quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Quadrilha

Geddel é amigo do Joesley, que é amigo do Temer, que era amigo (e vice) da Dilma, que é amiga do Lula, que é, ou era, amigo do Palocci, que não é mais amigo de ninguém.

Joesley foi para os Estados Unidos, Temer comprou todo mundo,
Teori morreu de desastre, Dilma ficou falando sozinha,
Gleisi, casada com Paulo Bernardo, foram ambos parar em Curitiba
E Lula, denunciado por Palocci, perdeu os álibis e a voz.
E o STF, que ainda não tinha entrado na história, ficou indignado e só, nada mais fez ou fará.

Assim é o poema trans-drummondiano pós-moderno A Quadrilha.

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(*) Relembrando o poema original:

QUADRILHA


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade

Bandidos e bandidos.

Há menos de uma semana, estava ponderando sobre a desnecessidade das instituições bancárias diante das novas tecnologias. Qual não foi a surpresa verificar que a política brasileira já se adiantou a isso. Mesmo usando uma "tecnologia" quase tão antiga quanto a mais antiga das profissões, a classe política brasileira já mostrou sobejamente poder dispensar os serviços bancários.

Pra quê banco? deve ter ponderado Geddel Vieira Lima com suas malas e caixas de dinheiro vivo. Hoje em dia, nem nos bancos suíços se pode mais confiar! Melhor providenciar um Fort Knox particular e secreto.
Dá trabalho transportar toda aquelas malas pra lá e para cá, abarrotadas de notas de cem, mas, ao final, deve valer a pena.

Uma coisa interessante é que não se tem nenhuma notícia de alguém transportando uma mala dessas, ou mesmo uma reles mochila com 500 mil, ter sido assaltado. Será que há um pacto entre eles? Bandido não rouba bandido? 

Hoje não se pode sair com um simples celular; e esses caras, transportando milhões em malas e mochilas pelas ruas, jamais foram abordados por um assaltante! Ou é muita sorte, ou existe mesmo esse pacto, ou a bandidagem comum, reles, vil, filiada ao tráfico, simplesmente tem medo deles! Inclino-me pela última hipótese. Desse povo há que ter medo, eles são ultra-profissionais e não estão aí para brincadeiras, não.

Essa máfia, essa organização criminos, que tomou conta do Brasil, é para ser temida. São capazes de qualquer coisa e estão renitentes em suas posições. Não vão largar o osso fácil, a não ser que os cidadãos se unam verdadeiramente contra eles. Afinal, para alguma coisa, deverá servir essa tal de democracia, o governo do povo, pelo povo e para o povo.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Pra Quê Banco?

Tem gente que vai rir do que eu vou dizer, mas uma pergunta que ninguém faz é: para quê precisamos de bancos?
A respostas mais imediatas são: "para guardar dinheiro"; "para tomar empréstimos quando for preciso" e outras desse mesmo diapasão.

Mas na verdade, não precisamos de bancos para nada. Houve época em que o dinheiro era físico, o vil metal, por isso, por questão de segurança, guardá-lo em um banco poderia ser uma justificativa. E, nem assim, todas as pessoas faziam isso. Havia muita gente que guardava suas moedas, literalmente, debaixo do colchão.

Os bancos foram se introduzindo em nossas vidas, como agentes imprescindíveis quando, na verdade, são apenas intermediários entre nós e o nosso dinheiro e ainda cobram por isso! E vendem de tudo. Quero dizer, vendem o que lhes interessa vender, é claro, como os seguros que você não precisa e os tais títulos de capitalização onde só eles ganham.

Felizmente as coisas estão mudando. Aos poucos, o dinheiro foi se tornando cada vez mais virtual. De moeda em metal precioso, virou papel, depois virou cheque (uma outra forma de papel-moeda). Com a generalização do uso dos cartões de crédito e de débito, o cheque entrou definitivamente em vias de extinção e o dinheiro agora é apenas um registro eletrônico, guardado em um servidor...do banco. 

O banco então passou a ser apenas o administrador de um grande servidor de rede, que contabiliza os movimentos financeiros equivalentes aos bits que entram e os bits que saem das contas dos clientes.
O nosso dinheiro não está no banco. O dinheiro está na nuvem!

Aí vem a grande sacada! Se o dinheiro é expresso apenas por uma informação eletrônica, qualquer pessoa pode armazená-la onde quiser. O dono do dinheiro pode voltar a guardá-lo no colchão! Essa é a moeda virtual, a cripto-moeda, um valor codificado e criptografado que qualquer pessoa pode guardar onde quiser, para o qual não há fronteiras geográficas e nem bancos centrais controladores, nem taxas a serem pagas, nem custos administrativos, nem nada. Ou seja, os bancos estão com os dias contados.

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