Depois dos tsunamis políticos sucessivos, o que se vê na mídia é a discussão do acessório: se o grampo podia ou não ser feito e se podia ou não ser divulgado.
O governo Lula, claro, tem todo interesse em desviar a discussão do assunto principal que era a confabulação entre uma presidente e um ex para obstruir a justiça. Mas a mídia cair nessa e dedicar todo esse espaço a essa construção diversionista é deixar muito clara a sua indisfarçável simpatia por esses canalhas que denigrem toda a nação.
A nação está perplexa; as instituições em risco; ficou claro para todos que a organização criminosa está entranhada no poder e o que se discute são firulas jurídicas que, ao fim e ao cabo, nada mais são do que ataques ao juiz Sérgio Moro e à operação Lava Jato.
Enquanto esse ataque parte de Lula e sua gangue é compreensível, mas quando envolve juristas, aí passa a ser muito perigoso. É sinal que o sistema se sentiu agredido pela Lava Jato. O sistema foi projetado para funcionar de modo a garantir a impunidade dos poderosos. Um juiz e uma força-tarefa do MP foi capaz de, usando as regras do sistema, destruir essa blindagem. Enquanto atingia poderosos de empresas privadas a Lava jato, apesar de criticada, foi tolerada. No momento em que começou a buscar também os poderosos da política a situação mudou toda.
Se não fosse pelo volume de evidências que já coletou sobre políticos de quase todos os naipes e partidos, essa operação já teria sido desmontada. Não o fazem porque sabem que quando atacam a Lava Jato, levam uma de volta, pois munição não falta ao juiz Sérgio Moro e sua equipe.
A questão agora está nas mãos da Suprema Corte, que foi chamada de covarde pelo Exu e que agora solta uma carta aberta com desculpas esfarrapadas. O que o Supremo tem que decidir agora, não é se Lula os ofendeu ou não. O que tem de decidir ése vai permitir que essa organização criminosa continue impunemente a sequestrar o governo do país ou se vai cortar esse mal de uma vez por todas.
Se o Supremo nos falhar nessa hora, Deus nos acuda. Tudo pode acontecer.
quinta-feira, 17 de março de 2016
VERGONHA!!!!!
A resposta da Madame Satânica às manifestações do dia 13 foi botar o Exu para dentro do palácio do Planalto, mesmo que isso lhe custe o mandato. Isso demonstra que essa Organização Criminosa não está nem aí para o Brasil, para a moralidade pública, para a Justiça, ou para quem quer que seja.
Das duas, uma: ou estão absolutamente confiantes que nada vai lhes acontecer ou estão extremamente desesperados a ponto de não se importarem com as consequências.
O meu sentimento predominante é de raiva e indignação. Ver todo um país impotente diante de um absurdo desses. O povo vai às ruas, protesta, mas o que mais podemos fazer? Quem poderia ter feito alguma coisa, de imediato, seria o Supremo, mas o que o STF fez até agora? Embolou o processo de impeachment, mesmo tendo sido demonstrado que o ministro Barroso suprimiu trechos do Regimento Interno da Câmara para induzir o voto dos colegas.
Nunca havíamos chegado a tamanha degradação. E ainda tem gente que diz que as instituições estão funcionando! Não temos Congresso. Senadores e deputados estão mais empenhados em livrar suas caras de processos por corrupção. Não temos executivo. A presidente acaba de renunciar e dá um golpe nomeando um outro presidente em seu lugar. E o Supremo fica naquelas reuniões intermináveis sem resolver os problemas mais urgentes da nação. Que instituições estão funcionando? No primeiro escalão, nenhuma!
O que está funcionando nesse país é a Polícia Federal, o Ministério Público e alguns (poucos) juízes.
O clima está pronto para o povo todo acabar aplaudindo uma intervenção militar. A Madame lançou mão de sua última cartada. E o Exu também. Pouco se importam se lançam o país à beira de uma convulsão social. E agora?
Será que não há meios de impedir esse estupro institucional?
Das duas, uma: ou estão absolutamente confiantes que nada vai lhes acontecer ou estão extremamente desesperados a ponto de não se importarem com as consequências.
O meu sentimento predominante é de raiva e indignação. Ver todo um país impotente diante de um absurdo desses. O povo vai às ruas, protesta, mas o que mais podemos fazer? Quem poderia ter feito alguma coisa, de imediato, seria o Supremo, mas o que o STF fez até agora? Embolou o processo de impeachment, mesmo tendo sido demonstrado que o ministro Barroso suprimiu trechos do Regimento Interno da Câmara para induzir o voto dos colegas.
Nunca havíamos chegado a tamanha degradação. E ainda tem gente que diz que as instituições estão funcionando! Não temos Congresso. Senadores e deputados estão mais empenhados em livrar suas caras de processos por corrupção. Não temos executivo. A presidente acaba de renunciar e dá um golpe nomeando um outro presidente em seu lugar. E o Supremo fica naquelas reuniões intermináveis sem resolver os problemas mais urgentes da nação. Que instituições estão funcionando? No primeiro escalão, nenhuma!
