Um ministro do Supremo tem que ser uma pessoa de notório saber e reputação ilibada. Deve ser indicado pelo presidente da República e aprovado pelo Senado. É o que reza a Constituição.
Mas isso faz, dos candidatos, reféns antecipados do poder executivo. A entrevista do min. Fux à Folha, publicada hoje, escancara essa situação constrangedora.
O ministro tinha como meta profissional chegar ao Supremo. Desejo legítimo, que, penso, deve ser o sonho de muitos magistrados. Porém, para que isso acontecesse, para que seu currículo fosse lembrado e considerado, teve ele que fazer um périplo mendicante por várias esferas do poder.
Teve que ir a Delfim, Palocci, João Paulo Cunha (condenado na AP 470) e até mesmo ao Zé (outro condenado na mesma Ação). Na época, ainda não tinham sido condenados, eram portanto, legalmente, inocentes presumidos, mas isso não diminui a gravidade do fato. Imagine-se o juiz Fux pedindo ao Zé para ser indicado ao STF. Por quê o Zé o ajudaria? A troco de quê? Por quê um sujeito que esteve operando na ilegalidade dentro do Palácio do Planalto não usaria o seu poder para tentar obter desse candidato uma "promessa" de absolvição ou de alívio na pena futura? Não sabemos o que houve, nem nunca saberemos. Sabemos que o ministro Fux não "aliviou". O ministro Fux foi exemplar nos votos que deu. Quanto a isso não há dúvida. Tomara que continue exercendo essa autonomia absolutamente necessária. E é isso que tanto irritou a quadrilha política. Decerto esperavam um comportamento subserviente e agora se dizem traídos.
Mas o fato é que, simplesmente por ter ido ao Zé e ao João Paulo, o ministro Fux agora está da situação constrangedora de ter que se explicar.
Ficam no ar várias perguntas: E se, o ministro Fux tivesse concordado com os futuros réus e proferido seus votos conforme eles queriam?
Será que outros ministros não enfrentaram também situação semelhante? E será que estão votando inteiramente conforme sua convicção, ou seu voto está sofrendo um viés moderador?
Será que isso explica o papel de advogado de defesa adotado pelo ministro Lewandowski, seguido por Dias Tóffoli?
Por aí vemos que o PT não quis somente cooptar o poder Legislativo, mas também (como eles mesmos confessam) o poder Judiciário.
Isso é gravíssimo! Só não temos uma grande crise nessa República porque a sociedade está apática. E isso demonstra, mais uma vez, que esse sistema de escolha dos ministros do Supremo tem que mudar. Já escrevi sobre isso no post "Como escolher um ministro do Supremo". É preciso que pensemos a respeito e que a sociedade organizada se levante, antes que a nossa República caia de podre.
domingo, 2 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
Agências (des)reguladoras
As agências reguladoras foram criadas para exercer o controle do Estado sobre as concessionárias de serviços públicos: aviação civil (ANAC), energia elétrica (ANEEL), telefonia e internet (ANATEL), agência de petróleo (ANP), e por aí vão muitas ANA's.
A função primordial dessas agências é regular e controlar as atividades dessas concessionárias para que não sobreponham o interesse do lucro privado (necessário e legítimo) ao interesse coletivo da população à qual servem. Essas concessionárias estão substituindo o Estado nesses papéis. O Estado, por não poder, ou não querer, prestar esse serviço à população, o entrega a empresas privadas, mas sob certas condições pre-ajustadas naturalmente. O que as agências reguladoras tem que fazer é fiscalizar se o cidadão está recebendo serviços de qualidade, a preço justo, se as regras estão sendo cumpridas ou não e, nesse último caso, aplicar as sanções cabíveis.
As agências são independentes e autônomas financeiramente. Os membros de direção de cada agência tem mandatos fixos exatamente para manter a independência e são escolhidos pelo(a) presidente da República, sendo nomeados após aprovação do Senado.
No dia a dia, entretanto, as reclamações sobre a qualidades desses serviços só tem piorado. Nos PROCONS as campeãs de reclamação são as empresas de telefonia e as empresas de transporte aéreo, por exemplo.
O Brasil é um país que tem uma das mais caras tarifas de passagens aéreas do mundo e a qualidade dos serviços vem caindo dia a dia. Voos são cancelados sem a menor cerimônia ou explicação, atrasos nos horários são a regra e percebe-se muitas vezes um desdém afrontoso com a situação do passageiro.
Na área da telefonia e internet a situação é ainda pior. Há pouca ou nenhuma concorrência. As tarifas de telefonia e internet, outra vez, estão entre as mais caras do mundo. As larguras de banda são ridículas e paga-se por um plano, mas o que se recebe é só 10% do que se contratou.
Nessa situação, pergunta-se: o que fazem as agências reguladoras? Por que não fiscalizam? Por que não cobram e aplicam sanções?
