O min. Joaquim Barbosa condenou todos, exceto Ayana Tenório e Geisa Dias, por formação de quadrilha. Lewandowski, como era esperado, absolveu todos. Não condenaria o Zé, como é obvio e, se condenasse outros por formação de quadrilha, não tinha como excluir o Zé. O mesmo caminho, vai seguir o ministro Dias Tóffoli. O engraçado é que, quando eles absolvem, atacam o ministério público, como se fosse esse o culpado por alguma coisa.
A ministra Rosa Weber foi colocada numa sinuca de bico por Lewandowski que citou o seu (dela) voto anterior como justificativa para o seu próprio. Votará, então, penso eu, pela absolvição também, ou terá que fazer uma ginástica jurídica para justificar uma condenação agora. Tenho dúvidas de como votará a ministra Cármen Lúcia. Já expressou sua indignação mais de uma vez, por todo esse processo criminoso, mas considera que o fato de cometerem crimes, em conjunto e aos borbotões, não implica necessariamente em formação de quadrilha, mas em concurso de agentes criminosos. Pela interpretação desses juízes então, é quase impossível condenar alguém por formação de quadrilha, senão vejamos:
1) Agentes políticos (Genoíno, Delúbio e Dirceu), com seu partido em frangalhos do ponto de vista financeiro, procuram um meio de resolver essa questão e quitar os débitos da então última campanha presidencial (2002).
2) Como já tinham "experiência" anterior como no caso da prefeitura de Santo André (Celso Daniel) vêem, como saída, a cooptação de fornecedores do governo para ajudá-los a resolver as finanças do partido.
3) Entram em contato, com um agente publicitário que tinha trânsito livre nas altas esferas (Banco do Brasil) e já tinha experiência nesse tipo de "operação" pois foi o operador do mensalão mineiro.
4) Estabelecidas as regras, feitos os "contratos", divididas as tarefas, o grupo se põe em ação. Para conseguirem o dinheiro, Valério convoca seus "amigos" e entram no jogo o Banco do Brasil, o Banco Rural e o BMG. Os bancos privados com seus interesses escusos e o Banco do Brasil, com sua gestão frouxa e leniente, que permite a um diretor fazer dali uma casa-de-mãe-Joana para interesse privado e pessoal.
5) O jogo começa e aí percebe-se que, além de "sanear" as finanças do partido e quitar as dívidas de campanha, as fontes inesgotáveis de recursos dão para financiar também o projeto de poder do partido. Acordos são firmados com outros "lideres" e começa o sistema de compra e venda de votos. Isso perduraria indefinidamente se não houvesse um atrito e Roberto Jefferson não viesse a público denunciar a máfia.
Pois bem, se isso não é quadrilha...é um tango argentino!
Houve reunião de pessoas, com o propósito de praticar crimes, com objetivos claros cada subgrupo, com divisão de tarefas, em caráter duradouro e continuado, com cooptação de outros agentes e crescimento do bando, com destruição de documentos, com estabelecimento de empresas "off-shore" em paraísos fiscais, com fraudes e falsificação, com ameaças e tentativas de chantagem à própria justiça, etc., etc., a lista é imensa.
Se isso não é quadrilha, o que será?
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
As cotas raciais
Tudo indica que o próximo passo será a determinação de cotas eleitorais. Os partidos terão que registrar tantos candidatos negros ou pardos quanto são esses percentuais na população brasileira. Um passo ainda mais adiante seria reservar um certo número de cadeiras no Senado e na Câmara e, - por que não? - no Supremo, para negros e pardos.
Isso está dentro da mesma lógica que norteia o sistema de cotas raciais nas universidades e daqui a pouco no serviço público.
Como disse ontem o Luis Felipe Pondé, ao invés de fazer uma revolução educacional e resgatar da ignorância esse contingente humano, proporcionando escola de boa qualidade a todos os brasileiros sem distinção a partir do ensino fundamental, o que o governo faz é estabelecer o sistema de cotas, que, além de humilhar as pessoas de cor, é injusto para todos e contraprodutivo para o desenvolvimento do país.
Ao invés de dar igual oportunidade aos negros e pardos de estudarem desde o básico, oportunidade que foi negada aos seus antepassados, para que possam no futuro ingressar no mercado de trabalho em condições de igualdade com todos e disputar igualmente os cargos e os salários, o governo não resolve o problema, cria outros e agride o princípio da igualdade perante a lei, uma cláusula pétrea da nossa Constituição.
O STF agachou-se e aprovou o sistema de cotas raciais para a educação superior. Vai agora aprovar também as cotas para o serviço público? Como se sustentará a Constituição de pois disso? Ou será que por esse caminho a Constituição será violada aqui e ali, para pouco a pouco ir-se criando o caldo de cultura para a implantação de uma ditadura bolivariana por aqui também?
