quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O candidato honesto

A que ponto chegamos! A qualidade mais apreciada dos possíveis candidatos às próximas eleições - se não a única exigência, que faz o coitado do eleitor - é a honestidade!

Como se isso não fosse a condição básica, sobre a qual deveriam se erigir todas as outras, para que alguém se dispusesse a pleitear o voto do seu concidadão. A palavra candidato, não custa repetir, vem do latim "candidus" que significa branco, imaculado. Na República romana, os postulantes aos cargos públicos, se vestiam de branco, a cor da pureza, a indicar que, se não fossem cidadãos sem máculas, sequer poderiam disputar aqueles cargos.

Já que estamos falando de Roma antiga, vale exclamar como Cícero, no primeiro discurso contra Catilina: "O tempora, o mores" (Ó tempos, ó costumes). Nessa mesma catilinária, Cícero pergunta: Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

Essa é a pergunta que devemos fazer àqueles que insistem em se candidatar depois de terem conspurcado o cargo público. Já que eles mesmos não se envergonham de voltar ao púlpito a pedir votos, já que os tempos e os costumes permitem que um condenado faça caravanas pelo país, antecipando-se ilegalmente à campanha eleitoral e nada lhe acontece, cabe ao cidadão comum expressar o seu repúdio, o seu horror, a sua intolerância a essa situação da maneira que puder.

Por isso, todos devemos nos juntar, pelas redes sociais, em caravana cívica, em vigília permanente até o dia 24 de janeiro, quando a justiça - esperamos - dará um fim a esse Catilina de Garanhuns.




Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

                                                                          Marco Túlio Cícero

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Lula pode?

Lula, em vídeo gravado em 2006,  ainda presidente, se preparando para uma visita ao Rio Grande do Sul faz uma "brincadeirinha" com a cidade de Pelotas, chamando-a de "exportadora de veado" (sic). Nunca ouvi um petista reclamar disso! Se fosse o Bolsonaro que tivesse dito essa frase estaria sendo crucificado em praça pública pelas Gleisis, Marias do Rosário e Jeans Willis. Como foi Lula quem disse, não tem problema. Lula pode fazer tudo o que quiser. Pode roubar, pode mentir, pode enganar o eleitor, pode ser amigo dos ricaços, chefe de gangue mafiosa, pode até ser homofóbico, machista ou qualquer outra coisa. A religião petista o absolve de todos os pecados.

Quem não pode e não deve absolvê-lo é a Justiça do Brasil. No dia 24 estaremos todos de olho em Porto Alegre, quando o TRF terá o papel histórico de mandar esse farsante para o lugar que ele merece: atrás das grades.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

E agora, Justiça?

E então, começamos 2018! Ano de Copa e ano de eleição! Será que o Brasil anda? A classe política não fará outra coisa que não seja tratar de garantir mandatos para simplesmente preservar seus privilégios. Vários buscarão, além do interesse na manutenção desses privilégios, a óbvia proteção do foro privilegiado, uma das excrescências jurídicas desse país tropical.
O banditismo que assola o poder político no Brasil fará o possível e o impossível para garantir a própria impunidade e a continuidade do sistema.
O grande teste do povo brasileiro serão as urnas de 2018. Se esses bandidos forem reconduzidos aos cargos, então podemos jogar a toalha e salve-se quem puder!

E, pairando sobre toda esses excrementos políticos, desponta a figura do inefável Molusco de nove dedos. O partido ao qual pertence, há  muito deixou de ser um partido político e converteu-se em uma organização mafiosa. Se o Brasil tivesse instituições sérias, esse "partido" já teria sido banido do mapa político. Já está mais que claro, que o PT é uma organização nefasta para a nação, é uma entidade assombrosa e assombrada, definitivamente corrupta e corruptora. Não que outras organizações com nome de partido não o sejam, mas o PT é a pior delas, porque o PT ainda insiste, apesar dos fatos, em querer se apresentar como um partido íntegro. Os outros partidos, como o PMDB  e o PSDB não fingem ser o que não são. Mas o PT, apesar da corroboração assustadoramente farta dos fatos, insiste em se proclamar legítimo e honesto, assim como insiste na mesma tecla o seu líder máximo, a sua deidade maior e absoluta.