Um das respostas está aí à vista de todos. Dois dos "amigos" de Rosemary foram indicados e nomeados, na verdade por ela, por causa de seu (dela) relacionamento íntimo com o Molusco. Assim deve ser também o caso de vários outros diretores das várias outras agências. Por que não seriam? Por que só a ANA e ANAC teriam sido maculadas? Não sejamos ingênuos.
Esses diretores e conselheiros, amigos dos amigos do Rei, estão lá preocupados com a missão da agência ou com a defesa dos direitos do cidadão? Claro que não. Estão lá é para se locupletarem, estão lá para ocupar espaços no aparelhamento do Estado. Estão lá para completarem o "toma lá, da cá" que a Dilma pediu que a jornalista explicitasse.
Pois o toma lá dá cá é isso, D. Dilma. É por isso que a senhora tem que desfazer tudo o que fez. Nomeia, exonera, blinda, nomeia, exonera e blinda.
Quando a senhora parar de blindar essas pessoas que estão roubando o Erário, talvez tenha condições de nomear e manter.
E as agências-cabides-de-emprego, passem talvez a exercer o papel que lhes foi destinado, para alívio e conforto do cidadão que paga os salários de todos vocês.
Leia também: Sujando o cocho
A função primordial dessas agências é regular e controlar as atividades dessas concessionárias para que não sobreponham o interesse do lucro privado (necessário e legítimo) ao interesse coletivo da população à qual servem. Essas concessionárias estão substituindo o Estado nesses papéis. O Estado, por não poder, ou não querer, prestar esse serviço à população, o entrega a empresas privadas, mas sob certas condições pre-ajustadas naturalmente. O que as agências reguladoras tem que fazer é fiscalizar se o cidadão está recebendo serviços de qualidade, a preço justo, se as regras estão sendo cumpridas ou não e, nesse último caso, aplicar as sanções cabíveis.
As agências são independentes e autônomas financeiramente. Os membros de direção de cada agência tem mandatos fixos exatamente para manter a independência e são escolhidos pelo(a) presidente da República, sendo nomeados após aprovação do Senado.
No dia a dia, entretanto, as reclamações sobre a qualidades desses serviços só tem piorado. Nos PROCONS as campeãs de reclamação são as empresas de telefonia e as empresas de transporte aéreo, por exemplo.
O Brasil é um país que tem uma das mais caras tarifas de passagens aéreas do mundo e a qualidade dos serviços vem caindo dia a dia. Voos são cancelados sem a menor cerimônia ou explicação, atrasos nos horários são a regra e percebe-se muitas vezes um desdém afrontoso com a situação do passageiro.
Na área da telefonia e internet a situação é ainda pior. Há pouca ou nenhuma concorrência. As tarifas de telefonia e internet, outra vez, estão entre as mais caras do mundo. As larguras de banda são ridículas e paga-se por um plano, mas o que se recebe é só 10% do que se contratou.
Nessa situação, pergunta-se: o que fazem as agências reguladoras? Por que não fiscalizam? Por que não cobram e aplicam sanções?
Um das respostas está aí à vista de todos. Dois dos "amigos" de Rosemary foram indicados e nomeados, na verdade por ela, por causa de seu (dela) relacionamento íntimo com o Molusco. Assim deve ser também o caso de vários outros diretores das várias outras agências. Por que não seriam? Por que só a ANA e ANAC teriam sido maculadas? Não sejamos ingênuos.
Esses diretores e conselheiros, amigos dos amigos do Rei, estão lá preocupados com a missão da agência ou com a defesa dos direitos do cidadão? Claro que não. Estão lá é para se locupletarem, estão lá para ocupar espaços no aparelhamento do Estado. Estão lá para completarem o "toma lá, da cá" que a Dilma pediu que a jornalista explicitasse.
Pois o toma lá dá cá é isso, D. Dilma. É por isso que a senhora tem que desfazer tudo o que fez. Nomeia, exonera, blinda, nomeia, exonera e blinda.
Quando a senhora parar de blindar essas pessoas que estão roubando o Erário, talvez tenha condições de nomear e manter.
E as agências-cabides-de-emprego, passem talvez a exercer o papel que lhes foi destinado, para alívio e conforto do cidadão que paga os salários de todos vocês.
Leia também: Sujando o cocho
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O país das mequetrefes
Quando a Polícia Federal começou a investigação sobre as maracutaias milionárias do porto de Santos e terminais próximos, Barnabé e Bagres (*), deu-lhe o nome de Operação Porto Seguro e, provavelmente, não imaginava que iria colher as nove digitais do Planalto espalhadas por todo lado, nas cenas do crime.
Foi aí que tudo começou e a secretária que havia gasto "os tubos" no cartão corporativo da Presidência da República, mas que fora blindada pelo governo, iniciou a queda livre.
