segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Neo-Bolsonarismo.

Mal chegou ao poder o presidente e sua trupe, começaram os expurgos. Defenestraram Magno Malta, encostaram o Onyx Lorenzoni, empurraram para fora o general Santos Cruz. Todos que não se alinhavam com as mudanças contínuas de linha do presidente, foram expurgados. Sérgio Moro foi apenas mais um, que aliás, nunca deveria ter entrado. 

O próximo da lista é Paulo Guedes, porque não consegue conter o presidente, que mergulhou de cabeça na piscina do Centrão. E o que o Centrão sabe fazer bem é gastar. Os gastos públicos já estão na estratosfera, mas não há sinal de que vão parar de aumentar. Com isso, Paulo Guedes terá sobrevida curta. Aliás, eu acho que chegou até longe demais.

Resultado: quebraremos! A culpa, é óbvio, vai ser da pandemia, mas quem vai sofrer, mais uma vez, será o povo (idiota) que confiou e elegeu essa pantomima. Estou me incluindo entre os idiotas.

Para contrabalançar os expurgos, eis que surge um novo movimento messiânico: o neo-bolsonarismo! Renan Calheiros, Roberto Jefferson, Dias Tófolli, Gilmar Mendes, Augusto Aras, Davi Alcolumbre e até Rodrigo Maia são os próceres desse movimento. 

Os bolsomínions de sempre, continuam babando e gritando loas ao seu líder máximo, mas lobotomia é assim mesmo, tira a capacidade de discernimento do ser, que passa a funcionar como um zumbi de manobra.

E o Brasil continua sua triste saga de só conseguir fazer voo de galinha e ter sempre as esperanças frustradas. Mais uma vez. Recomecemos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Os Brasis: de primeira e o de terceira.

 Leio duas notícias no mesmo dia e no mesmo veículo. Em uma se diz que "o filho do presidente do STJ recebeu 42,9 milhões para 'influenciar' ministros". 
Em outra: Deltan Dallagnol foi punido com pena de censura pelo CNMP por ter criticado o ínclito senador Renan Calheiros.

As duas manchetes, logo após o dia da Pátria,  por si só demonstram a classe de país em que vivemos. Alguns vivem no de primeira classe, com direito a mordomias e a fazer tudo o que querem, imunes que estão à Lei. Os demais, pagadores de impostos, somos condenados a sustentar essa primeira classe e a não poder sequer reclamar. E, quando alguém da terceira classe se levanta, como fez Dallagnol e Sérgio Moro, contra esse estado de coisas, confiando que o arcabouço jurídico lhes protegerá as funções, como está escrito, descobrem logo como estão enganados.

Tudo o que está no papel só vale para nós da terceira classe. Estão aí, os Lulas, os Aécios e os Renans da vida a rir na nossa cara. Estão aí os Gilmares Mendes e os Humbertos Martins (presidente do STJ) a demonstrar que eles podem tudo e nós não podemos nada. Estão aí os Cristianos Zanins, os Robertos Teixeiras, Os Tiagos Cedrazes, os Césares Asfor, os Wassefs, a debochar da própria Justiça, que deveriam representar.

Hão de perguntar: e o voto? Só se pode responder com outra gargalhada. O voto só serve a quem o sistema serve. Aécio encolheu de senador a deputado, assim como a Gleisi, mas seu foro privilegiado permanece garantido. É o que lhes interessa. E a instituição máxima do país, a que dita as regras em instância final sem apelação,  a que legisla, investiga, pune e absolve (em outras palavras a Ditadura Colegiada) é absolutamente fechada ao escrutínio público. Seus membros são escolhidos por quem ela deverá eventualmente julgar, ou seja, o sistema de compadrio está sacramentado.

Há solução? Não! O sistema só mudaria por uma força externa que o explodisse. Ou seja, só muda com muita luta e por uma força poderosa. A unica força possível que se pode vislumbrar, capaz de provocar essa mudança, seriam as Forças Armadas, que, entretanto, nunca estiveram tão acomodadas na história dessa triste nação.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Papai Noel de toga?

Por que o juiz de merda, segundo Saulo Ramos, não renuncia de uma vez? Falta pouco para se aposentar, e já está afastado mesmo em licença médica, é só uma questão de acelerar um pouco e permitir mais rapidamente o restabelecimento do quorum completo de 5 de julgadores da Segunda Turma.

Do jeito que está, os reús ganham todas, com os dois votos garantidos de Gilmar Mendes e Lewandowski. Não dá outra.

E, se não pode sequer participar de uma video-conferência de sua casa, é melhor um afastamento total e definitivo, ao invés de submeter o país a essa situação.

Seria uma atitude nobre. Mas esperar nobreza desses senhores é o mesmo que acreditar em Papai Noel.



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