sábado, 7 de fevereiro de 2015

Última Cartada

Dona Dilma não acerta uma, nem para variar um pouco. Agora conseguiu fazer o que parecia ser impossível: piorar ainda mais a situação da Petrobras.
Ao escolher para presidir a Petrobras, em uma crise dessas, un nome sem credibilidade e já envolvido em uma história mal-contada de empréstimo ilegal a uma "socialite" a presidenta demonstra mais uma vez que não tem preparo algum para ocupar o cargo que ocupa. Não entende o tamanho do problema, não sabe como resolvê-lo e se julga a mais competente das gestoras, como é típico dessa corja ignorante que se acha a maior maravilha, a começar do próprio lider mor, o Exu de Garanhuns.
No fundo, são todos uns reles corruptos que, por um golpe do destino, tiveram a chave dos cofres nas mãos e se lambuzaram de tanto roubar. Não é uma questão ideológica. Ninguém está interessado na administração pública, ninguém está interessado em promover o desenvolvimento do país, ninguém quer melhores condições para o povo brasileiro. O que querem é só a chave do cofre. E não serem pegos.
Até agora, tiveram sucesso nas duas coisas. Mesmo tendo sido pegos, o país não dispõe de instituições para pô-los na cadeia, sem que passem por um interminável processo, que, em nome de uma suposta plena defesa, permite a protelação de decisões até a impunidade.
Ninguém poderá dizer, por exemplo, que os Estados Unidos, ou a França, ou a Alemanha, não disponibilizem aos seus cidadaõs do direito à plena defesa, mas lá os processos não se arrastam por décadas e o Estado é ressarcido do que lhe foi roubado.
A péssima escolha de dona Dilma para a Petrobras só faz provocar mais incerteza, mais insegurança e mais interrogações sobre o futuro dessa ex-grande empresa. Existe porém uma outra explicação, essa talvez mais lógica: é que antes de mais nada dona Dilma, o PT e seu líder máximo necessitam de um dique, uma contenção, um escudo, contra o surgimento de informações que poderiam levá-los às barras dos tribunais mais cedo do que fatalmente irão.
Como a esperança é a última que morre, talvez, dona Dilma esteja jogando sua última cartada, sua derradeira tentativa de estancar o processo por aí.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

No Way

Nas páginas policiais dos jornais, ficamos sabendo que o apelido carinhoso do Renato Duque, o homem do Zé Dirceu na Petrobras, é My Way. Uma graça! (sem trocadilho).
Esse My Way é a chave final desse processo. Ele é quem faz ligação entre o petrolão e Lula, o magnifico, via o onipresente Zé. Por isso, My Way não fala, não abre a boca, prefere tomar alguns anos de cadeia a entregar seus chefes. Ou isso é uma bruta lealdade, ou é medo mesmo. Fico com a segunda hipótese. Há coisas a perder mais que a liberdade, a vida por exemplo. My Way conta ainda com a possibilidade de ficar preso uns 3 ou 4 anos e depois conseguir a tal progressão da pena, ou seja, puro e simples livramento, disfarçado de prisão domiciliar e outros nomes pomposos e politicamente corretos que o Brasil adora adotar.
Pois bem, enquanto isso, prossegue o drama da ex-maior empresa brasileira. Ninguém quer assumir a presidência, claro! E dona Dilma, que não tem consciência do tamanho do problema, acha que com dois telefonemas vai encontrar um capacho babando de vontade de se enfiar nesse espinheiro. A troco de quê? Do salário de presidente de estatal? Do prestígio do cargo?
A Petrobras encontra-se num beco sem saída. Tem uma dívida enorme, maior que o seu patrimônio, a credibilidade destruída, um balanço que ningém vai auditar e pergunta-se, quem será o doido de assinar? 
Nesse cenário, a demissão da Graça Foster não ajuda em nada. De qualquer jeito seria ruim. Se ficasse, o sinal para o mercado seria de negligência da presidenta. Saindo, o problema da presidenta é achar um substituto.
Na verdade, para recuperar a Petrobras e sua credibilidade é necessário mais que a saída da diretoria e do Conselho. É necessária a saída da presidenta e seu partido do palácio do planalto. Não há outro jeito. No Way.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Tres poderes

Quer dizer que o Sr. Renan Calheiros ganhou mais uma vez e vai presidir de novo o Senado brasileiro. Merecemos! Somos um povo de péssima memória, um povo mole, que não cobra seus direitos, que se contenta com uma cerveja e um churrasco na laje no fim de semana.
Esse senhor já havia renunciado a esse mesmo cargo. Ainda que sabendo que os motivos dessa renúncia tenham sido os mais excusos, o ato da renúncia, em si, passa a mensagem de que o seu ator não estava a aguentar a responsabilidade do cargo, que não tinha capacidade de levar adiante o compromisso assumido com o povo nas urnas. Entretanto esse mesmo povo, traído em sua confiança, deposita novamente a sua boa fé no biltre... que por manhas e artimanhas do mundinho sujo dos bastidores da política se reelege para o cargo mais alto de um dos poderes da República.
Agora estamos bem! Está uma harmonia perfeita!
Dilma na frente do poder Executivo, Renan no Legislativo e Lewandowski no Judiciário. Os 3 poderes da República refletem hoje a credibilidade do Brasil. O que podemos esperar?
Na época do impeachment do Collor eu pensava que aquele era o ponto mais baixo a que poderíamos ter chegado na política. Grande engano! Agora nem ouso fazer prognósticos para o futuro. Pode ser que ainda piore mais e não sei o que acontecerá com esse país, caso as coisas ainda possam ficar mais sujas e mais rasteiras do que já estão. 
Não estou vendo também uma saída institucional para isso. Para o poder executivo sempre existe a possibilidade de um impeachment, mas como resolver o problema dos outros dois poderes? Como evitar a degeneração do poder legislativo e do judiciário? Não há mecanismos institucionais não traumáticos para isso.
Por hipótese, se muitos membros do Congresso estiverem metidos na roubalheira da Petrobras e forem condenados, nem mesmo a sua cassação está garantida e, ainda que cassados, nada garante que seus suplentes sejam de melhor qualidade. O mesmo vale para o poder judiciário. Se os ministros indicados por Lula e Dilma, que daqui a  pouco serão 100% da corte, se revelarem corruptos ou parciais, como a nação poderá se livrar deles? Por qual mecanismo?
São perguntas que ficam sem resposta e as respostas que podemos imaginar não são nada animadoras.

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