A funcionária mequetrefe, ficamos sabendo no bojo da operação Porto Seguro, esteve "impulsionando" negócios de 1 bilhão em Santos.
É a mesma mequetrefe que conseguiu indicar dois nomes para as Agências Reguladoras, ANA e ANAC. Um deles foi rejeitado duas vezes pelo Senado, mas Sarney (olha o Sarney aí de novo, gente!) conseguiu aprová-lo em terceira votação.
A funcionária mequetrefe também arranjou emprego para o ex-marido (família é tudo!) na BB Seguros, a seguradora do Banco do Brasil, conseguindo inclusive um diploma universitário falso para ele. E registrado no MEC!
Ainda, a mesma mequetrefe fez 23 viagens internacionais acompanhando o presidente da República e viajava como clandestina!
Sim, a mando do presidente, a secretária mequetrefe, mas que possuia passaporte diplomático, viajava quase sempre na comitiva presidencial sem ter, como deveria, seu nome registrado e publicado no Diário Oficial. Mas com Lula não há problema. Ele nunca deu bola para normas, regras e regulamentos.
Não bastasse esse enrosco, agora começa a vazar uma história digna de revista de salão de beleza. Tudo indica que a secretária mequetrefe fazia horas-extras com o chefe. E que horas extras.
Mas parece que não é história nada nova. Rose já era conhecida em Brasília como a "rainha dos cartões corporativos" e "primeira-dama do governo submerso".
O que a PF apurou foi que Lula falou 122 vezes com a mequetrefe nos últimos 19 meses, ou seja, uma vez a cada 4/5 dias. Ou é assunto particular (e Dona Marisa deve querer saber) ou é assunto público (e nós queremos saber). Entenderam de onde vinha o poder de Rosemary? Vinha doooo..., daaaa.... intimidade com o Lula. Será que o Paulo Okamoto vai assumir também o "affair"? Afinal, amigo é pra essas coisas!
E dizem que quem está rindo à socapa (para usar um termo caro ao Supremo) é a Marta Suplício! Está relaxando e gozando com essa história, porque quem insistiu pela candidatura de Haddad à prefeitura de S.Paulo, barrando a dela, foi a onipresente secretária mequetrefe.
Foi aí que tudo começou e a secretária que havia gasto "os tubos" no cartão corporativo da Presidência da República, mas que fora blindada pelo governo, iniciou a queda livre.
A funcionária mequetrefe, ficamos sabendo no bojo da operação Porto Seguro, esteve "impulsionando" negócios de 1 bilhão em Santos.
É a mesma mequetrefe que conseguiu indicar dois nomes para as Agências Reguladoras, ANA e ANAC. Um deles foi rejeitado duas vezes pelo Senado, mas Sarney (olha o Sarney aí de novo, gente!) conseguiu aprová-lo em terceira votação.
A funcionária mequetrefe também arranjou emprego para o ex-marido (família é tudo!) na BB Seguros, a seguradora do Banco do Brasil, conseguindo inclusive um diploma universitário falso para ele. E registrado no MEC!
Ainda, a mesma mequetrefe fez 23 viagens internacionais acompanhando o presidente da República e viajava como clandestina!
Sim, a mando do presidente, a secretária mequetrefe, mas que possuia passaporte diplomático, viajava quase sempre na comitiva presidencial sem ter, como deveria, seu nome registrado e publicado no Diário Oficial. Mas com Lula não há problema. Ele nunca deu bola para normas, regras e regulamentos.
Não bastasse esse enrosco, agora começa a vazar uma história digna de revista de salão de beleza. Tudo indica que a secretária mequetrefe fazia horas-extras com o chefe. E que horas extras.
Mas parece que não é história nada nova. Rose já era conhecida em Brasília como a "rainha dos cartões corporativos" e "primeira-dama do governo submerso".
O que a PF apurou foi que Lula falou 122 vezes com a mequetrefe nos últimos 19 meses, ou seja, uma vez a cada 4/5 dias. Ou é assunto particular (e Dona Marisa deve querer saber) ou é assunto público (e nós queremos saber). Entenderam de onde vinha o poder de Rosemary? Vinha doooo..., daaaa.... intimidade com o Lula. Será que o Paulo Okamoto vai assumir também o "affair"? Afinal, amigo é pra essas coisas!
E dizem que quem está rindo à socapa (para usar um termo caro ao Supremo) é a Marta Suplício! Está relaxando e gozando com essa história, porque quem insistiu pela candidatura de Haddad à prefeitura de S.Paulo, barrando a dela, foi a onipresente secretária mequetrefe.
(*)Em 2010 Lula foi à China pedir um empréstimo de 2 bilhões de dólares para o complexo portuário, adivinhem... Barnabé-Bagres!!! Será que a Rose estava em sua comitiva, como sempre como clandestina?
Como diz o Blog Sanatório da Noticia: TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.
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