"Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos". Esses são os versos iniciais de uma belíssima canção de João Bosco e Aldyr Blanc e que se tornou um do hinos contra a ditadura militar, fazendo referência à queda do viaduto Paulo de Frontin no Rio. Naquele momento vivíamos uma situação em muitos pontos semelhante à atual. O governo autoritário determinava quem era patriota e quem não era. Criou o slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o". Quem não fosse partidário do regime estava "contra" o Brasil. Mais ou menos como o governo petista classifica hoje os brasileiros; quem não é a favor deles é da "zelite branca" e não quer o bem do Brasil. Ao mesmo tempo o governo militar nos queria engambelar a todos com aquela história de Brasil Grande, Milagre Brasileiro, etc. Foi aí que tudo começou.
Construíram-se obras faraônicas desnecessárias ou inúteis como a transamazônica, ou superfaturadas como a ponte Rio-Niterói. Foi uma época de ouro para as empreiteiras/construtoras, essas mesmas que ainda estão por aí, ganhando dinheiro a rodo com o PT, na construção dos estádios também faraônicos, também desnecessários e também superfaturados.
Foi um momento de gastos públicos sem controle gerando uma inflação escondida no primeiro momento e que veio a estourar sob a forma de hiperinflação nos primeiros governos civis. O atual consultor econômico do PT, Sr. Delfim Neto reinava absoluto como o Czar da Economia. Deu no que deu e quem pagou essa conta fomos nós, à custa de muito suor e sacrifício.
A coincidência envolve até o futebol, pois naquela época o governo militar usava e abusava da Copa (que o Brasil veio a ganhar em 70) para dominar os corações e mentes do povo brasileiro. Espero que desta vez o Brasil não ganhe. Quarenta anos depois, já chega de manipulação!
Tudo isso me vem à mente por causa da queda desse viaduto em Belo Horizonte em meio à Copa. As obras dos estádios e dos entornos foram feitas à toque de caixa e para atender às exigências da Fifa, com um dinheiro em parte inexistente (sob a forma de endividamento público), com prováveis enormes superfaturamentos, e sem planejamento como é nossa praxe. Infelizmente esse acidente de agora não é o pior dos males que vieram com essa empulhação. Lula queria usar o evento, bancado pela nação, para promoção de si mesmo e de seu séquito incluindo o poste governAnta. Parece que desta vez a conta está chegando mais cedo.
O que nos resta, como na música citada, é apenas a esperança que "é equilibrista e sabe que o show de todo artista tem que continuar..." O bêbado todos sabemos quem é.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
O dragão sorrateiro
O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos formuladores do Plano Real, deu uma entrevista à Folha, publicada ontem que é um primor de inteligência e bom-senso.
Políticos sérios e formadores de opinião, professores e acadêmicos deveriam debruçar-se sobre ela sem paixão ideológica ou partidária. Analisem apenas do ponto de vista lógico, racional, o que diz Gustavo Franco.
O primeiro e inafastável ponto é a inflação. Há apenas 20 anos - digo "apenas", porque isso não é nada historicamente falando - estávamos mergulhados numa hiperinflação. Só quem viveu essa experiência sabe avaliar. A inflação estava por volta de 2400% (isso mesmo, jovens! Dois mil e quatrocentos por cento!) ao ano. E houve períodos em que a inflação chegou a inacreditáveis 12 mil por cento ao ano! Sabem o que isso significa? Significa que algo que custasse 1 real em primeiro de janeiro, estaria custando 1,49 no final do mês e 120 reais em 31 de dezembro do mesmo ano.
Não é preciso ser economista para concluir o estrago que a hiperinflação causava no bolso das famílias, principalmente das mais pobres. O salário recebido no início do mês perdia 50% do seu valor no final desse mesmo mês. Um operário recebia o salário e dali ia correndo para o supermercado para comprar alimentos antes que tudo já tivesse sido remarcado. Havia até uma profissão nova, a do remarcador de preços que ficava percorrendo as gôndolas com a famigerada maquininha, diariamente, remarcando todos os preços. As donas de casa disputavam com o remarcador quem é que chegava primeiro ao produto. Sem brincadeira!... A nossa moeda não valia nada. Era uma ficção. Os preços dos bens de maior valor eram em dólares. Não se compravam imóveis ou carros com preços em reais. Quem não tinha condição de guardar dólares ou ter aplicações financeiras estava lascado.
Uma geração nasceu e cresceu sem esse terror. As outras pouco a pouco foram se esquecendo disso. Mas isso é que não pode acontecer! Não podemos nos esquecer dos dramas familiares, do estresse na administração do orçamento doméstico, das vidas sufocadas, da pobreza sem solução, da indignidade, da falta de perspectiva e de esperança. "Quem se esquece do passado está condenado a repetí-lo" (George Santayana).
