segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lula lá...drão!

A Folha traz matéria hoje dizendo que o nordeste identifica Lula com o "rouba mas faz". Quem diria? Que ironia do destino, Lula acabar com o mesmo epíteto do seu ex-arqui-adversário Paulo Maluf!

Esse título, aliás, começou com outro paulista, Ademar de Barros, que governou S.Paulo por um total de 18 anos (de 1938 a 41 como interventor e como governador por 2 mandatos, de 47 a 51 e de 63 a 66). Ademar adotou informalmente o "rouba, mas faz" e o famoso cofre, que teria cerca de 15 milhões de dólares em valores atuais e que estava em poder de sua ex-secretária e amante, Ana Capriglione, foi roubado pela organização esquerdista VAR-Palmares em uma ação coordenada por Dilma Rousseff. Ela nunca explicou onde foi parar esse dinheiro!

Como os extremos se tocam, Ademar foi sucedido na política paulista, por Paulo Salim Maluf, a quem nunca incomodou o estereótipo do político ladrão. E Maluf sempre foi um alvo fácil nos discursos de Lula, quando ainda paladino da moralidade pública. Depois, foi o que vimos: Lula indo à casa de Maluf lhe beijar a mão.  Uma imagem vale mais que mil palavras. Essa foto disse tudo a respeito de Lula. A respeito de Maluf não é preciso dizer mais nada.

Pois agora, vem essa que pode ser considerada a pancada final na imagem e na biografia do ex-pobre nordestino: a marca do "rouba, mas faz". Na verdade, o que o sofrido povo do nordeste, que ainda estaria disposto a votar em Lula, quer mesmo é só o "fazer", mas se não tiver outro jeito, acaba aceitando que venha junto o "roubar". Tristes trópicos!

sábado, 16 de setembro de 2017

Balanço das flechadas

Janot foi o Procurador-Geral da República que mais incomodou a turma do andar de cima. Por isso, foi também o Procurador mais criticado de toda a história da PGR.
O costume, antes dele, era o engavetamento. Os processos contra os poderosos não andavam e o que se viu foi chegarmos a esse ponto.

Se cometeu erros - e deve tê-los cometido, pois é um ser humano - isso é de menor importância diante do fato que fez estremecer todos os poderes da República que até então se julgavam blindados e imunes a investigações. A medida da eficiência de sua gestão se dá pela repulsa que gerou em quase todas as agremiações políticas, em outras palavras, pela inimizade que criou com as organizações criminosas. Até mesmo a grande imprensa, acabou por se deixar levar por essa "narrativa" de que Janot estaria errando demais, sendo apressado, etc, blá, blá, blá...

A petista Folha, por exemplo, hoje estampa a manchete dizendo que
"Denúncia de Janot contra Temer tem como base fatos ainda em apuração". Ora, a denúncia demorou foi demais para ser feita, ou existe alguma sã consciência nesse país que acredita na inocência de Michel Temer? Nem Temer, nem Dilma, nem Lula, nem Jucá, nem Geddel, nem Moreira Franco, nem Padilha, nem Renan, nem Collor, nem Aécio, nem Serra, nem vários outros personagens deletérios da nossa política são inocentes. 

O difícil no caso da classe política brasileira não é propriamente encontrar culpados dos mais variados crimes envolvendo dinheiro público.

Ao invés de criticar Janot, uma manobra diversionista que visa apenas desviar a atenção do que realmente importa, que é a culpabilidade desse povo todo, deveríamos estar prestando homenagens a ele, da mesma maneira que deveremos sempre prestar homenagens ao juiz Sérgio Moro, outro que também é criticado por "açodamento" quando se trata de fazer a Justiça funcionar.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Tá ruim, Gilmar Mendes?

O ministro Gilmar Mendes sempre se mostrou destemperado, porém recentemente esse destempero tem chegado às raias da inconveniência. Definitivamente, não é o que se espera de um componente do mais alto Tribunal do país, ficar atacando, sem nenhum respeito, e de maneira bastante grosseira o Procurador-Geral da República.

O Procurador-Geral pode até ter cometidos erros, mas não é assim que se devam corrigí-los, não mediante ataques públicos pela mídia. E, se porventura, o Procurador exorbitou, prevaricou, ou cometeu algum crime por ação ou omissão, há canais institucionais para se fazer a correção de rumo e a devida cobrança.

Não consta que o ministro do STF seja o corregedor da Procuradoria. Então, o que transparece aí é que Janot tenha pisado no calo do ministro e este, infantilmente, tem reagido dessa forma destemperada.

Cabe a nós, da planície, perguntar: o que fez Janot que tanto irritou o ministro Gilmar Mendes? Terá sido a denúncia contra Temer? Gilmar Mendes está com raivinha porque o Procurador cumpriu seu dever? Teria sido mais conveniente ao ministro, que Janot simplesmente tivesse protelado esse assunto, deixando-o mofar na gaveta, como era hábito no Brasil quando se tratava de processos contra os poderosos?

As flechas de Janot podem ainda não ter atingido Temer, mas já atingiram, em cheio, algumas partes extremamente sensíveis do ministro do Supremo. O que não sabemos ainda é que partes são essas? Por quê essa sensibilidade toda? Será que, com a divulgação das fitas faltantes de Joesley, ficaremos sabendo?

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