quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher

Conta-se que algumas mulheres operárias da indústria têxtil e de confecção, em Nova York, iniciaram um protesto no dia 8 de março de 1857 contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários. Houve uma forte e violenta repressão policial que acabou por trancar as mulheres dentro da fábrica e atearam fogo, o que provocou a morte de 130 delas.
Em 1907 celebrou-se o cinquentenário desse acontecimento e em 1909 o Dia Nacional da Mulher foi oficialmente introduzido como celebração anual nos Estados Unidos pelo Partido Socialista. Na União Soviética esse evento é celebrado oficialmente desde 1917 por decreto de Lênin. Na China a celebração começou em 1922; e em 1977 a ONU declarou o dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher.
De lá para cá, apesar de grandes mudanças ocorridas, há ainda milhares de mulheres vivendo sob o regime de semi-escravidão, submetidas à violência sem limites, humilhadas, impedidas de se desenvolver como pessoas, como se fossem criminosas desde o nascimento. Porque esse ódio? Porque os homens descarregam essa carga de raiva e ressentimento contra essa outra metade da humanidade?
As religiões tem uma grande parcela de culpa nesse preconceito, mas isso não explica tudo. É preciso uma análise psicanalítica para se entender a misoginia, pois afinal todos nascemos de uma mulher, que é a pessoa a quem amamos pela primeira vez. Essa mulher foi a responsável por nos alimentar, agasalhar e proteger e, sem ela, muitos teriam suas vidas terminadas bem cedo. O que leva então a parte masculina da sociedade a introjetar valores machistas que vêm resvalando em muitos casos para a psicopatia? Nas sociedades primitivas e tribais os estudiosos explicam o baixo valor da mulher por sua relativa incapacidade de guerrear, mas essa explicação carece de fundamento há alguns séculos no mundo "civilizado".
Para mim a persistência do machismo se dá por causa de dois fatores: o medo atávico masculino da figura feminina e o papel desempenhado pela própria mulher como propagadora desse machismo. Desenvolverei esses dois pontos em próximas postagens. Aguardem o próximo capítulo!
E, de qualquer modo, hoje como em todos os dias: Amor, saúde e muitas alegrias a todas as mulheres!

terça-feira, 6 de março de 2012

Mundo faz-de-conta

O recente incêndio na estação brasileira na Antártida expõe uma de nossas mais lamentáveis e profundas feridas: o descaso com a pesquisa e desenvolvimento científico, como parte do descaso com a Educação como um todo.
O desgoverno Dilma já tinha formalizado esse descaso via orçamento. Ano após ano, durante o desgoverno do seu antecessor, o orçamento do ProAntar vinha caindo e chegou a míseros 11 milhões de reais na peça orçamentária (outra ficção governamental) de 2012. Esse valor representa uma redução de 42% em relação ao ano de 2011!
Pois agora, o governo vai ter que gastar 100 mil só na recuperação da estrutura física da base, sem contar a contabilização da perda de 10 milhões em equipamentos e a perda inestimável e irreparável de horas, dias, meses e anos de pesquisas, além de duas vidas humanas.
Pergunta-se: para quê temos essa base na Antártida se negamos a ela qualquer atenção? Temos a base por uma questão de aparência? para sossegar os militares? só para fincar o pé e demonstrar nossa soberania ao mundo? Afinal se outras nações tem bases lá, nós também temos que ter... É um pouco o eterno complexo de vira-latas aliado à incompetência governamental dourada com ufanismo de quinta categoria e populismo sindicalista.
Só que não é fingindo que investimos em educação e desenvolvimento científico que chegaremos lá. Os ministros da Tecnologia, tanto o que sai quanto o que entra, demonstram entender menos do assunto que o bispo Crivella entende de anzol. E a única coisa que as autoridades palacianas fizeram até agora foi lamentar profundamente.
Quem lamenta somos nós, caras-pálidas, que pagamos os impostos!

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