domingo, 4 de dezembro de 2011

Frituras de D.Dilma

D.Dilma, logo após ser eleita, apareceu no programa da Ana Maria Braga tentando fazer uma omelete. Populismo em estado puro para a classe média emergente, mas isso não vem ao caso. Apesar do fiasco à frente do fogão, D.Dilma mostra ser uma excelente cozinheira "no que se refere à questão de" frituras.
Não é nada mais, nada menos, o que ela faz com seus ministros corruptos. Frita-os em praça pública. Assim, quando caem, já estão tão esturricados pelas denúncias, contradições, desmentidos, fotos e vídeos comprometedores, etc., que nem seus próprios correligionários de partido reclamam ou tentam salvá-los. Aliás, naquelas alturas, o partido já quer mesmo se ver livre do ministro antes que o dano à sua (do partido) imagem esteja comprometida de vez. A fritura política é uma atitude covarde de quem não quer, ou não pode, tomar decisões difíceis ou duras.
No caso da "presidenta" isso fica mais flagrante, ou constrangedor (dependendo do ponto de vista), porque ela é tida e havida como sendo uma gerentona ríspida, dura e implacável, que cobra, que exige, que xinga, que esbraveja, que faz até ministros chorarem nas reuniões. Essa, pelo menos, é a imagem que se quer fazer colar à sua pessoa. Se é verdadeira ou é apenas uma imagem marqueteira, não se sabe, mas isso também não interessa. Interessa, sim, a contradição: uma gerentona tipo sargento não teria peias, nem pudores de demitir um auxiliar quando pego com a boca na botija. Por quê Dilma hesita então? Há várias explicações:
1) cálculo político - a fritura atinge o mesmo objetivo preservando a presidente do ato duro e unilateral; mas, todos dizem que Dilma não sabe fazer política, não tem gosto, nem habilidade para tal
2) comprometimento - pode-se, evidentemente, supor que a presidenta, por ter feito parte do governo Lula, possa estar de alguma maneira comprometida com o esquema de corrupção implantado naquele governo. Isso só o tempo revelará, à medida que outros fatos, ou "malfeitos", forem aparecendo.
3) a terceira e última hipótese é a de que ela, de fato, não pode tomar a decisão. Não tendo sido ela quem escolheu o ministro, não tem a autoridade para demití-lo sem que o verdadeiro chefe, ou melhor dizendo governante, concorde.
Qualquer que seja a verdadeira causa das delongas e tergiversações da presidenta em tomar atitude no caso das várias demissões de ministros a que ela foi obrigada, bom para o país não é. Paralisa-se o governo e perde-se um tempo enorme com os jogos de cintura, defesas fajutas, idas e vindas ao Congresso, para no fim chegar-se à decisão que já poderia ter sido tomada várias semanas antes.
Considerando que estamos no início da quadragésima-nona semana de governo, com o sétimo ministro sendo fritado, e supondo uma média de 3 semanas de fritura por ministro, calcula-se que perdemos no país 21 semanas, quase a metade do tempo disponível. Isso sem considerarmos que o ministro Negromonte já está na mira da frigideira, assim como a Ana de Holanda e o Haddad que vai cair sozinho tentando a prefeitura de São Paulo.
E ainda vai haver reforma ministerial em janeiro? Vai faltar torresmo.

Um comentário:

  1. Um governo que tem que administrar tanta corrupção, tanta falcatrua e tanta falta de ética,não tem tempo para trabalhar e desenvolver o país.
    Não interessa quem é o chefe de plantão, o Brasil está sempre sob as patas desses políticos inescrupulosos.
    Todos eles, todos!
    Que lástima!
    Beta.

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