quinta-feira, 14 de junho de 2012

Nau sem rumo

Dilma há menos de 2 meses, visitando Obama, reclamou do "tsunami" de dólares que estariam invadindo nossa praia e supervalorizando nossa moeda. Não sei como ter uma moeda forte pode ser um problema! Se assim fosse, a Alemanha com o seu marco e agora com o euro, estaria na bancarrota há muito tempo. Mas o fato é que, tanto ela quanto seu ministro, começaram de fato o que, se tivesse partido do "mercado", seria chamado de ataque especulativo contra o real.
Tanto fizeram que o valor da moeda de fato caiu 25% em um mês, ou seja, para comprar a mesma coisa em dólares somos obrigados a gastar 25% a mais em reais. Como as coisas que importamos, entre elas o petróleo e fertilizantes, não são substituíveis assim da noite para o dia, o fato é que vários itens que são matérias primas para a nossa indústria ficaram subitamente 25% mais caros. 
É assim que se materializa a tal proteção da indústria nacional. Na verdade trata-se de uma proteção de setores da indústria nacional: aqueles que são amigos do rei, o resto que se dane. A indústria têxtil, que não se moderniza e não aumenta a produtividade, tem medo da concorrência chinesa? Proteção neles! A indústria automobilística está com medo dos carros coreanos, mas baratos e mais seguros? Proteção neles.


Mas, de repente, o governo passa a achar que agora está faltando dólar e tasca a despejar dólares no mercado e reduzir IOF em empréstimos do exterior para evitar mais desvalorização do real. Isso tudo acontece num período de 2 meses! 


Agora, alguém me diga, como é que alguma empresa pode fazer um planejamento de negócios nesse país? As coisas, mais ou menos andam por aqui, por causa do esforço do nosso povo, apesar dos governos.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Descaso das autoridades

Mais uma vez, no mesmo lugar, um acidente de proporções catastróficas se abate sobre Belo Horizonte. Para quem não sabe ou não é daqui, um motorista, desses tantos que circulam pelas nossas rodovias, muitas vezes dobrando serviço e tomando drogas para não dormir, quase sempre carregando excesso de peso, desrespeita a sinalização e desce por uma das principais vias de acesso aos bairros da zona sul da cidade. Resultado: mais uma catástrofe.
Mais uma porque, desde os anos 60, quando essa avenida foi construída como continuação de uma rodovia, acidentes ali se repetem rotineiramente. E mesmo após dúzias deles, as nossas "autoridades" não se mexem.
Podem dizer que recentemente o trânsito dessas carretas ficou proibido a partir do trevo do Belvedere. Isso resolve? Está provado, com o acidente de agora, que não. Os veículos pesados deveriam ser direcionados todos para o anel rodoviário (também outra porcaria, mas ao menos não teriam de entrar na região urbana).
Além disso, no trevo da mutuca, os veículos que descem a rodovia deveriam sofrer uma contenção de velocidade, quer para entrarem na região urbana com mais cuidado, quer para permitirem que os veículos, que saem do trevo para pegar a rodovia, possam fazê-lo com mais segurança.


Dona Dilma vem, a BH na próxima semana, fazer demagogia e nos conceder o "favor" de liberar verbas para revitalização do anel rodoviário, como se esse dinheiro já não tivesse saído do nosso bolso há muito tempo, via IPVA. Quem sabe alguma "autoridade" se lembre de dizer a ela que a BR-040 também está um caos no trecho Ouro Preto Congonhas, antes que outra catástrofe se abata sobre os mineiros.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chantagem como método

Lula, com sua esperteza batráquia, depois de sair ileso do episódio do mensalão por inépcia absoluta da oposição política, pensava estar blindado perpetuamente. Foi aí que se enganou. Com o ego inflado pela bajulação permanente (estado compensatório de um complexo de inferioridade raivoso que o faz o tempo todo se comparar a Fernando Henrique) acreditou-se dono da República, cidadão acima das leis, um Luís XIV de tamancos, ou um Napoleão retinto - para usar a alegoria de Chico Buarque. Pois foi fazer chantagem com ninguém menos que o ministro Gilmar Mendes, com cujas posições nem sempre concordo, mas, devo admitir, é um homem de coragem e que não foge da briga. O ministro, ao meu ver, só errou por não ter dado voz de prisão ao chantagista imediatamente. O caso se configurou como um crime de lesa-pátria. A tentativa de chantagear um ministro da Suprema Corte, membro de um dos poderes da Republica, e ainda com o objetivo de adulterar o rito de um julgamento dessa Corte, é talvez o mais grave de todos os cometidos contra as instituições em períodos de democracia. Não há como escapar, a lógica é insofismável: ou o ministro Gilmar é um louco mentiroso, ou Lula tentou chantageá-lo. No primeiro caso, o ministro devia ser afastado por demência, no segundo, a única ação possível é enfiar o ex-presidente na cadeia.

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa