quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Ano novo

Ano novo, vida nova! O Brasil inicia o ano com uma perspectiva histórica: pela primeira vez, temos um governo liberal-conservador no estilo mais clássico formulado pelo irlandês Edmund Burke.

O conceito liberal-conservador pode parecer uma antítese inconciliável. Burke era filiado ao partido Liberal, seu pensamento econômico se aproximava do de Adam Smith, seu contemporâneo, e ambos nutriam admiração um pelo outro. Por outro lado, sua formulação filosófica da história postulava que " ...a história é feita de um longo depósito de tradições, de prudência, de moral, incorporadas nos usos e nas civilizações, e não de elaborações intelectuais". Assim sendo, era conservador.

O governo que temos no Brasil hoje se aproxima dessa vertente política. Como liberal, rejeita toda interferência do Estado na vida dos cidadãos. Isso é novidade no Brasil, porque historicamente somos uma nação fundada na onipresença do Estado. Fomos levados a crer que a solução dos nossos problemas tem de vir do Estado. Não é por outro motivo que não conseguimos nos desenvolver.

O Estado é tão somente um mal-necessário e deve ser reduzido ao seu papel minimo de regulação das relações entre os agentes sociais.

Por outro lado, o governo é conservador, no sentido em que abomina as "revoluções", acha que a evolução social tem que se fazer por etapas naturais que devem ser respeitadas. Isso está em plena consonância com a sociedade brasileira, que se identificou com essa posição.

Como dizia Einstein: "Estupidez é fazer a mesma coisa e esperar por resultados diferentes". Já fizemos isso e sabemos que não deu certo. Agora, pela primeira vez, vamos tentar algo diferente, realmente novo. Com esperança, torcemos para que as boas intenções não se percam pelo caminho e que o presidente tenha perseverança, porque as reações contrárias serão fortes. Aqueles que foram apeados do poder não ficarão quietos. Ao contrário, tentarão de tudo, por todos os meios, impedir que essa nação avance livre.

Mas, tudo indica que o momento histórico é esse. Chegou a hora! É a nossa vez!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Natal

Natal era antigamente! Fazia mais frio, chovia mais, a gente era mais feliz, acreditava em Papai Noel e, como dizia Fernando Pessoa, todos ainda estavam vivos!

É isso que fazia o Natal tão especial, aquele Natal que ainda estamos procurando por ele, no fundo do baú das nossas memórias. E lá está, envelhecido mas intacto, cheio de estrelas, de pingentes coloridos, de sorrisos, de paz, de carinho, de amor!

É esse o Natal pelo qual ansiamos e queremos reviver! No entanto é tão fácil! Ele está aqui, ao nosso lado, na lembrança dos nossos queridos que já se foram, mas que estão presentes nos olhos vivazes dos nossos filhos. Ele está aqui nas nossas caixinhas de presentes que desembrulhamos com os amigos a dizer a eles: eu te amo! Ele está aqui no calor da mão carinhosa que aperta a nossa e nos transmite o seu calor!

O Natal não se foi. Não irá nunca, mesmo que não faça tanto frio, mesmo que não chova tanto, ou chova muito mais. Mesmo que o olhar do pai, ou da mãe, tenha que ser procurado no olhar do filho ou da filha. Está tudo junto e misturado, nesse fenômeno que se chama Vida e que renasce a cada ano, a cada mês, a cada dia, quando está presente o Amor.

Feliz Natal a todos que compartilham conosco a alegria da amizade.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Vergonhas nacionais

Não sei se falo do Lewandowski ou da cadelinha do Carrefour, bárbaramente assassinada. Acho melhor falar da cadela, pois Lewandowski é caso perdido de vergonha nacional.

A cadelinha do Carrefour de Osasco foi mais uma vítima da estupidez humana. Agimos como se fôssemos os donos do universo e tudo estivesse à nossa disposição, inclusive a vida de outros seres. E quando falamos de animais, automaticamente nos excluímos da categoria, como se fôssemos ETs vindo não se sabe de onde.

Esquecemos que somos macacos e de uma espécie muito perigosa para as demais. Quando se encontram, um macaco humano e outro animal, a chance de esse outro animal sofrer danos é enorme. Estão aí, para provar essa tese, as matanças de elefantes para extrair o marfim ou para simplesmente posar para fotografias, como fez o ex-rei da Espanha, Juan Carlos em época recente.

Alguns vão dizer que não é bem assim, que amamos os nossos pets. Gatos e cães chegam a ser tratados melhor que muitos outros seres humanos. Verdade, mas isso não quer dizer que somos bonzinhos com os animais em geral. Muita gente neurótica com seu cãozinho é capaz de maltratar ou negligenciar uma criança por exemplo. Estou misturando de propósito as categorias, incluindo humanos e demais  animais no mesmo grupo, o que é apenas a verdade biológica.

E, nas estatísticas, também está tudo misturado, pois fica comprovado que quase sempre quem agride animais, frequentemente é o mesmo agressor da mulher e dos filhos. A constituição psíquica é a mesma, a do covarde que tenta compensar seu sentimento de inferioridade, sobrepondo-se fisicamente aos mais fracos. Seus alvos são aqueles que certamente não conseguirão enfrentá-lo de igual para igual. Daí as crianças, as mulheres e os animais domésticos serem as suas vítimas preferenciais.
Nessa mesma categoria estão os patrões que abusam de seus empregados, sem falar no assédio.

A propósito desse tema, voltemos ao Lewandowski. O que fez ele? Usou de um poder que não é dele, mas da República, e com isso intimidou e fez calar uma voz que o incomodava. 

Por essas e por outras, é que cada vez mais o povo se volta para os militares em busca de uma proteção que já não encontra nas outras instituições. Lewandowski com esse comportamento somente comprovou que, na pessoa de certos ministros, o Supremo é, sim, uma vergonha!

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