terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Muro

A queda do muro de Berlim foi o momento simbólico da queda de um regime e de uma ideologia, equivocados na base, nos princípios, nos meios e nos fins. Era uma ideologia e um regime político fadados ao fracasso e nós, que éramos jovens, românticos e ignorantes, não percebíamos então,ou não queríamos perceber. 
Afinal havia que se ter uma causa pela qual lutar. E o Brasil vivia sob uma ditadura de direita, o Mal, portanto tudo aquilo que fosse contrário a essa ditadura, para nós seria o Bem.
Fomos, porém, longe demais. Acabada a ditadura, ninguém mais no país se sentia confortável com qualquer rótulo que não fosse "de esquerda". O Brasil se tornou o único país do mundo em que todos os partidos eram de esquerda ou de centro. Assim também seriam todos os intelectuais, todos os acadêmicos, todos os estudantes, todos os artistas, todas as celebridades. Se alguém não fosse roxo de esquerdismo, era logo rotulado de burguês (um palavrão insuportável), alienado, ignorante ou direitista (outro róulo equiparado a fascista).
Como disse, fomos loge demais, e chegamos até a eleger um sindicalista, que se dizia operário, e seu partido, como se fossem uma novidade na política, um sopro de renovação, uma possibilidade de superarmos o nosso atraso histórico e social.
Deixamo-nos enganar por causa do nosso preconceito. Acreditamos que bastaria ser de esquerda para ser bom. Infantilidade intelectual nossa. Mea culpa! Bastava ter tido os olhos abertos para a história que transcorria à nossa frente. Bastava ter visto sem preconceitos, sem teorias conspiratórias, que o regime comunista estava em derrocada política, econômica, social e moral em todas as partes do mundo. Bastava constatar o que se passava, não em Cuba, porque o que ocorria lá, dizíamos, era uma consequência do imperialismo ianque, mas bastava constatar o que se passava na Albânia, na Coréia do Norte, na Polônia e mesmo na Alemanha Oriental, se tivéssemos tido a coragem de confrontar o pensamento politicamente correto dominante.
O muro caiu. As máscaras cairam e ainda assim elegemos um vigarista, mentiroso, aproveitador, como se ele não estivesse inoculado do mesmo vírus, o vírus anti-capitalista de quem não gosta de trabalhar e acha que o Estado é uma vaca leiteira ilimitada e que tem que sustentar todos os vagabundos, bastando para isso que os vagabundos sejam militantes ou simpatizantes do Partido.
Erramos como eleitores, mas acredito que a nação está agora acordando e se redimindo desse erro.
Uma demonstração disso foi, no Sete de Setembro, esse Partido e a "Chefa" de Estado, "membra" desse Partido, se encolherem de medo do povo. Essa "troupe" teve que se esconder atrás de um muro para não ver o povo e nem ser vistos por ele.
A grande ironia é a esquerda necessitar até hoje de levantar muros! Essa é verdadeiramente a história que se repete como farsa.

domingo, 6 de setembro de 2015

A saída

Qual é a saída? O desgoverno incompetente e corrupto do PT levou o país a essa situação. Enquanto foi possível maquiar os números, fingiam que não havia desmando, descalabros, gastos excessivos, rombos e buracos nas contas e que o "day after" não acabaria por chegar. Enquanto foi possível maquiaram, pedalaram, enganaram o eleitor.
Agora, quando a situação está crítica, o que faz a governanta com o menor índice de aprovação desde Pedro Álvares CabraL? Ao invés de cortar na carne, diminuir os cargos comissionados, reduzir o número de ministérios, implantar enfim a austeridade tão declamada, opta pela saída mais fácil e que não é saída alguma: o aumento dos impostos sobre nós, a patuléia.
Definitivamente isso não é saída porque qualquer aumento de imposto dará apenas um alívio temporário, pois, tão logo o caixa dê uma respirada,  o governo voltará a gastar mais do que pode e daqui a algum tempo voltará a nós com a mesma cantilena. O que é preciso é um choque de gestão e um choque de moralidade. E nada disso será possível no desgoverno dessa incompetente senhora.
O seu amarra-cachorro-mór, Aloízio Mercadante ainda tem a coragem de dizer que o país precisa de um imposto "temporário" e que temos que dar tempo ao governo. Quanto tempo, cara-pálida? Esse governo já está aí desde 2010, sem contar os oito anos do Exu de Garanhuns! Quer mais tempo para quê? Para nos afundar de vez?

Que o povo brasileiro aprenda: no regime presidencialista há que se ter cuidado redobrado ao votar, pois, ao eleger um energúmeno ter-se-á que aguentá-lo por 4 longos anos; ou ir pro embate, se houver motivos, e defenestrar o governante mediante o processo complexo, incerto e desgastante do impeachment.
Na minha opinião, perdemos uma grande oportunidade quando tivemos a chance de, em plebiscito, votar pelo parlamentarismo.
Agora nos resta lamentar e fazer força para que os nossos representantes, os senhores deputados, tenham a coragem de levar esse processo até o fim. Isso, se não estiver, a maioria deles, também envolvida nos escândalos de corrupção, o que lhes tiraria toda a legitimidade para fazer esse movimento.
E a sociedade civil? E o povo? Teremos nós que ficar como expectadores passivos, torcendo contra uma CPMF aqui, um imposto extraordinário ali e ao fim e ao cabo, pagando a conta dos desmandos? Pois não há outra fonte de renda para o Estado, que não seja o nosso bolso!
Em um país normal, quem paga é quem manda. Isso teria que valer também para nosso país, se fôssemos um país como os outros. Somos os pagantes, portanto temos o direito de determinar o tamanho da conta e quem vai administrá-la.
Será que algum dia chegaremos a esse estágio de evolução política?

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Festa da gastança

Assim é fácil. O desgoverno da desgovernada do Planalto, fez o que quis com as contas públicas, enquanto havia dinheiro, ou pensava-se que havia. Gastou-se a rodo, sem medida, sem preocupação com a deterioração das contas públicas. O interesse eleitoral, na verdade o estelionato eleitoral, falava mais alto.
Depois veio a maquiagem dos números. O governo tentou emplacar a mentira de que não houvesse desmandos, descalabros, rombos e buracos nas contas e pretendeu fingir que o dia seguinte não chegaria com a conta a ser paga.

Agora, quando não é possível mais mentir, trapacear e enganar a mais ninguém, o que faz a governAnta? Joga para o Congresso a responsabilidade de dar uma solução e aponta a saída mais "fácil" que é aumentar a carga de impostos nas nossas costas.

Essa proposta de orçamento que foi atirada na cara do Brasil é um acinte, uma desfaçatez. Em primeiro lugar pela ousadia, pela coragem de apresentar um conta que não fecha. Ou seja, já de cara o governo diz que vai continuar gastando mais do que arrecada. Não aponta um corte no cipoal absurdo de cargos comissionados. Nem mesmo faz o gesto simbólico de reduzir essa ciranda de ministérios inúteis!
O governo sequer pretende fingir austeridade! Não, a questão que se põe para o Congresso resolver é quais serão as "fontes" de receita para tampar o buraco.

As "fontes", já sabemos, ao fim e ao cabo serão os nossos bolsos. Os bolsos de cidadãos que trabalham e que não foram convidados para a festa da gastança que continua.
Sonho com um dia, em que a nação inteira, em um ato patriótico de desobediência civil, pare de pagar impostos por seis meses, por exemplo. Teria que ser um movimento social em peso, coordenado, orquestrado, que de uma vez por todas mostrasse quem é o patrão nessa relação.

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