segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Hamlet do PT

O cadáver de Celso Daniel volta a assombrar o PT. É assim mesmo, cadáveres insepultos, como nos filmes "trash" de terror, não deixam os vivos em paz, especialmente os muito vivos. Voltam e voltarão tantas vezes quantas forem necessárias até que possam "descansar" ao fim e ao cabo de sua missão.
E descansarão somente quando forem enfim sepultados, quando realmente se tornarem parte do passado, definitivo e enterrado.
Para que isso aconteça é necessário que se estabeleça uma outra comissão da verdade. A comissão que nos conte a verdadeira história do PT, aquela que querem sempre varrer para debaixo do tapete, mas que se levanta ao mais leve sopro, empoeirando a sala de visitas da política nacional.
Quando foi que o PT perdeu o rumo? Quando foi que começou a enveredar pelos caminhos da delinquência, deixando de ser um agente político para se tornar um covil de criminosos (como os já condenados pelo STF)? Não sabemos, mas podemos suspeitar que foi quando conseguiu chegar aos cargos executivos da administração pública, no caso especificamente às prefeituras. Diz-se que o poder corrompe, mas penso que não é bem assim. Os corruptos é que procuram avidamente o poder para manter-se na corrupção.
Foi assim com o PT. Ao chegar ao poder municipal, vislumbrou maneiras de locupletar, quer o caixa do partido, quer as contas pessoais de muita gente. E foi por isso que Celso Daniel foi morto. Ao aderir ao esquema do lixo, pensava estar desviando dinheiro ilícito apenas para o partido. Ao descobrir que a corrupção não enxerga barreiras e que membros do partido, aliados à "zelite" corrupta que já mamava no poder há tempos, estavam também beneficiando a si mesmos, quis acabar com a festa e pagou com a vida. Essa teoria "conspiratória" tem sido desenvolvida pelo próprio irmão do prefeito assassinado, pessoa que conheceu bem de perto e de dentro o partido.
Agora que a ponta do iceberg já está conhecida com o processo e a condenação de vários mensaleiros, parece que se desatou o fio da meada e doravante não há mais como enrolá-lo de novo. É só esperar para ver o fantasma de Celso Daniel, tal como o rei da Dinamarca, rondando as hostes petistas quando eles estão no melhor dos seus sonhos.
E parece que, nesse caso, o Hamlet do PT se chama Marcos Valério.



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