domingo, 29 de novembro de 2015

Elite

O Exu de Garanhuns fez toda sua vida política, quando no palanque, atacando as elites. Fora do palanque o discurso era outro.
Mas, no palanque, para consumo geral da patuleia, "a zelite" é que não deixavam o país se desenvolver, a personificação do atraso, da reação, do fisiologismo, do patrimonialismo, do racismo, da exclusão social, da homofobia, etc.
Até que eu concordo com ele. Há realmente uma "elite" brasileira que é tudo isso e algo mais. Resta saber quem são os representantes dessa "elite". Para o Exu são todos os que não votaram, não votam ou não votarão nele e, ultimamente, toda a classe média brasileira, que bateu panelas, que esperneou contra a corrupção, que foi às ruas pedir o impeachment do poste.
Acontece que quando se vai ver quem é que é fisiológico, patrimonialista, usurpador dos bens públicos, a gente acha as digitais de toda a cumpanherada do PT e de alguns de seus amigos bilionários. São realmente representantes da elite atrasada, que dilapida o patrimônio público, que rouba o futuro da nação, que só se importa com seus lucros e o resto da país que se dane. Essa é pior casta que o país conseguiu produzir. E não deixa de ser uma elite.

Quem vai dizer que banqueiros, senadores, deputados federais, altos empresários, advogados de alto coturno, pecuaristas, publicitários, ministros de Estado, diretores de estatais, diretores de bancos públicos e de órgãos de fomento não constituem uma elite?

A lista de pessoas pertencentes a esse "status" social é enorme. Aqui vão só alguns exemplos para refrescar a memória: Kátia Rabelo, banqueira; Marcos Valério, publicitário; André Esteves, banqueiro; Marcelo Odebrecht, empresário; José Carlos Bumlai, pecuarista; Ricardo Pessoa, empresário; Nestor Cerveró, ex-dirigente da Petrobras; Paulo Roberto Costa, ex-dirigente da Petrobras; Delcídio Amaral, senador; Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados; Renan Calheiros, presidente do Senado; Humberto Costa, senador; José Dirceu, ex-deputado, presidente do PT; José Genoíno, ex-presidente do PT; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; Pedro Corrêa, ex-deputado; Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente do Conselho da Camargo Corrêa: José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras; Fernando Collor, senador; Gleisi Hoffman, senadora; Edison Lobão, ex-ministro; Shinko Nakandakari, Operador da Galvão Engenharia; Romero Jucá, senador; Roseana Sarney, ex-governadora; Sérgio Cabral, ex-governador; Luiz Argôlo, ex-deputado; Antonio Palocci, ex-ministro;João Vaccari, tesoureiro do PT e uma infinidades de outros nomes.
O que essas pessoas tem em comum, além de pertencerem à elite social do país?   Toda elas estão indiciadas, sendo investigadas, sendo processadas ou já condenadas no Mensalão e na Lava Jato. Praticavam suas atividades criminosas sob as bençãos e o beneplácito dos governos do PT. Simples assim. Esse é o retrato macabro da elite que envergonha esse país. A outra elite, a elite cultural e artística que tantas vezes, no passado, veio a público fazer protesto contra isso e aquilo, está calada, muda. Não se ouve um pio, com poucas exceções como a de Ferreira Gullar, Fábio Júnior e Lobão.
Não se ouve a voz de Gil, Caetano, Fernanda Montenegro, a protestar contra a roubalheira, contra o escárnio, como disse a ministra Cármen Lúcia.
As vozes de Veríssimo, Luiz Carlos Barreto, Fernando Moraes, Chico Buarque e Paulo Betti ainda se ouvem, a favor do PT e de tudo o que esses criminosos fizeram contra a nação.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Better Call Saul