O país está à deriva e não há timoneiro à vista. De qualquer modo, não podemos correr o mínimo risco de um povo ignorante, como o nosso, acabar elegendo de novo esse demagogo farsante. Mecanismos para impedir isso já estão previstos na Lei, basta que a Justiça não se furte ao seu papel.




sábado, 23 de dezembro de 2017

Reféns de Gilmar Mendes

Gilmar Mendes está desafiando a nação e o próprio poder do qual faz parte. Esse esquece, ou finge esquecer, que todo governo democrático está baseado no consentimento dos governados. É isso que está na Constituição, quando se diz que "todo poder emana do povo". Em suma, é o povo que detém o poder constitucional permanentemente e o exerce através dos seus representantes, até quando quiser ser representado.

Se e quando, o povo concluir que os representantes já não correspondem à sua confiança, acaba-se o governo e tem que se constituir outro. No regime parlamentarista isso fica bem claro, com o voto de desconfiança e a destituição de todo governo que já não represente a vontade popular.

No regime presidencialista é mais difícil aferir essa vontade no intervalo entre as eleições. Mas essa dificuldade não muda a realidade das coisas. Gilmar Mendes está se colocando frontalmente contra a vontade da maioria dos brasileiros. Como dizia antes, ele se esquece que está lá, nessa função, pura e simplesmente pela vontade do povo. Não é direito adquirido, nem direito divino.

Ao perpetrar esse festival de arbitrariedades, travestidas em atos legais, Gilmar Mendes está provocando que alguém, que tenha coragem cívica para tanto, peça o seu impedimento.

A nação não pode ser refém de um ministro do Supremo. A nação não pode ser refém de ninguém!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O vampirismo de Lula

O que deve fazer um país com uma entidade deletéria, mas com influência sobre grande parte dos cidadãos e que prega a dissolução do Estado tal como concebido pela sociedade e o extermínio das instituições, em benefício de um projeto pessoal de poder?

Imagine-se um Hitler, ou um Stalin, diante de seus respectivos povos, pregando o que pregaram, mas de antemão esses povos sabendo a qual desastre essa pregação os levaria. O que deveriam fazer? Deixá-los livremente continuar seus planos diabólicos e chorar depois do leite derramado?

Apesar de não ser uma figura comparável a Hitler ou Stálin, o que Lula está fazendo é, guardadas as devidas proporções, a mesma coisa. Ele já demonstrou que não respeita as leis do seu país. Ele acha, ou quer nos fazer crer, que seria uma pessoa excepcional por causa  da sua origem e por isso mesmo estaria acima das leis e das convenções. O que vale para os demais não pode valer para ele, senão é preconceito.

Na verdade, Lula é apenas mais um ladrão que se enfiou na política e a usa para seu benefício próprio. Nem sequer do partido Lula está a serviço. Ao contrário, é o partido que o serve e do partido ele se serve.

Quando isso acabar (e um dia acabará) é que os autênticos e honestos (ainda acredito que haja) partidários da esquerda vão se dar conta do mal que Lula e seu grupo fizeram para o próprio PT. O lulismo destruiu o PT destruindo-lhe a alma. Como é que  depois de tudo o que já veio à tona, até mesmo depois de condenado por corrupção, Lula ainda tem a coragem de subir em um caminhão e dizer as coisas que disse, no Rio, sobre a Petrobras, sobre a Lava Jato e sobre o próprio e sofrido estado do Rio de Janeiro?

Devia ter pudor e vergonha de pisar lá. Devia ter pudor e vergonha de aparecer em público até mesmo em eventos do PT. Devia fazer como Mercadante, que sumiu depois do que se revelou sobre ele. Mas, Lula é esperto demais para isso. A estratégia dele é se manter na mídia, falando pelos cotovelos, lançando-se cada vez mais candidato, para emparedar a decisão dos juízes que irão julgar sua participação nas próximas eleições.

Se a Justiça ceder, Lula será candidato para se blindar. Se a Justiça funcionar, pelo menos, Lula, mais uma vez, posará de vítima (seu papel preferido) das classes dominantes. E azar do seu partido, azar da esquerda que confiou nele. A Lula só importam seus próprios e personalíssimos interesses.

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