quinta-feira, 14 de julho de 2011

14 de Julho - Tomada da Bastilha

Não dava para não comentar o 14 de julho. Que sonho, esse de ver um povo se levantar e tomar o destino nas mãos! Claro que durou pouco e a ditadura do terror que veio depois não compensou. Mas o momento, como inspiração poética e utópica foi talvez único na história da humanidade. Nas ruas de Paris, um povo faminto, sem armas, sem quaisquer outros recursos que a indignação e a raiva, enfrenta o establishment representado pela Igreja e pelo Rei e diz: basta!
Quem dera que outros povos também fizessem o mesmo. Aqui no Brasil necessitamos urgentemente desse basta. Há quinhentos anos somos roubados, há quinhentos anos o futuro de nossos filhos é comprometido. Há quinhentos anos essa nação não tem as rédeas do seu destino nas mãos. Há quem diga, estamos numa democracia, portanto...
Mas que democracia é essa em que o povo não decide, nem direta, nem indiretamente? Temos 16 senadores que não foram votados! Estão lá por maracutaias e acordos de suplência. Estão lá porque doaram dinheiro pras campanhas dos titulares em troca da suplência. E os demais, quantos realmente representam os Estados pelos quais foram eleitos? Sarney, por exemplo, representa realmente os interesses do Amapá? Alguém acredita nisso? Collor representa Alagoas?
E a Câmara dos Deputados com seus 500 e tantos membros? Quem se lembra em qual deputado votou nas ultimas eleições?
O sentimento popular no Brasil é que todos os políticos estão lá para roubar e defender seus interesses particulares. O povo e o Estado são desconhecidos um pro outro, tanto há quinhentos anos como hoje.
Sabemos que temos uma obrigação, pagar impostos, e nenhum direito. O resto é cada um pra si e Deus contra. Precisamos de um 14 de julho na Praça dos Três Poderes.

País dinâmico!

Fiquei quinze dias fora do Brasil e quando voltei o novo caso de roubalheira (o do Ministério dos Transportes) já tinha sido publicado, as desculpas esfarrapadas habituais já tinham sido feitas e o ministro já estava defenestrado. Isso mostra como o governo Dilma é "rápido e eficiente". Há uma confusão no Min. da Educação? Dilma entra de sola e manda recolher o kit homofobia. Palocci é descoberto por ter dado consultorias mais que suspeitas? Dilma fica de butuca, chama o Lula, deschama o Lula e quando vê que o caldo vai entornar, manda o ministro para casa (dele). O BNDES vai dar uma mãozinha financeira ao Sr. Abílio Diniz numa fusão nebulosa com o Carrefour e a malta grita? Dilma empunha o tacape e manda o Luciano Coutinho sair de fininho do caso. E assim vai, de "eficiência" em "eficiência" fazendo um governo casuístico, um governo movido a balão de ensaios: joga pra ver se "pega", se não "pegar" pula-se fora e culpa-se alguém. Afinal são mais de 40 ministérios. Há muita gente disposta ao "sacrifício".
Ou há alguém ingênuo o bastante para pensar que o Haddad criou o kit por sua conta sem que a presidenta soubesse de nada; ou o Luciano Coutinho foi à casa do Abílio Diniz oferecer dinheiro do BNDES sem falar com sua chefa; ou ainda que o Palocci tivesse ficado subitamente rico na campanha eleitoral e a cândida candidata nada conseguiu perceber.
O problema da Dilma é que ela quer manipular a patuléia, criar factóides a seu favor, mas não tem o traquejo, nem os anos em cima de caminhão na porta de fábrica que o seu mentor e criador. Aí fica evidente a manipulação. É como assitir a teatro mambembe de marionetes depois de adulto.
Pois bem, o dinamismo do govreno Dilma termina por aí. Temos obras de infraestrutura para a Copa e para as Olimpíadas esperando. Temos urgência em reformar aeroportos, recuperar estradas, modernizar portos. Não se trata de fazer demagogia com uma centena de casinhas populares, não. Trata-se de coisa séria que pode definir o futuro imediato do nosso país. Se perdermos essa janela de oportunidades, quando será que teremos outra?
O governo Dilma não tem o direito de brincar com o Brasil, nem de jogar fora o nosso futuro. Já chegam os 8 anos de lulismo inconsequente e corrupto. Temos que andar pra frente e rápido, sem esse "dinamismo" de teatrinho de fantoches.

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