quarta-feira, 18 de março de 2015

Sem noção

O PT não tem, e não quer ter, noção do que é o público e o que é privado. Agora, para espanto de quem ainda pensa no país como uma república, pode se ler no site do ministério da Comunicação   
          "As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.
O PT se considera dono do governo, ou melhor, dono do Estado brasileiro. Não consegue distinguir, e não distingue, os interesses do partido (que são necessariamente privados) dos interesses da nação, que são públicos. Nesse documento, o ministério diz claramente que o governo tem que fornecer a munição para a "guerrilha política", que deve se travada pelos "soldados" de fora, ou seja, pelos blogueiros contratados a peso de ouro. Ou seja, o PT quer fazer uma guerilha política nas redes e contrata blogueiros mercenários para essa função, mas os paga com dinheiro público.
Diante de tamanha cara-de-pau, pergunta-se: onde anda o ministério público? Ocupado demais com a Lava Jato? Esse ministro tem que ser demitido de imediato! Usar o meu dinheiro para financiar blog sujo? Usar informações de governo em favor de uma entidade privada? 
Por essa e por outras é que cada vez mais pessoas pedem a extinção do PT. Essa organização criminosa, disfarçada de partido, perde cada vez mais o senso das coisas. É desespero, sim, mas o que é que a nação tem a ver com isso? Por que a nação ainda terá que suportar esses estertores, como se fosse a responsável pelos erros que essa organização cometeu? Deviam sair de fininho, mas a prepotência não deixa. O auto-engano não se desgruda dessa turma que sempre achou que tudo podia, que eram enviados dos deuses para redenção da humanidade, que a roda da história sempre giraria a seu favor. Não será agora que vão admitir que tudo foi uma ilusão. Para alguns, os espertos, uma ilusão bem cultivada e lucrativa. Para os demais, idiotas úteis, apenas a dura realidade, mas é isso que eles não querem enfrentar.

terça-feira, 17 de março de 2015

Direitos e Privilégios

No Brasil sempre confundimos privilégios com direitos. Tudo para nós é direito, quando na verdade, na maior parte das vezes, trata-se tão somente de privilégio.
A diferença, que parece simples, no nosso caso é borrada pela tradição de pouco apreço pela cidadania e pela democracia. O direito, que se insere na categoria dos bens democráticos, tem que ser amplo, indiscriminado, universal. Nessa categoria se inserem os direitos à vida, à escolha profissional (não ao seu exercício, que é um privilegio obtido pela formação adequada), à liberdade de expressão, o direito de ir e vir e outros.
Na categoria dos privilégios, que, por definição, não podem ser universais, pois são restritivos, discriminatórios, particulares, estão aguns legítimos e uma grande maiora de ilegítimos. 
Os privilégios, para serem legítimos, tem que ser definidos por lei e aceitos, tanto pelos que dele irão usufruir, como pelos que estarão excluídos de sua abrangência. Por exemplo, ninguém se espanta de só ter o privilégio de exercer a medicina, quem tiver tido a formação médica adequada e a aprovação por quem foi designado para tal. 
É aceito também que o Estado tenha o privilégio da força, desde que exercida nos termos da Lei. O privilégio de julgar tem que ser dado conforme as normas estabelecidas pela sociedade; o de dirigir veículos motorizados também. E assim por diante.
O privilégio é, por natureza, excludente, mas as regras para acessá-lo tem que ser válidas para todos, se o privilégio for legítimo. Qualquer pessoa que quiser ser juiz, ou policial ou médico, tem o direito de postular a função e, se satisfizer as condições para tal, não pode ser impedido de exercer esse privilégio. 
Acontece que no Brasil nos deparamos, a todo momento, com privilégios ilegítimos, espúrios, frutos da nossa histórica desorganização social. Assim, um juiz se acha no "direito" de usufruir do bem de um réu, outro se acha um deus que pode desrespeitar as regras de habilitação para dirigir. E ainda invocam a condição que os privilegia, não para respeitar ou fazer respeitar os direitos dos outros, mas exatamente para desrespeitá-los. E por aí, vamos.
Um agente público se julga no "direito" de desviar dinheiro do Erário para sua conta paticular. Um outro quer ter o "direito" de usufruir de vagas de estacionamento reservada para sua classe. O parlamentar pensa ter o "direito" de ter uma segunda moradia paga pelos cofres públicos, enquanto boa parte da população, que paga o seu salário, não tem nenhuma.  Há privilégios para todos os gostos e classes sociais. A começar pelo acesso diferenciado aos elevadores sociais e aos elevadores de serviço nos prédios de apartamentos. Alí, o privilégio e a exclusão convivem lado a lado.
Em resumo, somos um povo que ama os privilégios e detesta os direitos. É isso que afinal pavimenta o caminho daqueles espertalhões que estão sempre atentos às possibilidades de garantir para si uma fatia maior e melhor do bolo. E o resto que se dane!

domingo, 15 de março de 2015

A voz do povo

O dia de hoje vai entrar para a história do Brasil. Foi o dia em que o povo, a legítima fonte do poder, sem ser conduzido por nenhum partido, nem por nenhuma organização, foi às ruas para dizer "Chega!".
Já suportamos mais que o suficiente. Não queremos mais continuar a ser o país da impunidade, o país dos privilégios, o país do jeitinho, o país da corrupção. Sempre se disse que o brasileiro não protesta, que aceita tudo sem reagir. Não é verdade, não mais!
Não reagimos com violência, protestamos pacificamente, como é o nosso estilo, mas estamos na ruas desmentindo esse mito. Hoje o Brasil encheu as ruas de gente de camisa amarela, gente que cantou o hino nacional com alma, com o coração, e não havia jogo de futebol.
Hoje o Brasil deu uma lição de como exercer a cidadania de modo ordeiro, calmo, tranquilo e firme. Havia crianças, havia pessoas mais velhas, cadeirantes até, todos com o mesmo propósito, de dizer a esse governo espúrio que não os queremos mais lá. Que esse governo não é mais legítimo aos nossos olhos, que não nos representa, que o melhor que essa dona devia fazer, se ainda tiver um pingo de sanidade e de pariotismo, seria renunciar. Pois se ela não renunciar, vai ser tirada de lá, em um processo lento e desgastante para  a nação, mas inevitável.
Se a gana do poder for tão forte assim, se ela se agarrar às últimas possibilidades e for às últimas consequências, vai ser uma guerra, mas o povo brasileiro pode ter a certeza da vitória final. Não há força que se contraponha à força do movimento histórico quando chega a sua hora. Dona Dilma, marxista que é, devia saber disso. O rolo compressor da história passa por cima de tudo e quanto mais se resiste a ele, mais força ele adquire e mais violenta é a ruptura. Ouça o conselho da razão: saia, Dilma. Deixe o Planalto para quem seja mais competente e tenha mais vontade de fazer política. Seu tempo, que nunca devia ter começadp, já acabou. O empo de seu partido também acabou. O PT chegou ao governo, tirou a máscara e mostrou o que queria. Agora não há mais nada a dizer á nação brasileira. Tenham um pouco de decência e retirem-se da cena política. Deixem o Brasil realizar sua vocação de paz e grandeza. Ouça a voz do povo que grita a plenos pulmões: Fora Dilma! Fora PT!

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