E a grande causa da inflação, como demonstra Gustavo Franco, é a má administração pública. É o governo que gasta muito e gasta mal. E ele dá o exemplo da construção dos estádios milionários, superfaturados e, muitas vezes, com um dinheiro que não existe, ou seja, com o governo fazendo dívidas!
É exatamente o crescimento da dívida pública a maior causa da inflação. O que está acontecendo no Brasil, com o preço dos alimentos aumentando mais de 10% ao ano, é simples e pura consequência da administração desastrosa da dona Dilma Rousseff com a figura caricata do Sr. Guido Mantega.
Compete a nós dizer que não. Compete a nós, nas urnas, dizer que não vamos aceitar a volta do dragão. Que não vamos ser coniventes com um governo que seja conivente com a inflação. Não se pode dar a mínima trégua, senão ela volta com força total. Quem tem mais de 30 anos sentiu isso na pele. #AcordaBrasil!
Políticos sérios e formadores de opinião, professores e acadêmicos deveriam debruçar-se sobre ela sem paixão ideológica ou partidária. Analisem apenas do ponto de vista lógico, racional, o que diz Gustavo Franco.
O primeiro e inafastável ponto é a inflação. Há apenas 20 anos - digo "apenas", porque isso não é nada historicamente falando - estávamos mergulhados numa hiperinflação. Só quem viveu essa experiência sabe avaliar. A inflação estava por volta de 2400% (isso mesmo, jovens! Dois mil e quatrocentos por cento!) ao ano. E houve períodos em que a inflação chegou a inacreditáveis 12 mil por cento ao ano! Sabem o que isso significa? Significa que algo que custasse 1 real em primeiro de janeiro, estaria custando 1,49 no final do mês e 120 reais em 31 de dezembro do mesmo ano.
Não é preciso ser economista para concluir o estrago que a hiperinflação causava no bolso das famílias, principalmente das mais pobres. O salário recebido no início do mês perdia 50% do seu valor no final desse mesmo mês. Um operário recebia o salário e dali ia correndo para o supermercado para comprar alimentos antes que tudo já tivesse sido remarcado. Havia até uma profissão nova, a do remarcador de preços que ficava percorrendo as gôndolas com a famigerada maquininha, diariamente, remarcando todos os preços. As donas de casa disputavam com o remarcador quem é que chegava primeiro ao produto. Sem brincadeira!... A nossa moeda não valia nada. Era uma ficção. Os preços dos bens de maior valor eram em dólares. Não se compravam imóveis ou carros com preços em reais. Quem não tinha condição de guardar dólares ou ter aplicações financeiras estava lascado.
Uma geração nasceu e cresceu sem esse terror. As outras pouco a pouco foram se esquecendo disso. Mas isso é que não pode acontecer! Não podemos nos esquecer dos dramas familiares, do estresse na administração do orçamento doméstico, das vidas sufocadas, da pobreza sem solução, da indignidade, da falta de perspectiva e de esperança. "Quem se esquece do passado está condenado a repetí-lo" (George Santayana).
E a grande causa da inflação, como demonstra Gustavo Franco, é a má administração pública. É o governo que gasta muito e gasta mal. E ele dá o exemplo da construção dos estádios milionários, superfaturados e, muitas vezes, com um dinheiro que não existe, ou seja, com o governo fazendo dívidas!
É exatamente o crescimento da dívida pública a maior causa da inflação. O que está acontecendo no Brasil, com o preço dos alimentos aumentando mais de 10% ao ano, é simples e pura consequência da administração desastrosa da dona Dilma Rousseff com a figura caricata do Sr. Guido Mantega.
Compete a nós dizer que não. Compete a nós, nas urnas, dizer que não vamos aceitar a volta do dragão. Que não vamos ser coniventes com um governo que seja conivente com a inflação. Não se pode dar a mínima trégua, senão ela volta com força total. Quem tem mais de 30 anos sentiu isso na pele. #AcordaBrasil!
sábado, 28 de junho de 2014
E agora, Josés?
José já foi um nome nobre e respeitado nos países lusófonos. Afinal trata-se do nome do pai adotivo, segundo a Igreja, de Jesus. No Brasil acabou por se reduzir ao popular Zé.
Em tempos de petismo e mensalões, tal como acontece com outros valores, o Zé acabou por se descaracterizar, estando menos ligado à santidade e mais conectado às coisas bem terrenas, como propinas, dinheiro em cuecas, tráfico de influência, enfim, corrupção generalizada.
