quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O peso da realidade

Até os petistas estão começando a cair na real. Já admitem que, com Lula preso,  não há possibilidade de ele ser candidato a nada.
O julgamento dos tais embargos de declaração (uma simples manobra protelatória) deve acontecer em março, portanto daqui a um mês e pouco começa a execução da pena e o antes todo-poderoso líder sindical vai pra cadeia como qualquer outro reles mortal que infringiu a Lei.

A pirotecnia petista, entretanto, continua. Estão dizendo que vão montar barraca na frente do apartamento de S.Bernardo, que farão caravanas para visitar o dito-cujo na cadeia, que Lula vai se rebelar e dar trabalho aos agentes penitenciários, etc. Mas isso é apenas pirotecnia, jogo de cena, para manter a militância militante, já que está clara a crescente falta de entusiasmo do petismo tradicional.

Muitos estão abandonando o barco de fininho, outros continuam o discurso lulo-chavista, mas cada vez mais sem empolgação. E aqueles, que só iam às manifestações a poder de mortadela, nem isso fazem mais. Portanto, a pirotecnia visa apenas manter o petismo ainda dentro do jogo político, mesmo que perdendo de 7 a 0 e tentando sair da zona de rebaixamento.

A realidade, mais cedo ou mais tarde, impõe o seu peso. A corda já foi esticada ao máximo, agora está na hora de enfrentar a opinião pública da única maneira democrática que existe: tentar conseguir os votos. Essa é a hora da verdade. Sem votos não há partido político e as eleições de 2016 foram emblemáticas para o PT  em termos de perda de prefeituras em todo o país.

Agora, que a situação do PT está consolidada como um partido corrupto, líder de uma aglomeração organizada de partidos criminosos, vamos ver qual será a resposta do eleitor.


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Em que estado deixaram o Rio?

Todo mundo concorda que o Rio é uma das cidades mais belas do mundo, o cartão postal do Brasil. Mas todo mundo concordará também que esse cartão postal vem sendo sistematicamente destruído há décadas.

E, na minha opinião, o que destruiu o Rio foi a carioquice; foi a carioquice echperta (sic) dos seus habitantes, a malandragem cantada em prosa e verso como uma característica vantajosa do seu povo, a capacidade de burlar, enganar e passar pra trás os "otários", de não obedecer à lei e safar-se sempre impune, de ter sempre à mão um jeitinho para escapar dos controles, de conhecer as pessoas "certas" no aparato estatal para resolver os próprios problemas por debaixo do pano.
E houve um momento em que essa malandragem foi posta em comparação superior com a seriedade dos paulistas. O paulista só pensaria em trabalho e o carioca era o que saberia viver bem. Deu no que deu. Não que S.Paulo seja o paraíso (longe disso) mas não há termo de comparação com o atual estado do Rio.

Seria injusto dizer que essa seja uma característica só do Rio, mas que foi ali que ela se manifestou com todo vigor e pujança foi e, além disso, de tão exaltada, a malandragem carioca foi exportada e copiada em quase todo o restante do território nacional. O modelo carioca, o padrão carioca de ser e viver, foi exportado pela rede Globo e tornou-se um modelo admirado e invejado em todo o país.

O que colhemos agora são os frutos desse comportamento deletério. Aquilo que a classe politica infligiu ao país é uma consequência do nosso modelo de vida, dos nossos valores. Essa classe política não surgiu do nada, não veio de Marte, ela surgiu no meio da sociedade brasileira e foi por essa sociedade escolhida para os cargos públicos.

No Rio a situação está só mais crítica e mais avantajada, mas é assim mesmo, o Rio sempre foi a caixa de ressonância do país. Tudo o que o Brasil tem, de melhor ou de pior, aparece no Rio em escala monumental. Ali está agora escancarada a falência desse modelo, a falência total do Estado Brasileiro. O Rio está há muito tempo loteado e dominado por gangues de todo tipo. Lá não se sabe mais quem é bandido e quem é polícia.

A corda foi esticada tanto e há tanto tempo que não será uma simples intervenção federal de um ano que resolverá essa situação. Mas, há que começar em algum ponto e de alguma maneira, ou então, fechar as fronteiras, declarar o Rio um Estado fora da União e rezar para que o resto do Brasil ainda possa ser salvo.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Prostituição Republicana

A atividade política nessa república de bananas é realmente uma prostituição. O último áudio da deputada Cristiane Brasil nos mostra como as coisas são dentro desse bordel. A dita cuja, que quer, porque quer, ser ministra do Trabalho, foi gravada ameaçando seus subordinados quando exercia a função de Secretária do Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio.

As pérolas da então Secretária foram:
"Se eu perder a eleição de deputada federal...No dia seguinte, eu perco a secretaria. No outro dia, vocês perdem o emprego. Só tem importância na política quem tem mandato. Só tem mandato quem tem voto. Só tem voto quem tem pessoas como vocês que estão na ponta ajudando a gente pedir e propagar o voto. Do contrário, não funciona"

É assim, com esse pragmatismo,  que o bordel funciona. E como a única coisa que interessa à prostituta e ao prostituto é o dinheiro, haja dinheiro público para satisfazer os apetites de Suas Excelências.

Isso vale para quase todos os partidos e espectros ideológicos, se é que existe tal coisa no Brasil. Vale para quem está no governo e para quem está na oposição, ou seja, a prostituição política no Brasil é republicana.

Enquanto isso, o país real, aquele que gera riqueza e sustenta a putaria, continua sua luta aos trancos e barrancos. Até quando?

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