O Estado não pode fazer distinção entre os cidadãos, muito menos uma distinção baseada na cor da pele, sob pena de estar a promover uma sociedade separatista, classista, e obviamente não-democrática, um "apartheid". Só nos faltava essa!
Isso está dentro da mesma lógica que norteia o sistema de cotas raciais nas universidades e daqui a pouco no serviço público.
Como disse ontem o Luis Felipe Pondé, ao invés de fazer uma revolução educacional e resgatar da ignorância esse contingente humano, proporcionando escola de boa qualidade a todos os brasileiros sem distinção a partir do ensino fundamental, o que o governo faz é estabelecer o sistema de cotas, que, além de humilhar as pessoas de cor, é injusto para todos e contraprodutivo para o desenvolvimento do país.
Ao invés de dar igual oportunidade aos negros e pardos de estudarem desde o básico, oportunidade que foi negada aos seus antepassados, para que possam no futuro ingressar no mercado de trabalho em condições de igualdade com todos e disputar igualmente os cargos e os salários, o governo não resolve o problema, cria outros e agride o princípio da igualdade perante a lei, uma cláusula pétrea da nossa Constituição.
O STF agachou-se e aprovou o sistema de cotas raciais para a educação superior. Vai agora aprovar também as cotas para o serviço público? Como se sustentará a Constituição de pois disso? Ou será que por esse caminho a Constituição será violada aqui e ali, para pouco a pouco ir-se criando o caldo de cultura para a implantação de uma ditadura bolivariana por aqui também?
O Estado não pode fazer distinção entre os cidadãos, muito menos uma distinção baseada na cor da pele, sob pena de estar a promover uma sociedade separatista, classista, e obviamente não-democrática, um "apartheid". Só nos faltava essa!
Marcadores:
apartheid,
cotas,
democracia,
educação
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Banco ou quadrilha?
Impressionante as atividades do Banco Rural! Como é que esse banco conseguiu operar criminosamente dessa maneira, durante tanto tempo e jamais ter sido molestado pelo Banco Central?
O mais estranho de tudo é que ainda continua em operação!
O governo, que diz ter um sistema financeiro dos mais regulados do mundo e quer até dar lição à União Européia, finge que nada tem a ver com isso. O que é que blinda o Banco Rural? Será que são as informações que eles detém sobre os meandros do poder e do partido governista? Não há uma explicação razoável, especialmente depois de tudo que ficou exposto no julgamento da Ação Penal 470 (vulgo mensalão).
O problema principal é que a atividade bancária, talvez mais que todas as outras, requer uma qualidade chamada confiança ou credibilidade. Como confiar em um banco que burlou leis e regulamentos, que demonstrou ser mais uma quadrilha, uma organização criminosa, do que uma empresa financeira? O Banco Rural deve estar perdendo clientes. Eu não manteria uma conta lá. Entretanto o banco continua, aberto, funcionando, como se nada tivesse acontecido. Quem serão os clientes que o sustentam?
Isso nos leva a uma outra pergunta que não quer calar: o Banco Rural continua a fazer negócios com o governo? É o governo brasileiro o sustentáculo do Banco Rural?
O Sr. Tombini poderia vir a público nos dar essas e outras explicações!
O mais estranho de tudo é que ainda continua em operação!
O governo, que diz ter um sistema financeiro dos mais regulados do mundo e quer até dar lição à União Européia, finge que nada tem a ver com isso. O que é que blinda o Banco Rural? Será que são as informações que eles detém sobre os meandros do poder e do partido governista? Não há uma explicação razoável, especialmente depois de tudo que ficou exposto no julgamento da Ação Penal 470 (vulgo mensalão).
O problema principal é que a atividade bancária, talvez mais que todas as outras, requer uma qualidade chamada confiança ou credibilidade. Como confiar em um banco que burlou leis e regulamentos, que demonstrou ser mais uma quadrilha, uma organização criminosa, do que uma empresa financeira? O Banco Rural deve estar perdendo clientes. Eu não manteria uma conta lá. Entretanto o banco continua, aberto, funcionando, como se nada tivesse acontecido. Quem serão os clientes que o sustentam?
Isso nos leva a uma outra pergunta que não quer calar: o Banco Rural continua a fazer negócios com o governo? É o governo brasileiro o sustentáculo do Banco Rural?
O Sr. Tombini poderia vir a público nos dar essas e outras explicações!
Assinar:
Comentários (Atom)
Seguidores do Blog
Blogs que sigo
No Twitter:
Wikipedia
Resultados da pesquisa