terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plano 1,2,3...4, 5 mil

O ministro Levy deixou de ser uma pessoa séria, no momento em que aceitou participar dessa patacoada a que deram agora o nome, ou apelido, de Plano 1,2,3. Pelamor de Deus, ministro, tudo, menos isso!

Ao lançar o "Plano 1,2,3...4, 5 mil, eu quero que a Dilma vá pra ponte que partiu" o ministro se colocou como co-participante dessa farsa que se pretende governo. Tudo bem, que o fato de ter aceitado fazer parte desse governo, por si só já o desqualifica um pouco. Mas, a seu favor, ainda havia a dúvida da boa-fé, do patriotismo que o teria levado a assumir essa árdua missão, a de tentar dar ao menos um rumo coerente a essa mixórdia de opiniões, tentativas, recuos, mudanças de direção, contradições, que se tornaram a marca desse não-governo.

Quando o ministro, ainda um economista sério, dizia que "não há milagres", que "a economia não vai se recuperar tão cedo", que as decisões que nos levaram ao caos eram "decisões primárias e equivocadas", isso era visto como uma posição coerente com sua formação, que o ministro se recusava fazer o papel de demagogo, que procurava dizer a verdade à população.

Porém, depois de quase ser defenestrado, ou de quase pedir demissão, reaparecer na TV com essa conversa de cerca-lourenço é demais! Quer dizer então que vai ser simples recuperar a economia brasileira! Basta reconhecermos que o modelo econômico anterior (no qual o governo do PT se refestelou e ganhou eleições uma atrás da outra, com seu populismo desvairado) deu errado, acabou, e agora vamos: 1) fazer o ajuste fiscal, leia-se, aumentar a carga tributária nas nossas costas; 2) retomar a confiança do mercado, leia-se abrir ainda mais as pernas para os bancos; 3) voltar a crescer em um novo modelo econômico sustentável e duradouro.
Se essa fórmula é tão simples, meu Deus, por que já estamos no décimo mês de governo e ainda não aplicaram a fórmula mágica? Estão esperando o quê? Que mais gente perca o emprego? Que mais famílias passem por dificulades? Que a inflação chegue a 1% ao mês? A taxa de desemprego (oficial) já é de 8,6%! Aplique já sua fórmula mágica, Levy! O país não aguenta mais esperar. Vamos!.. 1,2,3...4, 5 mil...

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