quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Petrobrás: Quintal do partido

Há 3 ou 4 anos, o Molusco espumava de falar, nas reuniões internacionais louvando as virtudes da Petrobrás e sua megacapitalização,  da nossa autosuficiência em petróleo, dos milagres que o etanol iria fazer no mundo reduzindo as emissões de carbono. Chegou a  pedir, de público, ao presidente Obama, que retirasse as barreiras à importação de etanol brasileiro pelos Estados Unidos.
Quem acreditasse naquele discurso delirante iria dar com os burros n'água. Os Estados Unidos, que não são bobos, nem se lixaram para o etanol brasileiro e passaram a incentivar a sua própria produção de etanol do milho. Fizeram bem. Se tivessem planejado seu consumo futuro baseado na importação de etanol do Brasil, onde estariam agora, se não temos etanol nem para nós mesmos? e o estamos importando dos ...Estados Unidos!

E a megacapitalização da Petrobrás, o maior evento em 200 anos de história do capitalismo, como nunca-se-havia-visto-antes-nesse-país, quiçá no mundo resultou em quê? Esse dinheiro iria permitir a exploração do pré-sal sem grande endividamento da empresa. De lá para cá, a Petrobrás passou a dar prejuízo, passou a perder produção (coisa inédita) e agora sabemos que pode faltar gasolina nos postos no fim do ano. E a dívida, que teria sido extinta com a megacapitalização, está lá de novo nas alturas, beirando o mesmo valor que tinha antes da tal capitalização.

Tudo isso se deve à desastrada e politizada administração do Sr. Gabrielli,  sem compromisso qualquer com a seriedade administrativa que uma empresa como a Petrobrás exige. O PT usou e abusou da Petrobrás, como se fosse um quintal do partido, esquecendo-se que a empresa estatal é um patrimônio da nação e que foi conquistado a duras penas.

Inevitavelmente agora, toda a sociedade é quem vai pagar pela farra do PT, quer pela perda de valor da empresa e prejuízos que serão bancados pelo Tesouro, quer pelo aumento dos combustíveis que virá, agora que as eleições passaram, e pela ameaça de racionamento, coisa da qual já pensávamos estar livres há décadas.
Isso sem falar nos acionistas minoritários, que aplicam na Bolsa como pessoas físicas, e que perderam grande parte do seu patrimônio com a desvalorização das ações.

Mas o PT não nos deixa esquecer o passado. Daqui a pouco outro personagem que tem estado nas sombras será trazido de volta à cena: o famigerado dragão da inflação! Preparemo-nos!


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