O que está funcionando nesse país é a Polícia Federal, o Ministério Público e alguns (poucos) juízes.
O clima está pronto para o povo todo acabar aplaudindo uma intervenção militar. A Madame lançou mão de sua última cartada. E o Exu também. Pouco se importam se lançam o país à beira de uma convulsão social. E agora?
Será que não há meios de impedir esse estupro institucional?
terça-feira, 15 de março de 2016
A reputação do Judiciário
Como aquela bomba do Rio Centro, que explodiu no colo do sargento, a bomba da delação do Delcídio explodiu no colo da Dilma. A gravação da conversa mole do Mercadante expõe as entranhas do submundo que conhecemos pelo nome de governo. Todo mundo sabia que o governo estava tentando de todas as maneiras interferir na Lava Jato, mas como para o nosso sistema jurídico "o que não está nos autos, não está no mundo" torna-se quase impossível punir certo tipo de crime e certo tipo de criminoso. A gente sabia, mas não acreditava que isso fosse ter qualquer consequência para os agentes
Entretanto, depois de vir à luz uma gravação (que está nos autos) com a voz do meliante, claramente tentando interferir no processo e obstruir a justiça, fica impossível ao judiciário ignorar isso. E, por mais, que Mercadante e Dilma jurem de pés juntos que foi tudo uma iniciativa pessoal dele, só os muitos ingênuos vão crer nessa história de carochinha. Dilma tinha interesse em que Delcídio, seu líder no senado, não contasse o que sabe. Mercadante chega a ameaçá-lo veladamente por duas vezes. Será que a Justiça vai continuar cega e surda a tudo isso? Não é possível.
E o Judiciário também não sai ileso dessa história. Não é a primeira vez que Lewandowski é citado "no contexto da Lava Jato. Vira e mexe, o nome dele aparece em circunstâncias que exigem explicações. E, quando uma pessoa pública tem que explicar muito, pode se inferir que algo estranho está acontecendo. Também, o próprio Lewandowski não está se dando ao respeito. Aquele encontro secreto e altamente suspeito em Portugal com a Madame Satânica não ficou claro e a sombra da suspeição não deixou de pairar sobre o nome do ministro. Um juiz, especialmente do Supremo, tem que ser e parecer íntegro, senão perde a condição de exercer sua função. É a isso que se chama "reputação ilibada". Mesmo que nada tenha feito de errado, a questão da reputação é que é determinante.
Na gravação, Mercadante cita um outro ministro do Supremo, sem dar-lhe o nome, o que é bem pior, pois põe todos os outros sob suspeita. O fato de Lula ter sido cogitado para ministro, para adquirir foro privilegiado, é outro fator a deslustrar o STF. Significa que de algum modo, se acredita que o Supremo seria mais brando com ele, até mesmo uma garantia de impunidade. Será? Feliz ou infelizmente, compete só ao próprio Supremo desfazer essa impressão negativa (se é que é mesmo só uma impressão). Vamos ver como a Corte vai se comportar.
Entretanto, depois de vir à luz uma gravação (que está nos autos) com a voz do meliante, claramente tentando interferir no processo e obstruir a justiça, fica impossível ao judiciário ignorar isso. E, por mais, que Mercadante e Dilma jurem de pés juntos que foi tudo uma iniciativa pessoal dele, só os muitos ingênuos vão crer nessa história de carochinha. Dilma tinha interesse em que Delcídio, seu líder no senado, não contasse o que sabe. Mercadante chega a ameaçá-lo veladamente por duas vezes. Será que a Justiça vai continuar cega e surda a tudo isso? Não é possível.
E o Judiciário também não sai ileso dessa história. Não é a primeira vez que Lewandowski é citado "no contexto da Lava Jato. Vira e mexe, o nome dele aparece em circunstâncias que exigem explicações. E, quando uma pessoa pública tem que explicar muito, pode se inferir que algo estranho está acontecendo. Também, o próprio Lewandowski não está se dando ao respeito. Aquele encontro secreto e altamente suspeito em Portugal com a Madame Satânica não ficou claro e a sombra da suspeição não deixou de pairar sobre o nome do ministro. Um juiz, especialmente do Supremo, tem que ser e parecer íntegro, senão perde a condição de exercer sua função. É a isso que se chama "reputação ilibada". Mesmo que nada tenha feito de errado, a questão da reputação é que é determinante.
Na gravação, Mercadante cita um outro ministro do Supremo, sem dar-lhe o nome, o que é bem pior, pois põe todos os outros sob suspeita. O fato de Lula ter sido cogitado para ministro, para adquirir foro privilegiado, é outro fator a deslustrar o STF. Significa que de algum modo, se acredita que o Supremo seria mais brando com ele, até mesmo uma garantia de impunidade. Será? Feliz ou infelizmente, compete só ao próprio Supremo desfazer essa impressão negativa (se é que é mesmo só uma impressão). Vamos ver como a Corte vai se comportar.
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