Há um ditado que diz: o que começa errado, não tem jeito de acabar certo. Os Jogos Olímpicos estão aí para confirmar mais uma vez o ditado. Tudo começou com um ataque megalomaníaco de Lula e seus acólitos, que pensavam que podiam tudo, e, ao mesmo tempo, usariam os Jogos Olímpicos, assim como a Copa, para imitar os ditadores militares e insuflar um falso orgulho de "Brasil Grande" no rebanho votante. Todos os ditadores e projetos de ditaduras, de esquerda ou de direita, sabem que uma excelente maneira de anestesiar o povo é criar uma atmosfera triunfalista, que una os súditos sob um pretexto de nação enfrentando adversários ou inimigos, o tal do "nós contra eles". A guerra é um bom mecanismo desse naipe. As grandes competições esportivas também. Esse foi um grande motivo para Lula pavimentar seu projeto de perpetuação no poder. E agora cá estamos nós, uma nação quebrada, que herdou a responsabilidade de fazer esses Jogos Olímpicos. Vai ser um vexame! Aliás já está sendo! Essa semana o NY Times apresentou uma foto da baía de Guanabara com um cadáver flutuando (ver abaixo). vamos dizer o quê? Uma imagem vale mais que mil palavras.
O fato de os alojamentos das delegações não estarem prontos não causa nenhuma surpresa. Aliás, surpresa seria se estivessem. Afinal, para os padrões brasileiros, tivemos muito pouco tempo para nos preparar. Foram só sete anos! Nossa escala de tempo para implantar projetos é outra. Não podemos contar em anos, mas em décadas, quando conseguimos.
No fatídico dia 02/10/2009, em que o Rio foi a cidade escolhida para sediar os Jogos de 2016, Lula declarou, com lágrimas nos olhos, naquele seu estilo triunfalístico de então, deixando entrever no entanto o eterno complexo de vira-latas: "É dia de comemorar porque o Brasil deixou de ser País de segunda classe" "Hoje, o Brasil conquistou a cidadania internacional. Quebramos o último preconceito. Provamos que temos competência para fazer a Olimpíada" - como se realmente, gastar quase 15 bilhões de dólares na campanha, que, sabe-se lá como foi conduzida, fosse mesmo uma prova de competência para realizar os Jogos.
Repetindo: O Brasil gastou 14,4 BILHÕES de dólares só na campanha para trazer os Jogos para o Rio (mais que as outras finalistas, todas muito mais ricas que o Rio). Países como a Suécia se recusaram, dizendo que têm outras prioridades. E deixamos de fazer escolas, hospitais, modernizar os portos, melhorar o transporte público, para satisfazer interesses particulares e de uma só cidade do país. Tudo em nome da malfadada politicagem. Agora, temos que fazê-la. Já gastamos mesmo. Os cínicos dirão que sem os Jogos esses hospitais, essas escolas, etc,. não seriam construidos do mesmo jeito. É bastante provável, mas não ficaria tão absurda e tão agressiva contra o povo brasileiro, essa falta de respeito com o nosso dinheiro. E não correríamos o risco de um grande vexame internacional, como estamos correndo. Esse risco é muito maior que o de um atentado terrorista. Aliás, com corpos boiando na baía, não precisamos de outros atentados terroristas, o terrorismo interno, o terrorismo da casa já basta.
É preciso ir fazendo a contabilidade do que se roubou no Brasil durante os anos dos governos do PT, senão a gente perde a noção. Isso é um dado importante, inclusive sob o ponto de vista dos historiadores do futuro, quando tentarem analisar o que houve nos subterrâneos do poder nesses anos turvos e turbulentos. Evidentemente, todos os números que forem citados agora, ainda serão provisórios. O buraco é sempre muito mais embaixo do que a gente imagina; e esqueletos não param de sair dos armários. Mas já dá pra fazer umas continhas: 1- Ferrovia Norte-Sul - superfaturamento de 236 milhões, segundo o Ministério Público Federal. 2- Petrobras - desvio estimado de 60 bilhões, fora o prejuízo provoado por má gestão. 3- Eletrobras - a ser apurado 4- BNDES - a ser apurado 5- CEF: ainda não avaliado. 6- Banco do Brasil - a ser apurado 7- Previdência Social: 200 bilhões é o rombo estimado atual. 8- Contas públicas (deficit fiscal) : 150 bilhões em 2016. 9- Fundos de pensão: 113 bilhões 10- Aposentados - superfaturamento nos empréstimos consignados. Valor total a ser apurado. Disse o Pondé que levaremos 50 anos para nos recuperarmos desse "choque de gestão" do PT. É verdade. Isso, se nesses 50 anos, nosso povo não tiver esquecido tudo e dado a chance outra vez a essa corja.
O grande teste será ainda nesse ano, nas eleições municipais. Vamos ver se nós, o povo, aprendemos alguma coisa e se as instituições evoluíram para barrar os bandidos antes sequer que se apresentem como candidatos.
Vivemos uma era no Brasil em que tudo era factóide. O país estava "dando certo", os pobres tinham ascendido à classe média, a economia estava sob controle, a inflação não existia, nem deficit público, o PIB, se não era ótimo, ia ficar. O goveno ia investir na construção de 800 aeroportos, o dinheiro do pré-sal ia financiar a educação, a transposição do S.Francisco ia acabar com os problemas da seca no Nordeste, o trem-bala entre Rio e S.Paulo traria muito mais conforto e eficiência no maior corredor de transporte do país. Que mais? Devo estar me esquecendo de alguma coisa, afinal eram tantas as maravilhas! O Brasil real, como era de se esperar, deu as caras, talvez um pouco mais cedo que os manipuladores de marionetes gostariam, e fez os mitos se desvanecerem como fumaça. A realidade dura e crua se impôs a todos, os que acreditavam e os que descriam da narrativa petista. Acabou-se o faz-de-conta. Chegou a hora de botar os pé no chão e trabalhar duro não só para avançarmos como sociedade, mas também para nos recuperarmos do prejuízo e do retrocesso. Mesmo assim, alguns resquícios do mundo de fantasia ainda persistem. Um exemplo disso é o patético vídeo em que a empresária Luíza Trajano, do Magazine Luiza, tenta conduzir a tocha olímpica por algns metros, em Franca-SP. Demonstrando absoluto desconhecimento do que ia fazer, logo depois da "arrancada" é advertida por uma das atletas acompanhantes para levar a tocha apenas com uma mão. Aos 30 segundos de maratona, começa a se entusiasmar e chega até a acenar para o público. Com 1 minuto de corrida extenuante, começa a dar sinais de que vai falhar, passa do trote para um andar trôpego e logo desmorona no chão. Uma metáfora perfeita do governo de sua amiga dileta, Dilma Rousseff. E, quem sabe, uma premonição do que vão ser os Jogos Olímpicos no Rio. Esperemos que não.