domingo, 4 de outubro de 2015

Plano Renan-Levy

Há muitas coisas que não consigo entender no comportamento da chamada esquerda no Brasil. Mas a que menos entendo, porque desafia a lógica, são esses "protestos a favor" de agora.
Esa turma do PT e do PCdoB vai às ruas protestar contra o ajuste fiscal e a favor de Dilma! Agem como se o governo não fosse o governo dela. Como se o ministro Joaquim Levy tivesse dado um golpe e assumido a presidência da República! Dilma então seria uma prisioneira dentro do palácio do Planalto, uma figura decorativa, uma chefe de Estado sem poder. Na verdade, ela é quase isso mesmo, só que, quem assumiu o poder não foi o ministro Levy, foi o patrão dela, o chefe da chefa, o capo. E o nome dele, obviamente, sequer é mencionado nos "protestos", até porque ele é que é o verdadeiro pai e mentor desses "protestos".
Ainda por cima, inventaram um nome para o plano de ajuste, chamando-o de plano Renan-Levy! Não entendi por que o nome de Renan foi parar lá, ou o que é que ele tem  ver com o ajuste da economia. Mas como é fácil xingar o Renan, porque ninguém irá defendê-lo, uma vez que é um canalha político publicamente reconhecido, talvez por isso tenham tido a idéia de batizar o tal ajuste com o nome dele.
Não há  a menor coerência lógica e ninguém se importa com isso. Atacam o plano de ajuste como se tivesse sido elaborado por um governo oposto ao governo do PT. A lógica exigiria que defendessem o plano, assim como defendem a responsável última por ele, mas quem é que vai falar de lógica com a esquerda brasileira?
Um mínimo de coerência lógica já exigiria que deixassem de ser esquerda, diante de tudo o que fizeram no nosso país, para não falar do que fizeram em todos os outros onde chegaram ao poder. Portanto, dane-se a lógica. A demagogia, a mentira, a desfaçatez, a enganação tem que continuar para que tentem ainda manter o que lhes resta de apoio popular.

sábado, 3 de outubro de 2015

O intocável

Lula é o intocável da República. Está acima da lei. É o que se depreende de toda essa investigação sobre o petrolão. Foi ele quem nomeou Dilma para o Conselho de Administração da Petrobras. Foi ele quem nomeou Dutra e Gabrielli para a presidência da empresa expoliada. Foi ele quem indicou e nomeou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento. Foi seu partido o grande beneficiado pelo desvio de recursos. Foi seu ministro chefe da Casa Civil, atual preso na Lava Jato, quem montou o esquema de compra de parlamentares, conforme já demonstrado e sentenciado no julgamento do mensalão. Não se entende, portanto, como é que esse cidadão ainda não foi sequer investigado. O que é que o protege? Por que a oposição não grita? Por que todas as vezes em que as investigações e as denúncias chegam perto de seu nome, as pessoas começam a pisar em ovos?
Temos agora um novo exemplo: o ministro Zavascki "autorizou" a PF a interrogar Lula como "informante". Em primeiro lugar, não consta que Lula exerça nenhum cargo que lhe conceda o privilégio de foro especial, por que então a necessidade de se pedir autorização a um ministro do Supremo? E por que não pode ser investigado, mas apenas ser interrogado como tetemunha - como quer o Procurador Geral - ou como informante, como determinou o ministro Teori.
Se o Molusco não pode ser investigado, é óbvio que mesmo tendo praticado uma enormidade de crimes contra a nação, não será jamais indiciado, muito menos se tornará réu ou será julgado pelo que fez ou pelo que se omitiu de fazer.
Se isso não acontecer, se perdermos a oportunidade histórica de acabar com a impunidade para uma determinada classe de pessoas, vamos continuar ainda por muitos anos, ou séculos, condenados a ser uma sub-nação constituída de sub-cidadãos atrasados e incompetentes.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plano 1,2,3...4, 5 mil

O ministro Levy deixou de ser uma pessoa séria, no momento em que aceitou participar dessa patacoada a que deram agora o nome, ou apelido, de Plano 1,2,3. Pelamor de Deus, ministro, tudo, menos isso!

Ao lançar o "Plano 1,2,3...4, 5 mil, eu quero que a Dilma vá pra ponte que partiu" o ministro se colocou como co-participante dessa farsa que se pretende governo. Tudo bem, que o fato de ter aceitado fazer parte desse governo, por si só já o desqualifica um pouco. Mas, a seu favor, ainda havia a dúvida da boa-fé, do patriotismo que o teria levado a assumir essa árdua missão, a de tentar dar ao menos um rumo coerente a essa mixórdia de opiniões, tentativas, recuos, mudanças de direção, contradições, que se tornaram a marca desse não-governo.

Quando o ministro, ainda um economista sério, dizia que "não há milagres", que "a economia não vai se recuperar tão cedo", que as decisões que nos levaram ao caos eram "decisões primárias e equivocadas", isso era visto como uma posição coerente com sua formação, que o ministro se recusava fazer o papel de demagogo, que procurava dizer a verdade à população.

Porém, depois de quase ser defenestrado, ou de quase pedir demissão, reaparecer na TV com essa conversa de cerca-lourenço é demais! Quer dizer então que vai ser simples recuperar a economia brasileira! Basta reconhecermos que o modelo econômico anterior (no qual o governo do PT se refestelou e ganhou eleições uma atrás da outra, com seu populismo desvairado) deu errado, acabou, e agora vamos: 1) fazer o ajuste fiscal, leia-se, aumentar a carga tributária nas nossas costas; 2) retomar a confiança do mercado, leia-se abrir ainda mais as pernas para os bancos; 3) voltar a crescer em um novo modelo econômico sustentável e duradouro.
Se essa fórmula é tão simples, meu Deus, por que já estamos no décimo mês de governo e ainda não aplicaram a fórmula mágica? Estão esperando o quê? Que mais gente perca o emprego? Que mais famílias passem por dificulades? Que a inflação chegue a 1% ao mês? A taxa de desemprego (oficial) já é de 8,6%! Aplique já sua fórmula mágica, Levy! O país não aguenta mais esperar. Vamos!.. 1,2,3...4, 5 mil...

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