segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quem procura, acaba achando.

O ministro Lewandowski saiu correndo do plenário hoje! Parecia um Nosferatu, agitando aquela capa preta. O motivo da raiva foi o fato de o ministro Barbosa ter resolvido fazer a dosimetria das penas do núcleo político ao invés do núcleo financeiro que era sua expectativa, assim como a da imprensa. Ele reclamou que foi pego de surpresa!!! 
O que irritou Lewandowski não foi nada disso, pois ele não votaria de qualquer modo, por já ter absolvido o Zé e o Genoíno. O que pode tê-lo irritado então? Penso que foi a conclusão que sua estratégia deu errado. Se a dosimetria do núcleo político não ocorresse hoje, iria acontecer depois da aposentadoria do min. Ayres Britto e da assunção à presidência do min. Joaquim Barbosa que é o relator e que estará acumulando funções. Essa condição seria muito mais propícia a provocar confusão, considerando o temperamento do relator, e uma vez que não haverá então um terceiro a moderar os embates entre os dois.
Com a decisão de votar sobre o núcleo político hoje, ainda sob a  presidência de Ayres Britto, restará depois a julgar só o núcleo financeiro sob o qual não há divergências entre os ministros. Por isso, Lewandowski reagiu e teve de ouvir o ministro Barbosa dizer que já estava farto dessas jogadas e que o que ele, Lewandowski, queria era fazer pura e simples obstrução ao julgamento.
O que os demais ministros fizeram em seguida foi declarar que estavam aptos a votar, como de fato votaram, até mesmo Dias Tóffoli, o que significa que concordaram (e alguns explícitamente como Gilmar Mendes e Celso de Mello) com o ministro relator.
Nunca-antes-nesse-país se viu um ministro do Supremo levar uma bronca desse tipo de seu próprio colega em sessão plenária do tribunal transmitida pela televisão para todo o país.
Como diz o ditado: quem procura, acha. Lewandowski estava procurando por isso.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Petrobrás: Quintal do partido

Há 3 ou 4 anos, o Molusco espumava de falar, nas reuniões internacionais louvando as virtudes da Petrobrás e sua megacapitalização,  da nossa autosuficiência em petróleo, dos milagres que o etanol iria fazer no mundo reduzindo as emissões de carbono. Chegou a  pedir, de público, ao presidente Obama, que retirasse as barreiras à importação de etanol brasileiro pelos Estados Unidos.
Quem acreditasse naquele discurso delirante iria dar com os burros n'água. Os Estados Unidos, que não são bobos, nem se lixaram para o etanol brasileiro e passaram a incentivar a sua própria produção de etanol do milho. Fizeram bem. Se tivessem planejado seu consumo futuro baseado na importação de etanol do Brasil, onde estariam agora, se não temos etanol nem para nós mesmos? e o estamos importando dos ...Estados Unidos!

E a megacapitalização da Petrobrás, o maior evento em 200 anos de história do capitalismo, como nunca-se-havia-visto-antes-nesse-país, quiçá no mundo resultou em quê? Esse dinheiro iria permitir a exploração do pré-sal sem grande endividamento da empresa. De lá para cá, a Petrobrás passou a dar prejuízo, passou a perder produção (coisa inédita) e agora sabemos que pode faltar gasolina nos postos no fim do ano. E a dívida, que teria sido extinta com a megacapitalização, está lá de novo nas alturas, beirando o mesmo valor que tinha antes da tal capitalização.

Tudo isso se deve à desastrada e politizada administração do Sr. Gabrielli,  sem compromisso qualquer com a seriedade administrativa que uma empresa como a Petrobrás exige. O PT usou e abusou da Petrobrás, como se fosse um quintal do partido, esquecendo-se que a empresa estatal é um patrimônio da nação e que foi conquistado a duras penas.

Inevitavelmente agora, toda a sociedade é quem vai pagar pela farra do PT, quer pela perda de valor da empresa e prejuízos que serão bancados pelo Tesouro, quer pelo aumento dos combustíveis que virá, agora que as eleições passaram, e pela ameaça de racionamento, coisa da qual já pensávamos estar livres há décadas.
Isso sem falar nos acionistas minoritários, que aplicam na Bolsa como pessoas físicas, e que perderam grande parte do seu patrimônio com a desvalorização das ações.

Mas o PT não nos deixa esquecer o passado. Daqui a pouco outro personagem que tem estado nas sombras será trazido de volta à cena: o famigerado dragão da inflação! Preparemo-nos!


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Hamlet do PT

O cadáver de Celso Daniel volta a assombrar o PT. É assim mesmo, cadáveres insepultos, como nos filmes "trash" de terror, não deixam os vivos em paz, especialmente os muito vivos. Voltam e voltarão tantas vezes quantas forem necessárias até que possam "descansar" ao fim e ao cabo de sua missão.
E descansarão somente quando forem enfim sepultados, quando realmente se tornarem parte do passado, definitivo e enterrado.
Para que isso aconteça é necessário que se estabeleça uma outra comissão da verdade. A comissão que nos conte a verdadeira história do PT, aquela que querem sempre varrer para debaixo do tapete, mas que se levanta ao mais leve sopro, empoeirando a sala de visitas da política nacional.
Quando foi que o PT perdeu o rumo? Quando foi que começou a enveredar pelos caminhos da delinquência, deixando de ser um agente político para se tornar um covil de criminosos (como os já condenados pelo STF)? Não sabemos, mas podemos suspeitar que foi quando conseguiu chegar aos cargos executivos da administração pública, no caso especificamente às prefeituras. Diz-se que o poder corrompe, mas penso que não é bem assim. Os corruptos é que procuram avidamente o poder para manter-se na corrupção.
Foi assim com o PT. Ao chegar ao poder municipal, vislumbrou maneiras de locupletar, quer o caixa do partido, quer as contas pessoais de muita gente. E foi por isso que Celso Daniel foi morto. Ao aderir ao esquema do lixo, pensava estar desviando dinheiro ilícito apenas para o partido. Ao descobrir que a corrupção não enxerga barreiras e que membros do partido, aliados à "zelite" corrupta que já mamava no poder há tempos, estavam também beneficiando a si mesmos, quis acabar com a festa e pagou com a vida. Essa teoria "conspiratória" tem sido desenvolvida pelo próprio irmão do prefeito assassinado, pessoa que conheceu bem de perto e de dentro o partido.
Agora que a ponta do iceberg já está conhecida com o processo e a condenação de vários mensaleiros, parece que se desatou o fio da meada e doravante não há mais como enrolá-lo de novo. É só esperar para ver o fantasma de Celso Daniel, tal como o rei da Dinamarca, rondando as hostes petistas quando eles estão no melhor dos seus sonhos.
E parece que, nesse caso, o Hamlet do PT se chama Marcos Valério.



Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa