domingo, 21 de novembro de 2010

Vergonha nacional

Mais uma vez o governo brasileiro nos envergonha como nação ao se abter de votar resolução da ONU condenando o Irã por desrespeito aos direitos humanos e violência contra as mulheres. Não se pode compreender que interesse tem esse governo em ficar ao lado de ditaduras medievais como a teocracia iraniana. O quê, como nação, ganha o Brasil? O quê vale tanto que faz  o PT rasgar os últimos frangalhos de sua honra e de sua história para bajular um ditadorzinho ridículo como esse.


O Irã tem uma respeitável história milenar e uma cultura muito mais vasta e profunda que esse fundamentalismo que se apresenta como a face mais visível do país. E, nós, ao invés de apoiarmos os grupos dissidentes que querem trazer o seu país à liberdade e reinserí-lo na comunidade civilizada, damos apoio à barbárie, ao retrocesso, ao horror. Isso não faz jus à história do Itamaraty, nem à hsitória das nossas relações exteriores. A partidarização de todas as esferas do poder público e das instituições do Estado (que pertencem a todos e não a uma facção partidária) foi o maior desserviço que o lulismo e o petismo fizeram a esse país. Como aconteceu com o getulismo, cujos germes ainda estão na nossa cultura e na nossa legislação,  vai demorar uma geração ou mais para que nos livremos dessa praga.
De agora em diante, todas as mulheres que forem violentadas e mortas no Irã cairão na conta do PT e desse nefando presidente. Acredito em uma justiça superior, transcendente, que vai dar a Lula o que é de Lula. Vamos ver.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cartas Marcadas

Publico aqui a íntegra da carta enviada pelo Sr. Sérgio Machado à Câmara Brasileira do Livro, a respeito do prêmio Jabuti.
Parabéns ao Sr. Machado pela digna atitude, tão difícil de ser ver por essas bandas onde se corre atrás de fama e de dinheiro, custe o que custar.



Rio de Janeiro, 9 de Novembro de 2010
Exma. Sra.
Rosely Boschini
Presidente da Câmara Brasileira do Livro
Exmo. Sr.
José Luis Goldfarb
Presidente da Comissão do Prêmio Jabuti
Prezados Senhores,
O Grupo Editorial Record - composto pelas editoras Record, Bertrand, Civilização Brasileira, José Olympio, Best Seller e Verus - decidiu que não participará da próxima edição do Prêmio Jabuti para claramente manifestar sua discordância com os critérios de atribuição do Livro do Ano de ficção e não-ficção. Tais critérios não só permitem como têm sistematicamente conduzido à premiação de obras que não foram agraciadas em seleções prévias do próprio prêmio como as melhores em suas categorias.
Como editores preocupados com a Cultura e a ampliação da leitura no Brasil, nós entendemos que um prêmio literário visa a estimular a criação literária reconhecendo-a pelo critério exclusivo da qualidade. Não aceitamos - principalmente em um país como o nosso, onde quase sempre o mérito é posto em segundo plano - que o principal prêmio literário atribuído pelo setor editorial possa ser conferido a um livro que não esteja entre aqueles considerados os melhores em seus respectivos gêneros.
Infelizmente, a edição de 2010 do Jabuti não foi a primeira em que essa situação esdrúxula ocorreu. Em outra oportunidade, o mesmo agraciado deste ano preferiu não comparecer à entrega do prêmio, talvez por não se considerar merecedor da distinção. Grande constrangimento na cerimônia. Em 2008, a situação se repetiu, com o agravante de o então vencedor da categoria Melhor Romance do Jabuti ter conquistado também todos os outros prêmios literários conferidos no Brasil. O episódio causou tal estranheza e mal-estar que foi grande a repercussão na imprensa. Na época, passamos a acreditar que seriam feitos os necessários ajustes na premiação para que esses equívocos parassem de ocorrer.
Vimos, porém, que os critérios equivocados continuaram em vigor em 2010, com a diferença somente de o autor agraciado desta vez aceitar a láurea. Tomamos então a decisão de não mais compactuar com a comédia de erros. As normas do Jabuti desvirtuam o objetivo de qualquer prêmio, pondo em desigualdade os escritores que não sejam personagens mediáticos. Para não mencionar fato ainda mais grave: quando é evidente que a premiação foi pautada por critérios políticos, sejam da grande política nacional, sejam da pequena política do setor livreiro-editorial.
Como a inscrição das obras concorrentes ao Jabuti é um ato voluntário de cada Editora participante, e feito de forma onerosa, optamos por não mais participar da premiação, até que as medidas necessárias para a correção de seu rumo sejam adotadas.
Atenciosamente
Sergio Machado
Presidente
Grupo Editorial Record




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mudando de assunto

Para mudar de assunto, já que a política saturou, gostaria de comentar o novo trabalho de Maria Bethânia. Não vi, nem ouvi ainda, mas já gostei. Bethânia é simplesmente uma artista superlativa. Tudo o que faz é bom. Nunca se deixou levar por modismos, nem fez nada "comercial". Canta com alma, ou melhor solta a voz  e deixa a alma cantar.  
Abandona-se à intuição e acerta sempre. Cada trtabalho é uma jóia, burilada e detalhada com um esmero de ourives. E quando sobe, descalça, ao palco, parece que uma entidade nela se incorpora e, alí,  aquela mulher adquire uma outra estatura, transporta-se e nos transporta para um outro mundo, atemporal e mágico.
Bethânia é um bem cultural do Brasil. Errei quando disse que uma entidade se incorpora nela. Não, não se incorpora, Bethânia é a própria entidade.

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