domingo, 2 de novembro de 2014

República velha?

Na República Velha o processo eleitoral era chamado de "eleição a bico de pena". Não havia voto secreto. Os eleitores se reuniam em sessão eleitoral, votavam em voz alta e dessa votação era feita uma Ata na qual constavam os votos para os candidatos. Essa Ata, redigida pelos "coronéis" locais, fazia da eleição um jogo de cartas marcadas.
Pois agora com as urnas eletrônicas, a pergunta, que a metade do povo brasileiro se faz, é se por acaso voltamos ao processo da República Velha; se pode ou não haver fraude nas eleições.
É uma pergunta absolutamente legítima. A lisura do processo eleitoral tem que ser demonstrada por quem o conduz, não pode ficar implícita, não pode ser matéria de fé.
E o atual processo eleitoral brasileiro, ficamos sabendo agora, é muito parecido com o da "eleição a bico de pena" do passado, pois, tal como ele, não pode ser auditado. Uma vez tomados os votos não há como recontá-los. O que se pode fazer apenas é somar novamente os totais de cada urna! É um espanto que seja dessa forma!
Isso pode dar margem a um sem número de manipulações. Desde aplicativos maliciosos "injetados" no programa eleitoral para desviar votos, até a pura e simples fraude de alguém teclar o número de seu candidato preferido mais de uma vez, com a conivência do mesário, tudo é possível.
Não sei se houve ou não fraude nessas eleições, mas há uma grita geral e vários depoimentos de pessoas identificadas que relatam algum tipo de anormalidade. A obrigação da Justiça Eleitoral é abrir a caixa preta e demonstrar que a vontade do povo prevaleceu. A Justiça não pode se esconder atrás da sua própria burocracia e fazer descer goela abaixo do povo a sua "verdade".
As urnas tem que ser auditadas, no mínimo para sabermos se elas são realmente invulneráveis ou não. O povo, dono do poder soberano, exige essa resposta.

sábado, 1 de novembro de 2014

Mais um record.

O governo do PT bate mais um "record": em 2014 já acumula um deficit de 15,7 bilhões nas contas públicas. O "planejado" era um superavit primário de 80,5 bilhões! Em linguagem bem simples: o governo gastou muito mais do que podia e está com um saldo negativo nas contas (uma dívida) de quase 16 bilhões de reais. Nisso o governo não está em situação muito diferente daquela de muitos brasileiros que foram nessa conversa mole de crédito fácil e agora não sabem como pagar as contas. A diferença é que o governo tem quem pague por ele; e os pagadores somos nós, os otários de sempre.
Pagaremos a dívida do governo todos nós, pobres e ricos, nordestinos ou sulistas, elite branca ou moradores de favela. Nisso o PT conseguiu igualar todas as classes sociais. A dívida será cobrada sob um nome muito conhecido: Inflação!!!
Embora todos paguem, alguns sentirão a carga da dívida nas costas muito mais que outros. A inflação, como se sabe, pune muito mais o pobre do que o rico, pois esse tem mecanismos para diminuir o seu impacto. Nesse ponto o PT demonstra a sua opção preferencial pelos pobres. São esses em cujos ombros a inflação pesará mais.
E isso é só o começo, pois a gasolina  e a energia eleérica serão reajustadas ainda em 2014. Preparemo-nos para 2015 que vai ser um ano difícil. E o arsenal de armas da presidente é inexistente pois ela não entende nada de economia, se é que entende de alguma coisa;  e, com sua prepotência soviética, jamais deixará o comando na mão de quem quer que seja. Portanto é melhor nos prepararmos para um ano difícil, com outro crescimento zero, com inflação de dois dígitos, com as contas públicas atrapalhadas e com o berreiro habitual dos petistas pois as consequências das delações sobre o petrolão começarão a ter efeito em 2015.
Foi a escolha que o povo brasileiro fez!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PaTrão

O que aconteceu? Muita gente perplexa se fez essa pergunta. Não foi suficiente o mar de lama, a perda de valor da Petrobras, a inflação galopando, o crescimento ridículo? O que mais seria necessário para acordar de vez esse povo, melhor dizendo, esse rebanho, que segue cabisbaixo satisfeito com as migalhas das esmolas estatais, enquanto seus "donos", seus patrões, se refestelam nas mordomias milionárias e no roubo do Erário?

Acho que é uma questão de alma. Cada tempo tem o seu espírito - o Zeitgeist da filosofia alemã - mas cada povo tem também o seu símbolo, o seu totem. E o nosso totem, nosso arquétipo, parece ser o do cãozinho que lambe a mão do dono por qualquer migalha recebida.

É isso que somos ou, ao menos uma boa parte do povo brasileiro parece ser. Um povo que gosta de receber tudo de mão-beijada, mesmo que sejam esmolas. Um povo que não gosta do trabalho, do esforço, da luta; e que inveja e deprecia o sucesso alheio. Como bem disse Tom Jobim: "No Brasil, sucesso é ofensa pessoal".

O sonho típico do Macunaíma brasileiro é que as coisas nos caiam do céu. E se houver um "sinhô" a quem se possa pedir, melhor, mesmo que tenhamos de nos submeter a ele. A submissão é o menor dos nossos problemas. Quem nasce com alma de escravo, anseia sempre por um patrão. Isso é o que explica não só a votação da Dilma, mas a do Collor, dos Sarney e demais "sinhôs". O PT aprendeu que o modo mais seguro de conquistar a alma desse escravo, não seria libertá-lo, mas tornar-se ele mesmo, o partido, o seu novo "sinhô".


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