quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

No Way

Nas páginas policiais dos jornais, ficamos sabendo que o apelido carinhoso do Renato Duque, o homem do Zé Dirceu na Petrobras, é My Way. Uma graça! (sem trocadilho).
Esse My Way é a chave final desse processo. Ele é quem faz ligação entre o petrolão e Lula, o magnifico, via o onipresente Zé. Por isso, My Way não fala, não abre a boca, prefere tomar alguns anos de cadeia a entregar seus chefes. Ou isso é uma bruta lealdade, ou é medo mesmo. Fico com a segunda hipótese. Há coisas a perder mais que a liberdade, a vida por exemplo. My Way conta ainda com a possibilidade de ficar preso uns 3 ou 4 anos e depois conseguir a tal progressão da pena, ou seja, puro e simples livramento, disfarçado de prisão domiciliar e outros nomes pomposos e politicamente corretos que o Brasil adora adotar.
Pois bem, enquanto isso, prossegue o drama da ex-maior empresa brasileira. Ninguém quer assumir a presidência, claro! E dona Dilma, que não tem consciência do tamanho do problema, acha que com dois telefonemas vai encontrar um capacho babando de vontade de se enfiar nesse espinheiro. A troco de quê? Do salário de presidente de estatal? Do prestígio do cargo?
A Petrobras encontra-se num beco sem saída. Tem uma dívida enorme, maior que o seu patrimônio, a credibilidade destruída, um balanço que ningém vai auditar e pergunta-se, quem será o doido de assinar? 
Nesse cenário, a demissão da Graça Foster não ajuda em nada. De qualquer jeito seria ruim. Se ficasse, o sinal para o mercado seria de negligência da presidenta. Saindo, o problema da presidenta é achar um substituto.
Na verdade, para recuperar a Petrobras e sua credibilidade é necessário mais que a saída da diretoria e do Conselho. É necessária a saída da presidenta e seu partido do palácio do planalto. Não há outro jeito. No Way.

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