quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Organização criminosa

A situação é muito pior que qualquer um de nós possa ter imaginado. Estamos cercados de bandidos por todos os lados! Essa gravação da conversa entre Delcídio Amaral, o advogado Edson Ribeiro e o filho de Cerveró é uma revelação estarrecedora do nível a que chegou a atividade política no país. É um raio-x das entranhas podres dessa República de quinta categoria.

Nessa gravação ouvimos um senador da República traçando um plano de fuga de um criminoso preso pela Justiça, como se fosse ele, senador, um capanga de alguma quadrilha obedecendo às ordens do chefe! Ofereceu dinheiro para o cara ficar calado! Possivelmente mais cedo ou mais tarde, ordenaria também a "queima" desse "arquivo". O aúdio está aí, publicado na internet, para quem quiser ouvir. 
Isso faria parte de um plano para a fuga de Cerveró para a Espanha, país do qual tem a cidadania. Dentre todas as coisas inacreditáveis que disse, o sen. Delcídio ameaça ir ao Senado fazer um discurso político alegando até tortura, para que o "habeas corpus" fosse concedido pelo Supremo ao Cerveró.  Disse já ter "conversado" com Teori e Tóffoli e estava à procura de alguém que pudesse "conversar" com o ministro Gilmar Mendes. O nome de Renan Calheiros é sugerido para tal função.
Comentam a estratégia de anular todas as delações, processo que estaria com o ministro Facchin e que seria um "aliado" deles nessa empreitada. Nesse caso acabaria a Lava Jato e nem haveria a necessidade de Cerveró fugir. O maior problema que temiam seria a vaidade excessiva do advogado Kakay, um empecilho a essa solução uma vez que a ideia não teria partido dele. Não temiam mais nada. Agiam e planejavam agir como se a República fosse o quintal da casa deles.

As entranhas agora estão expostas. O PT em uma nota vergonhosa tenta se distanciar do crime, como se tudo fosse obra de mentes alucinadas, agindo por conta própria e sem a participação do partido que detém o recorde de ter o maior número de filiados presos. O governo engole em seco. O senador preso era líder desse governo e agia no sentido de impedir uma delação que tem o potencial de detonar a própria presidente da República. 

O que haverá agora? Como é que a República vai reagir diante dessa ameaça? Havia uma quadrilha em ação, isso é indiscutível, mas será que eram só esses, que foram presos, a totalidade dos membros da organização criminosa? O senador agia por conta própria, ou era apenas um pau-mandado de alguém em instância superior a quem não interessaria a delação premiada de Cerveró? Ou seja, a quadrilha foi desmantelada ou continua agindo por meio de outros membros que ainda não foram detidos? A essas perguntas o poder Judiciário e a PF tem o dever de responder à nação boquiaberta.



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