domingo, 18 de agosto de 2019

Quem é que manda?

Paulo Guedes falou uma coisa muito importante, entre tantas outras coisas importantes que tem falado. Referindo-se à oposição política ele disse que em uma democracia há alternância de poder (Não é saci-pererê, disse ele, democracia anda com duas pernas).

Em outras palavras, uma hora é um que governa, outra hora é a oposição.

A esquerda perdeu dessa vez e deveria ter ido fazer o papel legítimo que uma oposição faz. Vigiar as ações do governo, apontar erros e desvios, pedir correção e até mesmo apoiar o que julga correto.

Mas não é isso que a atual oposição faz no Brasil. O que ela faz é tramar e urdir o tempo todo um modo de tentar derrubar o governo. Não é uma questão política, uma questão de pontos de vista divergentes, mas legítimos. A questão para a esquerda brasileira é que ela quer o poder a qualquer preço, para ela é o poder pelo poder.

Isso caracteriza qualquer coisa, menos uma atividade política democrática. É por isso que a ação oposicionista não se circunscreve às esferas dos poderes políticos institucionais. Não! Eles apelam até mesmo para a criminalidade, como foi essa invasão de privacidade das autoridades da República.

Sem contar com o atentado à vida do então candidato Bolsonaro, perpetrado por um suposto doente mental, mas que de qualquer modo já tinha uma vinculação político-partidária de esquerda na sua biografia, nada desprezível.

Essa oposição antidemocrática tem recebido a ajuda inestimável dos tradicionais ratos dos porões do poder, aqueles para quem pouco importa a ideologia, o que lhes interessa é o acesso à caixa-forte do Estado. Como a esquerda já lhes demonstrou o que lhes pode proporcionar de delícias, estão cerrados em fileiras para solapar o atual governo de todas as maneiras possíveis.

Mas esqueceram-se que há um outro agente, que antes ficava só assistindo, mas que agora resolveu participar da peça: o povo. O confronto é inevitável. As ratazanas vão lutar até o fim, para não serem pegas e para continuarem o velho processo de sangria dos recursos públicos. Para o povo brasileiro só há duas opções: ou enfrenta essa coligação criminosa e vence, ou se retira de cena e voltamos à velha história de subdesenvolvimento e expoliação.

Está chegando a hora de se saber quem é que manda, quem é que detém o poder soberano no país, ou se o que está escrito na Constituição é apenas uma letra morta.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Desordem e Progresso?

O presidente do STF, Dias Tóffoli declarou, segundo O Antagonista, num evento para banqueiros, o seguinte:
"O Brasil ficou travado 4 anos, num moralismo, enfrentando questões de ordem e esquecendo o progresso. Você nunca vai ter progresso, se tiver que ter ordem como uma premissa."

Vamos traduzir!

  1. A tentativa de se estabelecer um Estado republicano em Pindorama, no idioma toffoliano significa "moralismo paralisante". O que travou a economia, segundo Tóffoli,  não foi a roubalheira, foi a revelação dela.
  2. Enfrentar as organizações criminosas que solapam o Estado por dentro, significa "enfrentar questões de ordem". E, ainda, destruir o seu arcabouço e seu modus operandi, significa "esquecer o progresso".
  3. E por último, a pérola, a cereja do bolo: ordem e progresso são antagonistas. Ou uma coisa, ou outra.
    Então, na novilíngua de Tóffoli, anarquia, crime e roubalheira equivalem a progresso. 
Isso foi dito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, senhoras e senhores! A esse ponto chegamos! 
A impressão que dá é que a Máfia assumiu o controle de vez, retirou as máscaras e os capuzes porque já não são necessários, abandonou os ritos e as encenações, porque agora é a hora do vale-tudo, do vai-ou-racha. Ou estão realmente acuados ou estamos em perigo!
Onde estão aquele cabo e o soldado?

domingo, 11 de agosto de 2019

Lambendo botas

Segundo dados do próprio CNJ, no dia 17 de julho, havia no Brasil 812.564 presos. Desses, 41,5% estão presos sem condenação proferida!
Não, não se trata de condenação em segunda ou em terceira instância. Trata-se de condenação em primeira instância mesmo.
Vou repetir: no Brasil, 337.126 pessoas estão presas sem que tenham sido condenadas.

O STF sabe disso. Impossível não saber. No entanto, todo o STF se mobiliza para, no prazo récorde de 6 horas, analisar e decidir sobre o enésimo habeas corpus impetrado pela defesa de um ladrão, já condenado em 3 instâncias e com outra condenação em primeira instância.

E tudo provocado por uma decisão do juízo de execução que resolveu transferí-lo de uma cela especial para um presídio, local onde já deveria estar cumprindo sua sentença.

Vamos lá. Os 337 mil cidadãos, sem sentença condenatória, obviamente não estão alojados em celas especiais. Estão em celas comuns, superlotadas, subjugados às vontades das facções criminosas que mandam nos presídios, correndo permanente risco de serem mortos. Ninguém se importa. Por quê? Porque são pobres, não tem poder, pertencem à subclasse dos párias, dos excluídos.

E o Supremo Tribunal, que deveria ser exemplo de aplicação de justiça, dito guardião de uma Constituição que diz que todos são iguais perante a Lei, fecha os olhos a essa vergonhosa realidade, mas, corre, pressuroso, subserviente, a dar satisfações quando se trata de alguém do andar de cima, como temos visto nas várias vezes em que Lula recorreu a essa casa.

Lula, o semideus, tem um Tribunal lambe-botas para chamar de seu. O STF faz, todos os dias, com que os brasileiros definitivamente não creiam na Justiça de seu país.

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