domingo, 30 de setembro de 2012

Conselhos do ex-ministro

O ex-ministro da Fazenda do governo Sarney, Sr. Bresser Pereira (¹), depois de assinar manifesto de apoio a José Dirceu e repúdio à oposição, escreve à Folha, meio que arrependido, dizendo que leitores e amigos teriam entendido que ele "teria assinado um manifesto de apoio a José Dirceu." !!! Diz que o tal manifesto, que ele assinou, não fazia referência ao nome de Dirceu. Quanta candura! diria o ministro Lewandowski.
O ex-ministro diz ainda que o objetivo do manifesto é expressar a preocupação com a forma como o julgamento do mensalão está sendo tratado pelas elites!  A "zelite" de novo, Sr. Bresser-Pereira? Ah, não, isso já está desgastado e cansativo; até porque as elites estão plenamente satisfeitas com os governos do PT. As elites, quando não estão sentadas no banco dos réus, estão muito felizes. Pergunte à construtora Delta, pergunte ao banqueiros, pergunte aos dirigentes das montadoras de automóveis, pergunte às empresas de telefonia.
Porém a frase mais espantosa nessa carta é quando diz que "no momento em que o esquema de corrupção foi denunciado, cabia perfeitamente a manifestação da opinião pública. Agora, no momento do julgamento, essa manifestação é espúria".
Peralá, o Sr. Bresser-Pereira está dizendo que não pode haver manifestação da opinião pública durante o julgamento? Baseado em que lei? E, então, por que cargas d'água ele se manifestou? Ele pode se manifestar? Manifestos a favor dos réus podem?
Tenha a paciência, Sr. Bresser-Pereira. Fique na sua área que é a economia, apesar de ter sido um fiasco sua passagem pelo ministério da Fazenda. Mesmo assim suas idéias políticas parecem ser ainda piores que as econômicas.

Nota (¹) - Devemos nos lembrar que no período em que foi ministro (1987) lançou o famigerado Plano Bresser, congelando salários e aumentando impostos,  e mesmo assim a inflação fechou o período em 366%! Diante do fracasso o ministro pediu demissão.












sábado, 29 de setembro de 2012

Mais um mito por terra

Lula é um grande mistificador, disso não há dúvida. Como aqueles camelôs que vendem gato por lebre, Lula fala, fala e fala, não importa o quê, não importam as contradições, hoje diz uma coisa, amanhã diz outra, para ele o que importa é continuar falando para que o público engula todas as suas mentiras.
Em 2010, depois de todo aquele estardalhaço do pré-sal, Lula "comandou" a maior capitalização de toda a história do capitalismo. Vangloriou-se disso, como sempre. Só que agora sabemos que tudo não passou de uma mentira bem contada.
Quando foi feito esse aumento de capital, a Petrobrás devia 94 bilhões (34% de seu patrimônio). A capitalização rendeu à Petrobrás 120 bilhões, sendo 40 bilhões provenientes do mercado; e a dívida, ao final, foi reduzida para 57 bilhões. Hoje a Petrobrás deve 133 bilhões, ou seja, a capitalização que tinha por objetivo reduzir o endividamento da estatal, não atingiu o objetivo e, dois anos depois, ela deve 39 bilhões a mais. Isso tudo ocorreu na gestão do Sr. José Sérgio Gabrielli, apaniguado do PT, e de D. Dilma, que era a "presidenta" do Conselho de Administração da estatal. Palocci era um dos membros do Conselho e Erenice Guerra - acreditem - era "membra" do Conselho Fiscal!
Com a chegada da Sra. Graça Foster a verdade veio à tona. Tomara que não seja tarde para a Sra. Foster reverter essa situação. Os acionistas minoritários e o povo brasileiro (acionista majoritário) agradecem. 
Mas  a solução do problema não é simples. Se o governo autorizar o aumento dos preços dos derivados de petróleo haverá imediato aumento da inflação, que já está saindo do controle. Por outro lado, essa é uma decisão que não pode mais ser adiada, sob pena de a Petrobrás ser rebaixada na classificação de risco, o que implicaria em juros ainda maiores na rolagem da dívida.
Mas não é bem isso o que preocupa o governo. É que se houver aumento dos preços dos derivados de petróleo agora, as eleições de Haddad, Patrus e outros petistas vão para o beleléu e isso, Lula, o tutor do governo Dilma não admite.
Sabem o que vai acontecer? Os preços dos derivados de petróleo vão ser reajustados...logo depois das eleições! Quem quer apostar?





quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Candura, não! Cara dura!

Ontem senti vergonha alheia ao assistir ao julgamento do mensalão. Vergonha pelo ministro Ricardo Lewandowski, antes mesmo da intervenção do ministro Barbosa, ao vê-lo descaradamente assumindo o papel de advogado de defesa de um dos réus, o Sr. Emerson Palmieri.
Segundo Lewandowski, Palmieri, coitadinho, só acompanhou Marcos Valério e seu advogado Tolentino a Portugal em visita à Potugal Telecom e mais nada, nem participou da reunião com o presidente da empresa... Poderia ter dito, acompanhou-os com candura, como gosta de se referir às atitudes dos réus.
Me envergonhei pelo ministro porque como cidadão brasileiro e patriota, admirador do Supremo,  não poderia admitir ver um de seus membros se comportar de maneira tão indecorosa.
Não entro no mérito do seu voto. Ele que vote como quiser ou como puder, de acordo com seu conhecimento, convencimento ou consciência. Absolva, condene, isso é uma prerrogativa sua. Mas não precisava expor uma moça que nada tem a ver com a Ação Penal. Como disse o ministro Barbosa, se essa moça fosse de classe social mais elevada, seu nome não teria sido sequer citado naquele contexto.
Não precisava também referir-se ao processo de privatização do governo Fernando Henrique, misturando as bolas, ou seja fazendo o mesmo discurso de Lula e demais mensaleiros que se defendem dizendo que a compra de votos  começou antes, no outro governo. 
Pois bem, se começou antes (o que não descarto) que se abra um processo com relação aos possíveis crimes anteriores (como aliás já está aberto e em curso, no caso do Sr. Eduardo Azeredo) e que os ministros se manifestem sobre esse assunto no bojo dessa nova Ação Penal. Ao tentar misturar os fatos, o ministro Lewandowski não age com candura, nem com ingenuidade, mas com malícia mesmo, fazendo um jogo que deveria ser o jogo dos advogados de defesa dos réus.
Como disse o ministro Ayres Britto: "como não saber", quem estava no processo, "que aquilo tudo era ilegal?" Como não saber, ou suspeitar, que o recebimento de tais quantias em dinheiro vivo não poderia ser legal?
Ora, em um país como o Brasil, em pleno século XXI, é preciso ser muito cândido ou cara-de-pau para se inferir o contrário.
Não se pode supor que um ministro do Supremo Tribunal seja ingênuo e acredite nessa candura toda.

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