quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chantagem como método

Lula, com sua esperteza batráquia, depois de sair ileso do episódio do mensalão por inépcia absoluta da oposição política, pensava estar blindado perpetuamente. Foi aí que se enganou. Com o ego inflado pela bajulação permanente (estado compensatório de um complexo de inferioridade raivoso que o faz o tempo todo se comparar a Fernando Henrique) acreditou-se dono da República, cidadão acima das leis, um Luís XIV de tamancos, ou um Napoleão retinto - para usar a alegoria de Chico Buarque. Pois foi fazer chantagem com ninguém menos que o ministro Gilmar Mendes, com cujas posições nem sempre concordo, mas, devo admitir, é um homem de coragem e que não foge da briga. O ministro, ao meu ver, só errou por não ter dado voz de prisão ao chantagista imediatamente. O caso se configurou como um crime de lesa-pátria. A tentativa de chantagear um ministro da Suprema Corte, membro de um dos poderes da Republica, e ainda com o objetivo de adulterar o rito de um julgamento dessa Corte, é talvez o mais grave de todos os cometidos contra as instituições em períodos de democracia. Não há como escapar, a lógica é insofismável: ou o ministro Gilmar é um louco mentiroso, ou Lula tentou chantageá-lo. No primeiro caso, o ministro devia ser afastado por demência, no segundo, a única ação possível é enfiar o ex-presidente na cadeia.

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