A questão agora não é se Lula vai ser ou não ser preso. A questão é quando é que o Lula será preso?
É inadmissível, depois de tudo que já ficou patente, depois que o próprio ministério público tenha dito que Lula é o chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras, esse pelego sindicalista ainda permaneça imune às leis, que ainda se tenha tantos escrúpulos em fazê-lo pagar pelos crimes que cometeu.
A política é feita de símbolos. E não se governa uma nação sem política, portanto, não se governa sem uma simbologia; O PT sabe disso muito bem e manipulou esses símbolos em seu benefício, enquanto almejava o poder e principalmente depois que o alcançou.
Esse manejo visava até mesmo a perpetuação no poder. Teria conseguido, se não fossem os acasos, as pedras atiradas no seu caminho pelo destino e sua soberba e auto-confiança excessivas.
Pois o fim da era petista necessita de um símbolo. Tal como a queda do muro de Berlim foi o símbolo da derrocada do comunismo, a derrocada do petismo será simbolizada pela queda do Lula, ou melhor, pela sua prisão. Só assim ficará demonstrado à população brasileira que o crime de colarinho branco já não compensa. Isso é um ato civilizatório. Isso ensina às nova gerações, qual é o custo de não obedecer às regras estabelecidas por todos e para todos.
As prisões de José Dirceu e de Marcelo Odebrecht tem também o seu valor simbólico, mas nenhuma delas supera, pela mitologia criada em torno do personagem, a do Lula. Passada a questão técnica do impeachment, não há nada de mais importante, do ponto de vista simbólico, a acontecer nesse país.
domingo, 14 de agosto de 2016
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Jogos Olímpicos: Nação x Estado
A abertura dos Jogos Olímpicos, a meu ver, foi muito além das expectativas. Foi uma cerimônia muito bonita e o público participou ativamente, contagiando a todos com aquela alegria tipicamente brasileira. Aí fica-se pensando: por que é que o Brasil não dá certo?
Se somos capazes de fazer uma festa como aquela, de organizar tudo tão perfeitamente como organizamos os desfiles de carnaval, de até cumprir prazos; se somos capazes de superar problemas estruturais e conjunturais e, no meio da maior crise econômica e política da nossa história (com o Estado, onde se realizam os Jogos, falido), realizar um evento como esse, é inevitável o espanto.
Deveríamos ser um país de primeira linha! Temos um povo inventivo, engenhoso, com uma excelente capacidade de adaptação e superação de problemas, com uma vocação para a alegria, para o convívio harmônico, como nenhum outro povo no mundo. E estamos nos esquecendo disso. Estamos perdendo um pouco dessas características por conta do estado de beligerância permanente que a insegurança urbana nos mantém.
Durante a cerimônia deu para nos esquecermos das balas perdidas, da pobreza crônica, do atraso educacional, do transporte público caótico, das endemias e epidemias perfeitamente evitáveis. E aí ressurgiu, em sua plenitude, o espírito do Brasil, do qual sinto saudade: o espírito de uma nação que se acostumou a ver, sentados à mesma mesa, árabes e judeus, italianos e japoneses, argentinos e portugueses, com muitas piadas, muita gozação, mas nenhum ódio, nenhuma intolerância.
Então, vem à mente a pergunta: o que é que deu errado? Como é que fomos nos perdendo de nós mesmos?
A resposta se resume em uma frase: tudo é consequência do nosso modelo de Estado. Nosso atraso, nossas mazelas, são consequência desse Estado que criamos, ou que criaram por nós e nós aceitamos. É um Estado privatizado, para uso e abuso de uns poucos privilegiados, encastelados na classe política ou dela mantenedores e dependentes ao mesmo tempo.
Assim é um Estado excludente, que trata a maioria dos cidadãos como cidadãos de segunda ou terceira classe. A esquerda no Brasil sabe disso, a esquerda sempre vociferou contra isso. O problema é que, quando chegou lá, em vez de mudar o Estado, mudou-se para dentro dele.
Assim é um Estado excludente, que trata a maioria dos cidadãos como cidadãos de segunda ou terceira classe. A esquerda no Brasil sabe disso, a esquerda sempre vociferou contra isso. O problema é que, quando chegou lá, em vez de mudar o Estado, mudou-se para dentro dele.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
A Gosto!
A rara conjunção de Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno vai dominar o mês de agosto. O ápice do fenômeno será no dia 27. O Olimpo está em festa e, para quem acredita nos astros, dona Dilma está ferrada!
Renan Calheiros já marcou a data do início do julgamento no plenário. Escolheu o dia 25! Uma data bem significativa. É o dia do Soldado, dia do Exército, dia de Caxias e a data em que Jânio renunciou ao trono, oops, à presidência; e um dia depois da data do suicídio de Getúlio Vargas! Haja simbolismo nisso!
Um astrólogo fake, desses que escrevem horóscopos nos jornais, disse:
" A poderosa conjunção de planetas em agosto promete muita agitação no mundo político, representado por Júpiter.
Marte, o planeta vermelho, ataca fortemente, mas seu ataque é contrabalançado e superado pela ação de Saturno.
Mercúrio favorece a negociação entre os aliados da nova base política e sua união será garantida pelos influxos positivos de Vênus."
Tradução: dona Dilma tá ferrada!
Renan Calheiros já marcou a data do início do julgamento no plenário. Escolheu o dia 25! Uma data bem significativa. É o dia do Soldado, dia do Exército, dia de Caxias e a data em que Jânio renunciou ao trono, oops, à presidência; e um dia depois da data do suicídio de Getúlio Vargas! Haja simbolismo nisso!

" A poderosa conjunção de planetas em agosto promete muita agitação no mundo político, representado por Júpiter.
Marte, o planeta vermelho, ataca fortemente, mas seu ataque é contrabalançado e superado pela ação de Saturno.
Mercúrio favorece a negociação entre os aliados da nova base política e sua união será garantida pelos influxos positivos de Vênus."
Tradução: dona Dilma tá ferrada!
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