segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Obrigado, ministro Joaquim.



Chega! Depois dessa overdose de mensalão, após 53 sessões plenárias do Supremo, chegou-se ao fim. Missão cumprida, ministro Joaquim Barbosa! E, dia-se de passagem, cumprida a duras penas. Além de um problema de saúde que lhe inflige dores excruciantes durante as intermináveis sessões, teve que enfrentar pressões de toda ordem e magnitude, todos os dias e por todos os lados. 

E com um agravante maior: ter suportar o min. Lewandowski com seu notório e absurdo empenho em livrar a cara dos assaltantes da República. E até no final, S. Excia teve que se defrontar com mais uma alfinetada, absolutamente desnecessária.
Incompreensivelmente o min. Marco Aurélio se rebelou contra o pronunciamento do presidente do Tribunal que, ao encerrarem-se os trabalhos, quis agradecer aos seus colaboradores diuturnos desses últimos sete anos. Sem o empenho e a disposição desses funcionários,  até além de suas obrigações funcionais, é muito provável que a AP 470 ainda estivesse nas "gavetas" do STF. Entretanto o min. Marco Aurélio não concordou com os elogios que o min. Barbosa tecia aos seus colaboradores e se retirou do plenário em protesto. 
Para o povo brasileiro o que deve parecer essa atitude? Diante de tanta desfaçatez e de tantos crimes desfiados por meses à vista da nação, o ministro Marco Aurélio não mostrou a mesma indignação; ao contrário, se postava sempre com um sorriso irônico. 
Diante dos elogios, como os que fez o min. Lewandowski a um criminosos ao fim condenados pelo Supremo, como Genoíno e Zé Dirceu, ou como os que fez o ministro Dias Tóffoli à Sra. Kátia Rabello, o ministro Marco Aurélio não esboçou tampouco qualquer reação. 
Não considerou anti-regimental um ministro assumir a posição de advogado de defesa dos réus. Não considerou impróprio à liturgia do cargo um juiz fazer o elogio dos réus durante o julgamento ao votar. Mas considerou impróprio o min. Barbosa elogiar seus subordinados ao final dos trabalhos. E se retirou do plenário em atitude desrespeitosa, impolida e vulgar.

Entretanto, sinta-se premiado ministro Joaquim. Do mesmo modo como há amizades que depreciam, há inimizades que enaltecem. Há certas pessoas, das quais, o menosprezo é uma honra, um galardão.
Mesmo que muita gente ainda não saiba o bem que o ministro Joaquim Barbosa fez a elas, um dia isso será reconhecido e podem ter a certeza que esse ministro entrou definitivamente para a história e para o panteão dos heróis brasileiros. Obrigado, ministro Joaquim!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Tres Homens-Bombas

No Brasil já tivemos os 3 patetas (triunvirato militar que tomou o poder com a doença de Costa e Silva). Já tivemos os 3 porquinhos da Dilma e agora temos os 3 homens-bombas (*). São eles: Marcos Valério, o principal, o não menos importante Carlos Cachoeira, e agora o Paulo Vieira, um dos bebês de Rosemary Noronha.
Esses três constituem hoje o maior arquivo-vivo da República. Conheceram e se entranharam em todos os porões, esgotos e sarjetas do poder. Sabem quem rouba, quem manda roubar, quem deixa roubar, quem ajuda a roubar, quem rouba-mas-faz, quem rouba-e-nada-mais-faz, etc.
A Justiça pode muito bem cotejar as informações de todos eles. No que coincidirem, haverá fortes indícios de verdade. É, pois, de extremo interesse do país que se faça algum tipo de acordo com eles, para que falem, desembuchem tudo o que sabem dessa podridão que se espalha pela política, quase chegando ao ponto de desacreditá-la totalmente.
Já passamos da hora da verdade. O governo instalou uma comissão da verdade para escarafunchar o passado e o período da ditadura. Realmente precisamos deixar todo aquele período em pratos limpos. Obviamente dos dois lados, mas isso é assunto pra outro post. De todo modo a Comissão se refere a uma verdade passada, a algo que ameaçou o país no passado. É importante sabermos o que houve, mas não traz nenhuma ameaça presente.
Muito mais urgente é sabermos a verdade daquilo que nos ameaça agora. Essa ameaça é pior porque o mal que ela faz e pode fazer ainda não se completou.
Portanto, senhores procuradores, chegou a hora! Vamos ver os que esses arquivos contam. São arquivos muito sensíveis e podem ser apagados de uma hora para a outra.

(*) O plural de homem-bomba pode ser tanto homens-bomba, como homens-bombas.











sábado, 15 de dezembro de 2012

O poder vicia

Não é de bom tom, no Brasil, falar mal dos mortos ou dos doentes graves. Acho que é mais uma questão de superstição que de polidez. As pessoas temem que  a "coisa" se volte contra elas e por isso evitam falar no assunto, ou, quando o mencionam, afirmam desejar as melhoras e o bem, mesmo dos piores inimigos ou bandidos.
Se um crápula como Hitler estivesse com uma doença terrível em estado terminal, tenho a certeza que a maior parte dos seres humanos, especialmente os perseguidos por ele, se rejubilaria ao invés de lamentar.
No caso presente, por exemplo,  eu seria cínico e hipócrita se dissesse que estou triste com a situação de Hugo Chávez. Como pessoa, como ser humano, pouco me importa a saúde ou a doença dele. Como pessoa, ele me é completamente indiferente. Mas, considerando o homem público, com essa influência nefasta na América Latina, fico feliz de vê-lo afastado do poder, seja por que motivo for.
Lamento a morte de pessoas como Niemeyer, Décio Pignatari, Dave Brubeck, etc.
No caso de Hugo Chávez, até posso desejar, apenas por compaixão, que ele se vá sem dor, mas que se vá logo e deixe os venezuelanos e o povo latino-americano em paz. Sem Hugo Chávez, como mais uma peça no tabuleiro das demagogias pseudo-esquerdistas que proliferam na América Latina, o mundo ficará melhor.
O que ainda é mais patético, nesse caso, é o apego ao poder. O homem está morrendo e sabe que nada vai levar consigo para o caixão. No entanto, ainda se apega ao poder ferrenhamente. Não renunciou ao mandato para se tratar e viajou para Cuba, deixando uma série de instruções até para depois de seu falecimento. Isso mostra que se estivesse com saúde não seria tão cedo que deixaria o poder, tal como Franco e Salazar ou Stalin.
Um ditador, depois que se instala,  só sai do poder quando morre ou é deposto.

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