O Brasil é um país tão surrealista que até o impensável vira figurinha carimbada do quotidiano. Ou não seria impensável, em qualquer país do mundo, o chefe de Estado se deslocar ao encontro de um cidadão comum (ainda que ex-presidente) para discutir com esse cidadão um assunto policial privado? Pois Dilma fez isso. Saiu de Brasília e gastou do nosso dinheiro (que já está escasso) em uma viagem presidencial, com tudo o que isso implica, em planejamento, segurança e o próprio custo do deslocamento de uma aeronave, para se encontrar com o seu chefe, Lula.
E a  agenda do encontro foi discutir a situação do sítio de Atibaia, como se esse assunto fosse de interesse dela! Bom, isso gera uma desconfiança imediata: será que é do interesse dela? Mas esse interesse é em qualquer caso, um interesse privado. O único interesse que  o Estado brasileiro possa ter nesse sítio é o interesse policial!
Se ela foi lá para discutir com Lula o que o governo pode fazer para protegê-lo, está cometendo mais um crime de responsabilidade e deve ser impichada. Se foi porque tem interesse pessoal no assunto, deve ser investigada e, sendo culpada, impichada!
O que não dá é acharmos normal isso que está acontecendo! Um presidente não pode dispor da máquina pública a seu bel prazer. E nem pode pôr a máquina pública a trabalhar a favor de um cidadão comum, sem qualquer cargo no Estado, e que está sendo investigado e é alvo de suspeitas por todos os lados.
Se ela não quer receber o abraço de afogado de Lula, deveria se manter distante disso, até por causa da preservação da dignidade, ou, como diria o inefável Sarney, da liturgia do cargo.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
O povo unido jamais será vencido
O PT bem que tentou, mas, felizmente não conseguiu, dividir esse país. Tentou criar do nada uma falsa luta de classes e, dentro da cabeça idiota deles, isso seria conseguido insuflando uns contra os outros, os pobres contra os ricos, os nordestinos contra os sulistas, os brancos contra os negros e os mulatos, os semi-analfabetos contra os cultos, as mulheres contra os homens, e por aí afora.
Houve um momento em que parecia terem conseguido. Com o uso manipulador do "politicamente correto" foram cerceando aqui e ali as pessoas e conduzindo-as, como se conduzem os bois aos currais, ao curral eleitoral do PT, claro.
O objetivo final dessa doutrinação era criar um sociedade fragmentada de tal modo que se tornaria impossível para ela escapar do controle do petismo, ou seja, esse controle social seria mais uma ferramenta (e das mais importantes) no plano de perpetuação deles no poder.
Em locais onde a luta de classes era um fato real, o comunismo conseguiu facilmente se estabelecer no poder e garantir uma continuidade até que ruiu por incompetência no gerenciamento da economia. Foi assim na União Soviética e em todos os países satélites, incluindo Cuba (onde o comunismo ainda não acabou, mas agoniza). A tensão social portanto sempre foi um fator importante para essa gente chegar e se manter no poder. Aqui no Brasil não tem sido diferente.
A nossa sorte é que antes que se estabelecesse uma sociedade fatalmente dividida, o petismo ruiu e seus mecanismos ficaram expostos. Então o fenômeno se deu ao contrário: a sociedade se uniu...contra eles! A sociedade brasileira hoje está tão unida contra o PT como esteve contra a ditadura militar e como esteve na campanha das Diretas Já. Na verdade, acho até que está mais unida hoje do que naqueles outros momentos históricos. O índice de desaprovação do petismo está na casa dos oitenta por cento e nessa desaprovação estão unidos ricos e pobres, brancos, mulatos e negros, nordestinos e sulistas, estudantes e pessoas sem instrução. Como sempre o PT chega a um resultado contrário à sua pregação. Nesse caso, para o nosso bem.
Houve um momento em que parecia terem conseguido. Com o uso manipulador do "politicamente correto" foram cerceando aqui e ali as pessoas e conduzindo-as, como se conduzem os bois aos currais, ao curral eleitoral do PT, claro.
O objetivo final dessa doutrinação era criar um sociedade fragmentada de tal modo que se tornaria impossível para ela escapar do controle do petismo, ou seja, esse controle social seria mais uma ferramenta (e das mais importantes) no plano de perpetuação deles no poder.
Em locais onde a luta de classes era um fato real, o comunismo conseguiu facilmente se estabelecer no poder e garantir uma continuidade até que ruiu por incompetência no gerenciamento da economia. Foi assim na União Soviética e em todos os países satélites, incluindo Cuba (onde o comunismo ainda não acabou, mas agoniza). A tensão social portanto sempre foi um fator importante para essa gente chegar e se manter no poder. Aqui no Brasil não tem sido diferente.
