quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O morto-mór de 2016

David Bowie, Carrie Fischer,  Humberto Eco, George Martin, Ettore Scola, Muhammad Ali, Prince, Michael Cimino, Elie Wiezel, Tunga, Tereza Rachel, Ferreira Gullar, Naum Alves de Souza, Edward Albee, Elke Maravilha, Cauby Peixoto,  Sábato Magaldi, Pierre Barouh, Billy Paul, Hector Babenco, Andrzej Wajda, Abbas Kiarostami, Gene Wilder, Flávio Gikovate, D. Paulo Evaristo Arns, Ivo Pitanguy, George Michael... e agora Debbie Reynolds.  A lista é grande! Foram muitas personalidades importantes na cultura, nas artes e na ciência, que ficaram para sempre em 2016.  O mundo ficou mais triste e mais burro sem eles!

A lista é ainda incompleta sem os nomes dos jogadores, técnico, jornalistas e dirigentes do Chapecoense, aquela lamentável morte coletiva que entristeceu todo o Brasil.

Podemos também incluir na lista um outro tipo de mortos: aqueles que estão fisicamente entre nós, mas é como se estivessem já no além, devido à irrelevância em que se tornaram. Em 2016 ficou claro que eles pareciam habitar nosso mundo, mas realmente habitavam um outro, paralelo, o submundo do crime organizado. Entre todos, se destacam os fantasmas de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha, Lula, Sérgio Cabral e Renan Calheiros que já está com um pé na cova. E, por falar em morto-vivo e fantasma, onde é que anda mesmo o Aloísio Mercadante? Esse está se fingindo de morto para que a Lava Jato não se lembre dele.

Mas um parágrafo especial deve ser reservado sobretudo para o morto-mór de 2016, aquele que já devia ter ido para o quinto dos infernos há muito tempo, mas parece que nem o capeta o queria. É o inefável ditador daquela pobre ilha do Caribe, que se intitulava El Comandante e que não titubeou em matar, pura e simplesmente, seus opositores políticos, mas que foi bafejado e adulado não só pelos mortos-vivos citados acima, mas também por toda uma classe terceiro-mundista deslumbrada que se intitula intelectual.

Custou mas foi. Se lamentamos a morte de tanta gente importante que, enquanto viveu,  fez o mundo melhor, o ano de 2016 teve pelo menos isso de bom, levou finalmente um dos últimos dinossauros de uma ideologia que desgraçou um século inteiro.






terça-feira, 27 de dezembro de 2016

2016, Ano da Redenção

Como será que vai ficar conhecido esse ano de 2016? Penso que na história do Brasil nunca houve um ano tão sobrecarregado de acontecimentos notáveis. 

Foi um ano em que aconteceu tanta coisa que até parece que os Jogos Olímpicos ocorreram uns 3 anos atrás. Pois 2016 foi o ano da primeira e única Olimpíada na América do Sul! Foi um ano em que o Brasil ganhou uma espetacular medalha de ouro no salto com vara e várias e inesperadas medalhas no remo. 

Mas foi também o ano em que se revelou ao país estupefacto, que aqui se sediava uma organização criminosa, responsável pelo maior crime de corrupção da história da humanidade. E, pior! Essa organização era comandada pelos líderes políticos dos partidos que estavam no poder, em outras palavras, a OrCrim era comandada pelo próprio presidente da República!

Foi o ano em que figurões poderosos, políticos e do meio empresarial, se viram trancafiados nas celas e submetidos à Lei, como qualquer outro cidadão que tenha cometido crime, coisa com a qual não estavam acostumados. Foi o ano do protagonismo do Ministério Público, que  a gente nem sabia que existia, e do poder Judiciário de primeira instância. Foi o ano do juiz Sérgio Moro, herói nacional!

E foi também o ano em que a Suprema Corte do país se revelou uma vergonha pública, uma corte inútil, que sequer defende a Constituição e então não serve para nada! Uma corte que aceita conchavos, que faz conchavos, como se fosse um partidinho qualquer. Uma Suprema Corte do passado de um país atrasado, agarrada a um juridiquês ridículo e a ritos processuais antiquados e anacrônicos, que se posta de costas, não só para a sociedade, mas de costas para os usos e costumes dos novos tempos. Estamos no século 21 e o STF ainda não saiu do 19.

Foi o ano do impeachment, porque não poderia ter sido diferente, mas foi o ano da crise econômica mais profunda de nossa história em consequência do governo criminoso que acabou por cair pela vontade do povo. Foi o ano em que a povo brasileiro se fez ouvir no Planalto.

Foi o ano em que o presidente da Câmara foi deposto pelo Supremo e o presidente do Senado desafiou a ordem de deposição do mesmo Supremo e ficou por isso mesmo.

Foi o ano da delação das delaçoes! Poderíamos dizer que foi o ano da Odebrecht, mas prefiro pensar que 2016 tenha sido o ano da redenção do povo brasileiro como dono de seu destino. E o ano em que começamos a pôr nas grades todos esses canalhas, ladrões, traidores da pátria, que nos exploraram por tanto tempo. Que venha 2017 e a continuação dessa limpeza!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lula, o estafeta da Odebrecht

Antes de conhecer o esquema direito, a gente achava que Lula seria o chefe dos chefes, o comandante geral do esquema de propinas administrado pelo PT, PP e PMDB.
As empreiteiras faziam pose de vítimas, coitadinhas, as virgens seduzidas ou estupradas por aqueles que comandavam e ditavam as regras do jogo, como lamentou Léo Pinheiro, da OAS, em uma de suas delações.
Eram as regras do jogo, disse ele, e quem não jogasse por essas regras estaria "fora de campo".
Pois agora, conhecida a delação monstro da Odebrecht, que não precisa mais ser vazada pois o Departamento de Justiça americano não opera com "segredos", mas age transparentemente como deve ser em um país que respeita seus cidadãos, fica claro e perceptível que a situação era inversa. Quem comandava o esquema, definia os papéis e até mesmo as ações de governo, era o cartel criminoso, o cartel das empreiteiras, dirigido pela mui conhecida Odebrecht.
O capo dei tutti i capi da organização criminosa internacional, que atuou em 12 países, não foi ninguém mais, ninguém menos que a ex-poderosa Odebrecht. Mandava e desmandava. Planejava e mandava executar atos de governo, como as tais 9 medidas provisórias que confessadamente assumiu ter ordenado que se editassem, por serem de seu interesse.
Lula agia, na presidência, como um empregado da empresa; e não só no tempo em que era presidente, mas também depois, quando deixou em seu lugar um poste para continuar fazendo o que a Odebrecht queria que se fizesse.
Claro que a Odebrecht, magnânima, permitia também que outras empreiteiras fizessem uso do trabalho de seus empregados, mas quem liderava era ela, que definia os destinos da nação. Estávamos nas mãos deles e não sabíamos.
O uso do poder foi de tal maneira que é quase um milagre que todo esse arcabouço tenha vindo por água abaixo, por obra de um juiz que resolveu investigar direito um simples posto de gasolina e suas atividades de lavagem de veículos e de dinheiro.
Por essa e por outras é que, apesar de tudo, a gente ainda acredita que Deus é brasileiro.

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Lista dos países onde a Odebrecht atuou criminosamente, além do Brasil: 
Angola, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. Total de propina paga: 2 bilhões, 630 milhões de dólares. E ainda faltam dados de outros países, incluindo Cuba.

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