domingo, 27 de março de 2016

A colaboração "definitiva" e o Departamento do Pixuleco

A Odebrecht tem o desplante de ainda se julgar capaz de ditar as regras e definir o ritmo da Operação Lava Jato. Em seu manifesto da semana passada, aponta sua disposição de "colaborar definitivamente" com a Operação.

De cara já vem uma confissão, a de que nas vezes anteriores em que disse estar colaborando com as investigações, estava, na verdade, administrando, ou tentando administrar, as informações que dava ao Ministério Público. Só agora está disposta a colaborar "definitivamente". Vamos acreditar!

Uma empresa que mantinha um departamento para o controle de propinas (o Pixuleco's department) deve ter realmente um "know-how" fabuloso nessa área e sabe muito bem como "administrar" as informações que sejam de seu interesse que venham a público ou não.
É isso que deve ser levado em conta quando as informações dessa colaboração "definitiva" forem analisadas. Já no passado, a mesma Odebrecht jogou areia no ventilador da CPI da Empreiteiras (1993), ao difundir a "informação" de que todos os políticos de todos os matizes e partidos estariam recebendo propina de seu Departamento do Pixuleco. No telefone de Marcelo Odebrecht, há uma referência a isso, com o nome "Armadilha Bisol/contra-infos. RA? EA/Veja?"Esse nivelamento entre todos, acabou por derrubar a CPI, que minguou e não concluiu coisa alguma.

Tivemos que esperar mais 23 anos para finalmente a poderosa Odebrecht cair nas malhas da Justiça. E, mesmo depois de ter seu CEO e então presidente preso, continuou a manter o funcionamento do Departamento do Pixuleco, o que demonstra que a empresa, além de não respeitar as leis, não teme também a justiça de seu país. Está mal acostumada.

Agora, parece que a "ficha caiu", mas é melhor ficarmos todos de olho, para que os administradores do pixuleco não venham novamente com outra história de enganar trouxa, querendo melar a Lava jato por falta de político honesto para dar prosseguimento institucional ao processo. Felizmente temos uma força-tarefa imune às kogadas políticas, um juiz exemplar e corajoso e uma sociedade desperta e alerta e que já não espera da classe política uma solução.
A sociedade brasileira sabe agora que a solução somos todos nós, juntos, e que, doa a quem doer, lugar de ladrão é na cadeia.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Impeachment inevitável

Com falta de ar o governo corre para a UTI do Supremo. Ficará lá tomando soro e respirando por aparelhos sem se importar que o país espera o desenlace para seguir em frente. O desenlace, entretanto, é fatal. Não tem mais volta. Vai ter o impeachment. Só que se aquela senhora renunciasse pouparia a si e a todos nós, mais algumas semanas de desgaste.

Ela devia compreender que em política há momentos em que é impossível mudar o curso das coisas. Afinal, se ela chegou arrastando esse governo até aqui, já foi muito, já foi demais. Uma governante sem popularidade alguma, detestada até pelos militantes do seu partido, sem capacidade de articulação política, sem carisma, sem inteligência, sem capacidade gerencial, sem traquejo, que levou a economia do país a essa derrocada histórica e com todas essas demonstrações de corrupção recordista mundial, chegou até longe demais.

Se não fosse a militância fanáticamente religiosa do seu partido, se não tivesse cooptado os movimentos sociais e se não fosse a leniência de uma oposição ridícula já teria caído.

Portanto, essa corrida à UTI é uma tentativa desesperada de sobrevida que só vai atrasar o processo de recuperação do país e a cura e cicatrização das feridas institucionais que ela e seu partido provocaram. Mas, ela pensa que tem que ser fiel ao seu mito de guerrilheira esquerdista. Não é capaz de compreender que o jogo está perdido e que o mito mentiroso da esquerda brasileira será jogado na lata de lixo da história.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Teori na prática

O ministro Teori Zavaski com aquela cara de buldogue enraivecido não me engana nem um pouco. Já foi citado por Lula e por Delcídio em gravações "republicanas", sendo considerado um ministro "favorável" à argumentação da corja petista. Chegou inclusive a ser convidado para a conversa secreta "republicana" da Anta com Lewandowski em Portugal.

Será que ele tem mais gratidão a quem o indicou do que o Janot? Parece que sim, pois a corja, que se julga no direito até de escolher os ministros para julgar suas demandas, demonstra gostar de Rosa Weber, Lewandowski, Barroso e de Teori; e detesta Gilmar Mendes, obviamente.

E o ministro Teori não os desaponta. Claro que os despachos são abarrotados de juridiquês e de considerações disso e daquilo, mas o que interessa à malta é o resultado prático.
O Teori que lhes interessa é o que, na prática, mantém o chefe da organização criminosa a salvo da polícia e da justiça.


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