O Brasil agora resolveu ser juiz da democracia dos outros. A República do Paraguai, conforme suas leis e sua Constituição, defenestrou um presidente inepto. Foram 39 votos de senadores a favor do impeachment e somente 4 votos contrários. E o Brasil, mediante declarações da "presidenta" e manifestações do Itamarati, protesta e ameaça "retaliar" o Paraguai com "sanções"!!! É um espanto!
Em primeiro lugar: o que temos nós com isso? Trata-se de um assunto político interno de um país soberano!
Segundo: recusamo-nos a protestar contra graves violações de direitos humanos no Irã e na Síria e vamos protestar porque o povo do Paraguai, por seus representantes, resolveu que o ex-bispo, mentiroso e demagogo, não deveria mais continuar no poder?
Terceiro: o Itamarati diz que o processo contra Lugo foi anti-democrático, foi um golpe. Onde estão, porém, as manifestações contra os seguidos golpes e mudanças nas regras do jogo impostas por Chávez ao povo venezuelano? Sem falar na "democracia" cubana apoiada firmemente pelo Brasil.
Quarto: quando o governo paraguaio resolveu unilateralmente triplicar o preço da energia que vende ao Brasil em descumprimento de um contrato internacional assinado entre os dois países, recebeu aplausos de Lula! O mesmo aconteceu quando Evo Morales invadiu as instalações da Petrobrás na Bolívia. No momento em que deveríamos protestar, aplaudimos. No momento em que não temos nada com isso, protestamos.
Essa reação se explica como? O ex-bispo Lugo é uma peça importante na engrenagem esquerdista-demagógica que quer monopolizar a política na América do Sul? Só pode ser isso. Defesa de um correligionário. Ou medo de que isso também possa acontecer nas bandas de cá.
Fiquem tranquilos, com a qualidade da maioria dos políticos que temos por aqui, o máximo que pode acontecer é CPI's acabando em pizzas.
Vamos combinar D.Dilma? Defendamos a democracia no Paraguai, mas também na Venezuela, em Cuba, no Irã e na Síria. Todos esses povos são igualmente merecedores do nosso apoio.
sábado, 23 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
O PT não escolhe a clientela
Hoje, na primeira página da Folha, nos deparamos com uma foto emblemática. O desencarnado, guru dos cabeças ocas, cumprimenta em visita festiva a ninguém menos que Paulo Salim Maluf, o político com a maior folha corrida do Brasil!
Seria um espanto se já não conhecêssemos o PT, se não soubéssemos que para essa gente o que vale é o poder pelo poder e que a realidade é torcida e distorcida para servir aos seus interesses, ou melhor, aos interesses da camarilha que controla o partido e as massas a ela subservientes.
Não sei como, diante dessa foto, os militantes ainda terão a cara e a coragem de elencar seus argumentos contra a burguesia, as oligarquias, enfim a "zelite".
Nada mais representativo do pior que possa existir nessa "zelite" do que a figura execrável do Sr. Paulo Maluf. E dizem que ele exigiu que Lula fosse à sua casa para pedir o apoio à candidatura de Haddad. Claro, quem está por cima da carne seca agora é ele.
O PT, aquele partido que antes não fazia nem alianças, desceu todos os degraus da escala da moralidade pública e agora, bracejando na sarjeta da ética, não faz nada de mais em abaixar as calças para Paulo Salim Maluf, depois de já tê-lo feito para Sarney e Collor. Afinal, quem vive em bordel não escolhe freguês.
Seria um espanto se já não conhecêssemos o PT, se não soubéssemos que para essa gente o que vale é o poder pelo poder e que a realidade é torcida e distorcida para servir aos seus interesses, ou melhor, aos interesses da camarilha que controla o partido e as massas a ela subservientes.
Não sei como, diante dessa foto, os militantes ainda terão a cara e a coragem de elencar seus argumentos contra a burguesia, as oligarquias, enfim a "zelite".
Nada mais representativo do pior que possa existir nessa "zelite" do que a figura execrável do Sr. Paulo Maluf. E dizem que ele exigiu que Lula fosse à sua casa para pedir o apoio à candidatura de Haddad. Claro, quem está por cima da carne seca agora é ele.
O PT, aquele partido que antes não fazia nem alianças, desceu todos os degraus da escala da moralidade pública e agora, bracejando na sarjeta da ética, não faz nada de mais em abaixar as calças para Paulo Salim Maluf, depois de já tê-lo feito para Sarney e Collor. Afinal, quem vive em bordel não escolhe freguês.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Nau sem rumo
Dilma há menos de 2 meses, visitando Obama, reclamou do "tsunami" de dólares que estariam invadindo nossa praia e supervalorizando nossa moeda. Não sei como ter uma moeda forte pode ser um problema! Se assim fosse, a Alemanha com o seu marco e agora com o euro, estaria na bancarrota há muito tempo. Mas o fato é que, tanto ela quanto seu ministro, começaram de fato o que, se tivesse partido do "mercado", seria chamado de ataque especulativo contra o real.
Tanto fizeram que o valor da moeda de fato caiu 25% em um mês, ou seja, para comprar a mesma coisa em dólares somos obrigados a gastar 25% a mais em reais. Como as coisas que importamos, entre elas o petróleo e fertilizantes, não são substituíveis assim da noite para o dia, o fato é que vários itens que são matérias primas para a nossa indústria ficaram subitamente 25% mais caros.
É assim que se materializa a tal proteção da indústria nacional. Na verdade trata-se de uma proteção de setores da indústria nacional: aqueles que são amigos do rei, o resto que se dane. A indústria têxtil, que não se moderniza e não aumenta a produtividade, tem medo da concorrência chinesa? Proteção neles! A indústria automobilística está com medo dos carros coreanos, mas baratos e mais seguros? Proteção neles.
Mas, de repente, o governo passa a achar que agora está faltando dólar e tasca a despejar dólares no mercado e reduzir IOF em empréstimos do exterior para evitar mais desvalorização do real. Isso tudo acontece num período de 2 meses!
Agora, alguém me diga, como é que alguma empresa pode fazer um planejamento de negócios nesse país? As coisas, mais ou menos andam por aqui, por causa do esforço do nosso povo, apesar dos governos.
Tanto fizeram que o valor da moeda de fato caiu 25% em um mês, ou seja, para comprar a mesma coisa em dólares somos obrigados a gastar 25% a mais em reais. Como as coisas que importamos, entre elas o petróleo e fertilizantes, não são substituíveis assim da noite para o dia, o fato é que vários itens que são matérias primas para a nossa indústria ficaram subitamente 25% mais caros.
É assim que se materializa a tal proteção da indústria nacional. Na verdade trata-se de uma proteção de setores da indústria nacional: aqueles que são amigos do rei, o resto que se dane. A indústria têxtil, que não se moderniza e não aumenta a produtividade, tem medo da concorrência chinesa? Proteção neles! A indústria automobilística está com medo dos carros coreanos, mas baratos e mais seguros? Proteção neles.
Mas, de repente, o governo passa a achar que agora está faltando dólar e tasca a despejar dólares no mercado e reduzir IOF em empréstimos do exterior para evitar mais desvalorização do real. Isso tudo acontece num período de 2 meses!
Agora, alguém me diga, como é que alguma empresa pode fazer um planejamento de negócios nesse país? As coisas, mais ou menos andam por aqui, por causa do esforço do nosso povo, apesar dos governos.
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