Que seja muito bem vinda a ministra Cármen Lúcia à presidência do Supremo. Chega de Lewandowski, que tanto mal fez a essa instituição, ao Judiciário como um todo, e aos país inteiro ao adotar a postura de agente político-partidário em lugar da de magistrado.
O ministro Lewandowski só não pode ser acusado de ingratidão, pois, desde o julgamento do mensalão, prestou inúmeros serviços a quem o nomeou e encerrou sua presidência da mesma forma, com esse estupro cometido contra a Constituição no julgamento do impeachment da "falecida". Como presidente do STF, Lewandowski, infelizmente, rebaixou o poder Judiciário a um nível subalterno aos interesses, nem sequer do Executivo, mas de um partido.
Vira-se também essa página, com a chegada da ministra Cármen Lúcia. O Supremo volta a exercer a plena magistratura colegiada. As extravagâncias, como dizem, estão com os dias contados. A ministra é ex-aluna aplicada e dsiciplinada de colégio de freiras e traz, como ela mesma diz, uma "madre superiora" dentro de si. Só como exemplo: durante uma única sessão em que substituiu Lewandowski, julgou 50 processos, enquanto a média é de 5 por sessão. Não é afeita a mordomias e não gosta de bajulações. É uma mineira da estirpe antiga, de falar pouco e agir muito, conservadora e ousada ao mesmo tempo; é religiosa, mas votou pelo aborto de anencéfalos, a favor da Marcha da Maconha e da união gay.
Se tudo isso não bastasse, a ministra, que foi a primeira mulher a entrar no plenário do Supremo de calças compridas, vai continuar dirigindo seu próprio carro depois que assumir a presidência da Corte e dispensou a segurança privada a que teria direito. Bom sinal dos tempos o fato de que a Suprema Corte da República comece a dar o exemplo. Bem-vinda a hora em que a ministra Cármen Lúcia assumir esse posto. Um excelente contraponto à outra mineira (verdade que meio falsificada) que acabou de ser enxotada da presidência. Estamos precisando disso.
terça-feira, 6 de setembro de 2016
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Insignificantes contribuintes: play it again!
O juiz Sérgio Moro é mais do que o Brasil merece. Pelo menos, esse Brasil que está escancarado nas páginas policiais do jornais, sejam relatando crimes na favelas, sejam relatando crimes nas alta esferas do poder central.
O Brasil que merece ter um juiz da estirpe do doutor Sérgio Moro é o Brasil que se levanta cedo, que trabalha, que paga impostos, o Brasil que a senadora Gazziotin chamou de "analfabetos políticos" e de "insignificantes contribuintes".
Nós, os insignificantes contribuintes, é que fazemos essa nação andar e somos esbulhados por essa corja que se intitula classe política.
Pois, foi contra a vontade das Grazziotins, que se ergueu a voz rouca das ruas e, pacificamente, sem depredar bens públicos ou particulares, depôs a presidente da República e fez correr do Planalto toda a trupe do PT e seus apaniguados. Essa classe "analfabeta politicamente" é a que vai impedir essa escumalha de voltar. Os insignificantes ficarão permanentemente em alerta, porque sentem a dor no bolso. Desses, a senadora Grazziotin, jamais terá um voto. É por isso que reagem, com ferocidade, como estão fazendo na Avenida Paulista. Reagem porque não querem perder as benesses das quais se apropriaram. Reagem, porque o mundo ideal para eles, seria aquele em que os insignificantes contribuintes continuassem de cabeça baixa a sustentá-los sem reclamar. E eles, os bafejados pela clarividência política, entregariam o governo para os "intelectuais de esquerda", que, conforme a senadora, deveriam guiar os rumos dessa nação. Para quem não leu, repito aqui a frase lapidar da representante do PC do B:
"Vocês não vão tirar a Presidente Dilma do poder. Podem até ganhar aqui nesta Corte — no Senado — mas nos pedirão clemência quando formos às ruas. A classe média é analfabeta política e tem de ficar no seu lugar insignificante de contribuinte. Deixe a esquerda intelectual garantir o futuro desta Nação. "Depois da repercussão negativa, a senadora desmentiu, mas não teve coragem de exprimir qual seria então a sua opinião sobre a classe média. Ela pode até não ter dito a frase, mas lhe cai tão bem, assenta tão perfeitamente ao seu figurino, que vai ficar como a famosa fala do filme Casablanca, que nunca foi dita, mas é repetida como a mais conhecida do filme: Play it again, Sam!
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Fim de uma era
Agosto cumpriu sua missão. Viramos a página! Fechou-se um ciclo: o PT cassou Collor, Collor cassou o PT. Ambos bandidos da política, que se amam e se odeiam, mas se merecem.
Entretanto causa espanto que, mesmo nessa hora, se vê que alguns políticos não aprendem nada e querem exercer a sua esperteza desonesta de qualquer jeito: Telmário Mota, por exemplo, votou contra o impeachment em todas as instâncias até agora. Hoje votou a favor. O mesmo fez Acir Gurcacz.
Renan Calheiros fez tudo o que pode antes, para atrasar ou impedir o prosseguimento desse processo. Há poucos dias, armou uma briga com a Narizinho para demonstrar que estava mudando de lado e votou a favor do impeachment.
Será que esses senadores foram finalmente convencidos que houve crime de responsabilidade? Não, disso eles já sabiam e não davam bola. Sua atitude final foi apenas de esperteza e cálculo político. Esperam ganhar alguma coisa com isso.
Mas, enfim, o que interessa é que finalmente ficamos livres desse fantasma e podemos seguir em frente. O PT é página virada em nossa história política e seu futuro será uma lenta, mas inexorável asfixia por falta de votos. Se fôssemos outro país, esse partido, ou melhor, essa organização criminosa, seria responsabilizada pelos vários crimes cometidos e a sigla estaria banida da política. Mas, não. Somos um país de bonzinhos. Tanto que a Anta foi cassada, mas seus direitos políticos não. Uma inovação bem ao gosto do improviso brasileiro e bem interessante aos caciques que serão os próximos a enfrentar o pelotão de cassação, entre eles o próprio Renan.
Assim, podem até perder o mandato, mas esperam poder manter seus direitos políticos e logo, logo, esperam estar de volta com as bênçãos das urnas. É acreditar demais na burrice do eleitor, mas até agora vários casos demonstram que sua crença não está errada.
Infelizmente a democracia só se aprimora por tentativa e erro. E um povo ignorante e desinformado é muito mais fácil de ser enganado. Mas é a realidade que temos, vamos ter que conviver com ela até nos tornarmos realmente uma nação de cidadãos plenos.
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