segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O choro é livre!

Eles atacam de todos os lados. Os advogados dos empreiteiros presos na Polícia Federal reunem-se com o ministro da Justiça, que lhes faz a promessa de que o processo vai "se embolar no meio de campo". Tentam achar uma nesga de possibilidade de criticar o juiz Sérgio Moro. Se pudessem já lhe teriam arrancado o processo das mãos.
Agora veiculam na imprensa a choradeira de que as condições carcerárias são péssimas.
Realmente! Para esses empreiteiros acostumados a lidar com bilhões, ao luxo de hotéis 5 ou 6 estrelas, jatinhos particulares, casas cinematográficas, e "otras cositas" espetaculares, para eles, repito, dormir em uma cela de prisão, dividindo o espaço com mais dois, lavar as proprias cuecas e meias, usar uma latrina comum, fazer a limpeza da própria cela, tudo isso deve ser um tipo de antecipação do inferno.
Há gente penalizada, mas eu penso que em primeiro lugar eles estão usufruindo de condições palacianas em comparação com as dos detentos da maior parte dos presídios brasileiros. Como a Constituição diz que todos são iguais perante a Lei...Em segundo lugar, poderiam aproveitar tudo isso para fazer uma reflexão, uma reavaliação de sua própria vida e de seus valores. Terá valido a pena? O que acumularam de dinheiro desviado da nação, de seus compatriotas, e que será, na sua maior parte, usufruido por outras pessoas, terá lhes trazido alguma felicidade duradoura? O ego tantas vezes adulado e bafejado pelos puxa-sacos de plantão, agora se defronta com a dura realidade de que afinal eles também não passam de homens comuns, simples mortais, que tem as mesmas necessidades básicas, de comer, defecar, dormir, amar e ser amado. Em quê , afinal, se diferenciam ou são superiores a todos os demais brasileiros a quem lesaram?
Agora sentem falta da família, com a qual não conviviam por não terem tempo, por terem que correr atrás do deus-dinheiro desprezando tudo e a todos? Agora sentem que não fizeram amigos pela vida afora, mas se cercaram apenas gente interesseira e interessada apenas no seu dinheiro e no seu poder? Pois ainda há tempo. Há tempo de refletirem, confessarem os erros, devolverem à nação o que retiraram dela indevidamente e nos dizerem os nomes dos demais que ainda estão ocultos, os mentores e os chefes dessa imensa organização criminosa. Ainda é tempo, mas será que o usarão para isso? Dificilmente! Aqui é que cabe aquela afirmação atribuida a Cristo: "É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha...". Fora isso, o choro é livre!

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