sexta-feira, 4 de julho de 2014

O bêbado e a equlibrista

"Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos". Esses são os versos iniciais de uma belíssima canção de João Bosco e Aldyr Blanc e que se tornou um do hinos contra a ditadura militar, fazendo referência à queda do viaduto Paulo de Frontin no Rio. Naquele momento vivíamos uma situação em muitos pontos semelhante à atual. O governo autoritário determinava quem era patriota e quem não era. Criou o slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o". Quem não fosse partidário do regime estava "contra" o Brasil. Mais ou menos como o governo petista classifica hoje os brasileiros; quem não é a favor deles é da "zelite branca" e não quer o bem do Brasil. Ao mesmo tempo o governo militar nos queria engambelar a todos com aquela história de Brasil Grande, Milagre Brasileiro, etc. Foi aí que tudo começou.

Construíram-se obras faraônicas desnecessárias ou inúteis como a transamazônica, ou superfaturadas como a ponte Rio-Niterói. Foi uma época de ouro para as empreiteiras/construtoras, essas mesmas que ainda estão por aí, ganhando dinheiro a rodo com o PT, na construção dos estádios também faraônicos, também desnecessários e também superfaturados.
Foi um momento de gastos públicos sem controle gerando uma inflação escondida no primeiro momento e que veio a estourar sob a  forma de hiperinflação nos primeiros governos civis.  O atual consultor econômico do PT, Sr. Delfim Neto reinava absoluto como o Czar da Economia. Deu no que deu e quem pagou essa conta fomos nós, à custa de muito suor e sacrifício.

A coincidência envolve até o futebol, pois naquela época o governo militar usava e abusava da Copa (que o Brasil veio a  ganhar em 70) para dominar os corações e mentes do povo brasileiro. Espero que desta vez o Brasil não ganhe. Quarenta anos depois, já chega de manipulação!
Tudo isso me vem à mente por causa da queda desse viaduto em Belo Horizonte em meio à Copa. As obras dos estádios e dos entornos foram feitas à toque de caixa e para atender às exigências da Fifa, com um dinheiro em parte inexistente (sob a forma de endividamento público), com prováveis enormes superfaturamentos, e sem planejamento como é nossa praxe. Infelizmente esse acidente de agora não é o pior dos males que vieram com essa empulhação. Lula queria usar o evento, bancado pela nação, para promoção de si mesmo e de seu séquito incluindo o poste governAnta. Parece que desta vez a conta está chegando mais cedo.
O que nos resta, como na música citada, é apenas a esperança que "é equilibrista e sabe que o show de todo artista tem que continuar..." O bêbado todos sabemos quem é.

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