Os Zés da atualidade são os Zés do PT e aliados: Zé Dirceu, Zé Genoíno, Zé Janene, Zé Sarney, Zé de Abreu, Zé Eduardo Mendonça (Duda Mendonça), Zé Linguiça (assessor do Prof. Luizinho que recebeu 20 mil na "boca do caixa") e até mesmo um tal de Zé Formiga, assessor do líder do governo na Câmara envolvido em possíveis fraudes de 1 bilhão em licitações com a empreiteira "Leão Leão", nome bem sugestivo.
A história, como tudo que envolve o PT, pode ser escabrosa, mas os nomes... os nomes são reveladores: Guaranhuns, aquela "empresa" que repassava grana para o Valdemar Costa Neto; a indefectível Leão Leão, empresa de coleta de lixo já envolvida em escândalo anterior em Ribeirão Preto; Banco Espírito Santo, ligado à Portugal Telecom; Vil Impress, gráfica de Ribeirão Preto que emitia notas para a Leão Leão; DNA de Marcos Valério, que deixou pistas para todo lado; Delúbio, Rose Nóvoa, o irmãos João e Antônio Lamas, sem contar os Josés.
Claro que todos os demais Josés desse país afora, não tem nada a ver com isso, pois - coitados desses outros Zés - ainda conservam aqueles valores antigos de honra, honestidade e respeito, coisas tão fora de moda. Mas, sinal dos tempos, somos surpreendidos com a notícia que o grande Zé, o maioral da política oligárquica no Brasil, o José de Ribamar, mais conhecido como José Sarney vai desistir de se candidatar. Vai deixar a política. Até que enfim!
Depois de se locupletar por sessenta anos, constituindo um feudo hereditário no Maranhão, finalmente chegou o seu dia. A família não vai abdicar do feudo, claro, mas o fato de já não disputarem eleições é um ótimo sinal. Perdem a força dos cargos e, pouco a pouco vão acabar tendo que largar as tetas, nas quais mamaram por tanto tempo.
Dois Sarneys, o pai e a filha, desistindo de disputar eleição é sinal de que o povo já não é tão bobo e ignorante como no passado. Só podemos comemorar!
Em tempos de petismo e mensalões, tal como acontece com outros valores, o Zé acabou por se descaracterizar, estando menos ligado à santidade e mais conectado às coisas bem terrenas, como propinas, dinheiro em cuecas, tráfico de influência, enfim, corrupção generalizada.
Os Zés da atualidade são os Zés do PT e aliados: Zé Dirceu, Zé Genoíno, Zé Janene, Zé Sarney, Zé de Abreu, Zé Eduardo Mendonça (Duda Mendonça), Zé Linguiça (assessor do Prof. Luizinho que recebeu 20 mil na "boca do caixa") e até mesmo um tal de Zé Formiga, assessor do líder do governo na Câmara envolvido em possíveis fraudes de 1 bilhão em licitações com a empreiteira "Leão Leão", nome bem sugestivo.
A história, como tudo que envolve o PT, pode ser escabrosa, mas os nomes... os nomes são reveladores: Guaranhuns, aquela "empresa" que repassava grana para o Valdemar Costa Neto; a indefectível Leão Leão, empresa de coleta de lixo já envolvida em escândalo anterior em Ribeirão Preto; Banco Espírito Santo, ligado à Portugal Telecom; Vil Impress, gráfica de Ribeirão Preto que emitia notas para a Leão Leão; DNA de Marcos Valério, que deixou pistas para todo lado; Delúbio, Rose Nóvoa, o irmãos João e Antônio Lamas, sem contar os Josés.
Claro que todos os demais Josés desse país afora, não tem nada a ver com isso, pois - coitados desses outros Zés - ainda conservam aqueles valores antigos de honra, honestidade e respeito, coisas tão fora de moda. Mas, sinal dos tempos, somos surpreendidos com a notícia que o grande Zé, o maioral da política oligárquica no Brasil, o José de Ribamar, mais conhecido como José Sarney vai desistir de se candidatar. Vai deixar a política. Até que enfim!
Depois de se locupletar por sessenta anos, constituindo um feudo hereditário no Maranhão, finalmente chegou o seu dia. A família não vai abdicar do feudo, claro, mas o fato de já não disputarem eleições é um ótimo sinal. Perdem a força dos cargos e, pouco a pouco vão acabar tendo que largar as tetas, nas quais mamaram por tanto tempo.
Dois Sarneys, o pai e a filha, desistindo de disputar eleição é sinal de que o povo já não é tão bobo e ignorante como no passado. Só podemos comemorar!
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