A nossa sorte é que antes que se estabelecesse uma sociedade fatalmente dividida, o petismo ruiu e seus mecanismos ficaram expostos. Então o fenômeno se deu ao contrário: a sociedade se uniu...contra eles! A sociedade brasileira hoje está tão unida contra o PT como esteve contra a ditadura militar e como esteve na campanha das Diretas Já. Na verdade, acho até que está mais unida hoje do que naqueles outros momentos históricos. O índice de desaprovação do petismo está na casa dos oitenta por cento e nessa desaprovação estão unidos ricos e pobres, brancos, mulatos e negros, nordestinos e sulistas, estudantes e pessoas sem instrução. Como sempre o PT chega a um resultado contrário à sua pregação. Nesse caso, para o nosso bem.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Festa da resistência
Não sou sociólogo, mas vou fazer uma observação dessa área: quanto maior a crise, mais animado é o Carnaval! Animado não quer dizer caro ou luxuoso, muito ao contrário, animado é aquele carnaval espontâneo, que não precisa de muita coisa para sair à rua e brincar.
Isso tem uma razão de ser. O Carnaval é a nossa tábua de salvação, o nosso grito de revolta e de libertação, o verdadeiro exercício da cidadania em sua plenitude, o exercício da liberdade individual e coletiva, com a mínima interferência do Estado.
A nossa capacidade, bem brasileira, de promover a organização (ou a desorganização) do Carnaval mostra do que somos capazes quando deixados a agir por nossa conta. É um espetáculo que não tem par em lugar algum; movimenta milhares de pessoas para uma festa que, em se considerando o seu tamanho e extensão, praticamente não tem violência.
O Carnaval é para todos e para qualquer um; é para jovens, crianças, adultos e velhos. Não discrimina ninguém por sua cor ou sua condição social. Não precisa ter sequer dinheiro: uma caixa de papelão vira uma coroa, um pedaço de pano se torna a capa de um rei. Cada um sai do jeito que quer, sem camisa, com a bunda de fora, não importa, o negócio é soltar o grito de alegria, pura e simples, alegria de viver, alegria de ter amigos, alegria de ter pais, irmãos e filhos, aquela alegria que fica o ano todo entalada na nossa garganta, aquele grito que temos que conter diante de tantos problemas a enfrentar.
Suportamos durante todo o ano esses agentes públicos corruptos que nos tiram o prazer, nos roubam o dinheiro, a saúde, a educação e o emprego, mas temos o Carnaval - esse niguém nos tira - como a nossa festa de resistência. Como bons brasileiros, resistimos com alegria, resistimos pela alegria.
O Carnaval nos renova e nos torna conscientes de que somos um só povo, um povo bom, um povo espetacular, que é capaz de fazer a maior festa do mundo, uma festa pacífica, uma festa de amor, de vida! Essa festa nos faz sabedores que, se quisermos, podemos, a qualquer momento, virar a mesa a nosso favor.
Por isso, depois dessa festa, estaremos com energia renovada nas ruas, no dia 13 de março, para gritar mais uma vez: Chega!!! Esse país é nosso!!!
Isso tem uma razão de ser. O Carnaval é a nossa tábua de salvação, o nosso grito de revolta e de libertação, o verdadeiro exercício da cidadania em sua plenitude, o exercício da liberdade individual e coletiva, com a mínima interferência do Estado.
A nossa capacidade, bem brasileira, de promover a organização (ou a desorganização) do Carnaval mostra do que somos capazes quando deixados a agir por nossa conta. É um espetáculo que não tem par em lugar algum; movimenta milhares de pessoas para uma festa que, em se considerando o seu tamanho e extensão, praticamente não tem violência.
O Carnaval é para todos e para qualquer um; é para jovens, crianças, adultos e velhos. Não discrimina ninguém por sua cor ou sua condição social. Não precisa ter sequer dinheiro: uma caixa de papelão vira uma coroa, um pedaço de pano se torna a capa de um rei. Cada um sai do jeito que quer, sem camisa, com a bunda de fora, não importa, o negócio é soltar o grito de alegria, pura e simples, alegria de viver, alegria de ter amigos, alegria de ter pais, irmãos e filhos, aquela alegria que fica o ano todo entalada na nossa garganta, aquele grito que temos que conter diante de tantos problemas a enfrentar.
Suportamos durante todo o ano esses agentes públicos corruptos que nos tiram o prazer, nos roubam o dinheiro, a saúde, a educação e o emprego, mas temos o Carnaval - esse niguém nos tira - como a nossa festa de resistência. Como bons brasileiros, resistimos com alegria, resistimos pela alegria.
O Carnaval nos renova e nos torna conscientes de que somos um só povo, um povo bom, um povo espetacular, que é capaz de fazer a maior festa do mundo, uma festa pacífica, uma festa de amor, de vida! Essa festa nos faz sabedores que, se quisermos, podemos, a qualquer momento, virar a mesa a nosso favor.
Por isso, depois dessa festa, estaremos com energia renovada nas ruas, no dia 13 de março, para gritar mais uma vez: Chega!!! Esse país é nosso!!!
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