quem não sabe pensar, não sabe falar e vice-versa. Esse é o caso da atual ocupante da cadeira presidencial no Planalto.
Se essa dona não consegue produzir uma frase que faça sentido lógico, que tenha sujeito e predicado, o que se pode esperar dela em termos de administração ou estratégia de governo? Nada! É por isso que estamos descendo a ladeira em movimento acelerado há 5 anos.
Ela é tão obtusa e tão desconectada da realidade que nem é capaz de perceber a sua absoluta incapacidade de gestão. Além disso é prepotente e auto-suficiente, portanto não ouve ninguém, entende os acontecimentos da maneira torta que seu raciocínio permite e se põe a tomar decisões erradas com absoluta convicção.
Essa senhora tem que ser impedida de continuar no governo! Ela é um risco enorme e permanente para o país. Está destruindo aceleradamente o futuro da atual geração de jovens adultos egressos ao mercado de trabalho. Está comprometendo 20 anos de nosso desenvolvimento.
E tudo isso vem acompanhado de um falatório sem pé, nem cabeça, que, quando faz algum sentido, é um delírio ou uma mentira.


A continuidade de seu governo vai, cada vez mais, expor o Brasil aos riscos de retrocesso econômico e social. A fuga dos investimentos é uma realidade palpável e, como não temos poupança interna, sem o capital estrangeiro, não há como fazer a economia crescer. Não existe ministro da Fazenda que faça  milagres. Aliás, não entendo o que Joaquim Levy ainda está fazendo nessa pantomima! Se é um economista competente como dizem que é, por que ainda está se sujeitando a conviver com essa camarilha do Planalto e submeter-se a humilhações como já  se submeteu? O que ele ganha com isso?
O que as ratazanas fazem agora, junto com sua chefa, é só tentar salvar esse mandato podre, não se sabe para quê, e que se dane o país inteiro.. Nada de elegante, ou desprendido, ou patriótico, podemos esperar. Eles vão se agarrar aos cargos, como náufragos no pescoço do salva-vidas, com unhas e dentes, sem o menor pudor. Enquanto puderem irão sorver o que ainda lhes resta de benesses. Não sabem pensar de outra maneira. É um caso a ser estudado, de microcefalia política.



domingo, 13 de dezembro de 2015

Um rio que era doce

Dizem que essa barragem que se rompeu era "benchmark". Imagine!
Um problema que se vive hoje nas corporações é essa questão da imagem suplantar a realidade. Muito semelhante ao que acontece nas redes sociais, todos querem ficar "bem na fita". Todos estão permanentemente felizes de trabalhar na corporação. Todos sentem orgulho da empresa. Todos vestem a camisa". Todo mundo está alinhado com os valores da empresa. A linguagem e as atitudes politicamente corretas dominam a vida corporativa e esse é um ambiente no qual é quase impossível ser divergente. Daí os relatórios são todos maravilhosos e quase tudo é "benchmark". Até que a força da realidade se impõe.

Mais cedo ou mais tarde, a realidade sempre vai se impor, por isso o desafio da gestão corporativa atual é conseguir separar o joio do trigo. Um gestor, que não se deixa enganar e que insiste em enfrentar dureza da realidade, ao invés de se acomodar com a tranquilidade da zona de conforto e dos tapinhas nas costas, é sempre um chato! É mal visto pelos subordinados e pelos superiores. Sua carreira termina ali.
Esse tipo de gestor, que deveria ser celebrado pelas empresas como um dos seus mais preciosos ativos, é massacrado pelo grupo que só faz "política" e que quer se livrar dele o mais rápido possível.

Não sei a partir de quando as empresas passaram a adotar esse padrão pausteurizado de administração. Suponho que foi quando os RH's passaram a ser dominados pelo "psicologismo" e pelo relativismo cultural. Assim como os pais foram proibidos de castigar os erros dos filhos, nas grandes corporações passou a ser malvisto apontar erros dos subordinados. O que antes era chamado pelo nome de erro, trabalho mal feito, negligência, passou a ser chamado de "oportunidade de melhoria". Os empregados passaram a ser chamados de "colaboradores", como se o que eles fizessem ali não fosse uma obrigação, uma contrapartida pelo salário que recebem.

Agora tudo, nas empresas, tem que passar por uma avaliação de 360 graus, em que o chefe avalia e é avaliado pelo seu subordinado. Daí institui-se um pacto tácito. O chefe avalia bem o seu funcionário para, em troca, ser em avaliado por ele. Ficam todos bem, ficam todos felizes e garantem o recebimento dos seus bonus anuais. Dá pra levar assim por um bom tempo. Em geral, a primeira consequência é uma certa perda de produtividade, mas as grandes corporações, gigantescas e semi-monopolistas como são hoje em dia, não se ressentem de imediato e continuam fazendo seu lucro e distribuindo seus dividendos conforme o previsto. Até que...uma barragem se rompe e sai lama para todo lado! Literal e figurativamente. E o prejuízo não fica restrito àqueles que auferiram o lucro. O prejuízo é distribuído por toda a sociedade.

Era uma vez um rio que era doce. Agora está amargo. Suas águas tem o gosto de barro, de lama. Esse rio já vinha morrendo por conta do descaso dos governos. Agora recebeu um ataque maciço por conta de um decaso corporativo. Era uma vez um rio que era doce.

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