domingo, 19 de março de 2017

Sem luz no fim do túnel

Está difícil ser brasileiro por esses dias!...O que esses canalhas fizeram com o país só tem um nome: alta traição! Eles trairam a confiança da sociedade em todos os níveis. São representantes que não representam nada a não ser os próprios interesses mesquinhos e escusos; são fiscais que nada fiscalizam a não ser o próprio bolso recheado de propinas; são policiais que fazem vista grossa ao tráfico, em troca da "mesada" das bocas de fumo. E por aí vai a série escabrosa de ineficiência e venalidade dos agentes públicos.
Onde quer que haja a presença do Estado, há um agente desse mesmo Estado sendo pago para não cumprir a sua função. Então para quê precisamos deles? Para quê precisamos de fiscalização sanitária, para quê precisamos de senadores, deputados, ministros? Para quê precisamos das agências reguladoras?
E aí, vamos mais longe: para quê precisamos de uma justiça do trabalho? Para quê precisamos de uma justiça eleitoral? Para quê precisamos de um Supremo Tribunal?

A resposta a todas essas perguntas é uma só: precisamos desses órgãos e agentes para cumprirem a sua função legal. Se for só para nos enganar e encher os bolsos de propinas, agradecemos, mas vamos constituir um outro modelo de estado, de organização política e institucional. O que está aí, já demonstrou que não presta e que, longe de ser uma solução, é na verdade a causa dos nossos problemas.

Estamos chegando à beira da ruptura e do colapso. Irresponsavelmente, as maiores empresas do país em conluio com essa degradada classe política, estão levando o país ao caos. E ainda nem sabemos da caixa preta do BNDES, da Nossa Caixa, do Banco do Brasil, etc., etc. O que faremos no próximo ano? Quem vamos eleger para nos representar?

Quanto mais andamos nesse túnel, mais escuro ele fica, e não há sinal de nenhuma luz.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Segredo de Justiça

Se existe uma área em que a transparência deve ser total e absoluta é a área que compete à Justiça. Afinal, nessa área atuam meros cidadãos, aos quais a sociedade deu a autorização e a incumbência de julgar os demais e e o poder de definir, para o bem ou para o mal, como esses cidadãos, que porventura sentar-se-ão (desculpem a mesóclise) no banco dos réus, sua futura vida em sociedade.

Essa outorga investe o cidadão que se transforma em juiz, de uma responsabilidade ímpar e, portanto devedor permanente de prestação de contas à sociedade.

Nesse contexto, não se admitem segredos de Justiça, a não ser em casos particularíssimos, como, por exemplo, o direito de família, em que a disputa entre as partes não interessa a mais ninguém. Ou, quando a eficácia da investigação requer o sigilo, e esse deve ser aplicado tão somente na fase investigatória. Uma vez, concluída, a regra deve ser a da transparência.
Não se justifica portanto, de maneira alguma, que esses processos cuja abertura foi pedida pela PGR ao Supremo, sejam mantidos sob esse manto protetor aos acusados.

Quem se dispõe à vida pública, como o nome está dizendo, não pode ter vida privada. Ou uma, ou outra. Uma vez que escolheu a vida pública e foi escolhido pelos eleitores direta ou indiretamente, passa a ter um compromisso 24 horas por dia com esses eleitores. Quem não quer que assim seja, que se recolha à privada (a vida privada, "por supuesto"). Ninguém é obrigado a  candidatar-se a coisa alguma. Ninguém é obrigado a aceitar cargo algum.

Exercer uma atividade pública é (ou deveria ser) antes de tudo um serviço. Sei que estamos longe disso, nesse país semi-selvagem da América do Sul, mas a regra não muda conforme o estado de civilização em que um povo se encontra. Temos é que ir, aos trancos e barrancos, aprimorando nossas instituições até que um dia possamos nos chamar de civilizados.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Lulismo: o fim do petismo

Reproduzo, a seguir, trecho do editorial de hoje do Estadão (ver texto integral aqui):
No mesmo dia em que tomou conhecimento do escabroso volume de dinheiro sujo usado pela Odebrecht para, no dizer do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “apropriar-se do poder público”, o País foi apresentado ao resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. Poderiam ser dois dados estanques que apenas por uma infeliz coincidência vieram à luz ao mesmo tempo. Mas não são. Está-se diante do mais eloquente painel do desastre que representou o governo do ex-presidente Lula da Silva, um tétrico quadro dos males infligidos aos brasileiros pelo lulopetismo.É este o verdadeiro legado de Lula – a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedentes, cuja voracidade por dinheiro público parece não ter deixado incólume sequer uma fresta do Estado Democrático de Direito.
Nem os piores inimigos do petismo, em momento de extrema má-vontade, poderiam prever uma situação como essa. Seria considerado um exagero por conta da cegueira política. E, no entanto, agora parece normal uma coisa dessas. E digo mais, o lulismo acabou com o petismo. 

Qualquer coisa nobre, ou digna, ou interessante, do ponto de vista ideológico que ainda existisse sob a camada burocratizante da esquerda fanática e burra, foi tragado pelo lulismo, que, dentro de um ideário socialista, representa a forma de individualismo mais extrema, aquela do culto à personalidade.

O socialismo tem dessas contradições. Prioriza o coletivo a ponto de massacrar o indivíduo, mas, ao mesmo tempo - como a compensar a perda de identidade individual dos seguidores -   a individualidade de seus líderes é exacerbada ao ponto de serem elevados ao status de entidades divinas. Foi o caso de Stálin, de Fidel Castro, de Mao e mesmo de um idiota como Hugo Chávez.

O lulismo, representando apenas a sede de poder de um ignorante, restringiu o petismo à sua estatura nanica. E, ao final, ficou apenas a face corrupta escancarada para todos nós.

Imagino que alguns petistas, aqueles convictos, sinceros em sua escolha política - eles devem existir - estarão sem chão e sem ar. Como ainda poderão defender sua ideologia diante de tudo que fizeram com ela? Usaram a ideologia como um papel higiênico, para com ela tentar limpar os dejetos que a cupidez, a ganância e o escasso senso ético, produziram ao longo de seus intermináveis anos de poder. E agora devolvem o papel higiênico usado para esses militantes, dizendo: vamos limpar tudo e refundar o PT.
Ora, papel higiênico não se limpa. Papel higiênico se joga na privada e se dá descarga. É o que o Brasil fará com o petismo. Adeus!

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