Quem assistiu à brilhante série "Breaking Bad" não se esquece do advogado de bandidos, Saul Goodman. O excelente ator, Bob Odenkirk, encarnou um personagem sensacional. Goodman é um advogado picareta de uma cidadezinha do interior americano, que faz publicidade de si mesmo com o mote: Better Call Saul e que se especializa em "defender" a alta cúpula do crime organizado local. Mais ou menos como aqui.
Na série, o problema é que Goodman vai se envolvendo ou sendo envolvido cada vez mais profundamente na própria atividade criminosa de seus clientes, deixando de ser um advogado para ser um cúmplice.
Foi o que ocorreu com o Dr. Edson Ribeiro, a essa altura ex-advogado de Nestor Cerveró. Pelo que ouvimos na gravação, ele já havia se tornado cúmplice de Delcídio no plano de fuga e nas atividades de obstrução da  justiça. E foi essa a conclusão do ministro Teori Zavascki ao mandar a Interpol incluir o seu nome no alerta vermelho. Está para ser preso a qualquer momento em Miami, para onde teria fugido.
Tanto para Saul Goodman, quanto para sua esmaecida cópia tupiniquim, a história não acaba bem. Felizmente para todos nós, os demais cidadãos honrados, que são os que pagam os impostos para sustentar esses mafiosos.
Delcídio Amaral, Edson Ribeiro, André Esteves, é melhor chamar o Kakay!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Organização criminosa

A situação é muito pior que qualquer um de nós possa ter imaginado. Estamos cercados de bandidos por todos os lados! Essa gravação da conversa entre Delcídio Amaral, o advogado Edson Ribeiro e o filho de Cerveró é uma revelação estarrecedora do nível a que chegou a atividade política no país. É um raio-x das entranhas podres dessa República de quinta categoria.

Nessa gravação ouvimos um senador da República traçando um plano de fuga de um criminoso preso pela Justiça, como se fosse ele, senador, um capanga de alguma quadrilha obedecendo às ordens do chefe! Ofereceu dinheiro para o cara ficar calado! Possivelmente mais cedo ou mais tarde, ordenaria também a "queima" desse "arquivo". O aúdio está aí, publicado na internet, para quem quiser ouvir. 
Isso faria parte de um plano para a fuga de Cerveró para a Espanha, país do qual tem a cidadania. Dentre todas as coisas inacreditáveis que disse, o sen. Delcídio ameaça ir ao Senado fazer um discurso político alegando até tortura, para que o "habeas corpus" fosse concedido pelo Supremo ao Cerveró.  Disse já ter "conversado" com Teori e Tóffoli e estava à procura de alguém que pudesse "conversar" com o ministro Gilmar Mendes. O nome de Renan Calheiros é sugerido para tal função.
Comentam a estratégia de anular todas as delações, processo que estaria com o ministro Facchin e que seria um "aliado" deles nessa empreitada. Nesse caso acabaria a Lava Jato e nem haveria a necessidade de Cerveró fugir. O maior problema que temiam seria a vaidade excessiva do advogado Kakay, um empecilho a essa solução uma vez que a ideia não teria partido dele. Não temiam mais nada. Agiam e planejavam agir como se a República fosse o quintal da casa deles.

As entranhas agora estão expostas. O PT em uma nota vergonhosa tenta se distanciar do crime, como se tudo fosse obra de mentes alucinadas, agindo por conta própria e sem a participação do partido que detém o recorde de ter o maior número de filiados presos. O governo engole em seco. O senador preso era líder desse governo e agia no sentido de impedir uma delação que tem o potencial de detonar a própria presidente da República. 

O que haverá agora? Como é que a República vai reagir diante dessa ameaça? Havia uma quadrilha em ação, isso é indiscutível, mas será que eram só esses, que foram presos, a totalidade dos membros da organização criminosa? O senador agia por conta própria, ou era apenas um pau-mandado de alguém em instância superior a quem não interessaria a delação premiada de Cerveró? Ou seja, a quadrilha foi desmantelada ou continua agindo por meio de outros membros que ainda não foram detidos? A essas perguntas o poder Judiciário e a PF tem o dever de responder à nação boquiaberta.



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