Marcelo Odebrecht é um cara petulante! Filhinho mimado do papai, está acostumado a mandar e ser obedecido. Só que agora ele não pode fazer o que quiser. Preso em Curitiba, parece que sua ficha ainda não caiu. Marcelo parece acreditar que ainda vive naquele país onde só se prediam pobres e negros.
O país ainda não mudou o quanto deveria, mas já mudou bastante. E o povo brasileiro, na sua grande maioria, não quer mais voltar àquele país de antes. Ao contrário, queremos rapidamente nos livrar dessa carga de atraso que só nos empobrece, enquanto enriquece - como diz aquela doidivanas da Luciana Genro - as 50 famílias.
Não sei se são 20, 50, 80 ou 100, as famílias mafiosas desse país. Luciana Genro tem a contabilidade mais precisa. O que sei é que os donos e diretores dessas empreiteiras, há muitos anos consideram o Estado como sua propriedade particular.
Portanto, os mecanismos policiais desse Estado deveriam estar voltados para os sub-cidadãos que não pertencem aos clãs privilegiados. Foi assim, durante muito tempo, mas, desde o mensalão e, principalmente, desde a Lava Jato, um fio de esperança, que a modernidade tenha enfim chegado ao Brasil, nos anima e revigora.
Para Marcelo Odebrecht essa modernidade é detestável. Retira-lhe os privilégios e o iguala aos outros cidadãos, com os mesmos direitos e deveres dos demais. É por isso que seus advogados vociferam contra a Lava Jato, contra a força-tarefa e contra o Ministério Público! Aproveitando-se da famigerada carta de advogados, recém publicada, que ataca a Operação, agora acusam os Procuradores de manipularem a delação premiada.
O "jus esperneandi", é claro, é um direito deles, mas eles não só defendem o réu, como se espera; eles, principalmente, atacam! E atacam com força! Alegam cerceamento de defesa, alegam irregularidades, alegam arbitrariedade, onde na verdade, o que existe é o simples cumprimento da Lei, com a diferença que, desta vez, a Lei vale para eles também, não só para os pobres e abandonados 230 mil presos sem investigação e sem julgamento, espalhados pelo país afora. A favor daqueles, não se levanta uma voz desses Paladinos do Direito!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
sábado, 16 de janeiro de 2016
Terceira Guerra?
Só precisamos agora de uma guerra, em escala global, entre os sunitas e os xiitas. Não bastam os salafistas, wahabitas, alauitas, Estado Islâmico, Irmandade Muçulmana brigarem todos entre si e todos contra Israel e os Estados Unidos. O Oriente Médio, para variar, está novamente pegando fogo.
Desta vez o estopim foi a conturbada relação entre sunitas e xiitas, que, recentemente, já vinha se deteriorando e assumiu agora um caráter de franco confronto entre a Arábia Saudita, país que exerce a liderança entre os sunitas e é considerado o guardião dos lugares sagrados do Islã, e o Irã, que, por sua vez, exerce a mesma função entre os xiitas.
A situação é pra lá de confusa: por exemplo, a monarquia saudita é wahabita, que é um ramo fundamentalista do Islã. Entretanto, essa monarquia é inimiga dos xiitas e aliada dos Estados Unidos, inimigo número 1 dos fundamentalistas de qualquer tipo. Para complicar mais, a Arábia Saudita vê com bons olhos as atividades do Estado Islâmico, que também é inimigo dos xiitas. Mas os aliados ocidentais dos Sauditas (França, Reino Unido e EUA) são inimigos declarados do Estado Islâmico.
Nessa confusão, que papel cabe a Israel? Acho que nem eles sabem e não querem saber. Ficam quietos esperando para ver quem é que vai sobrar e permanentemente preparados para enfrentar qualquer um. A grande guerra não acabou no século XX e se prolonga no século atual. O Papa falou em terceira guerra e talvez já estejamos mesmo nela, ou melhor, é tudo consequência e continuação da primeira. Pois foi ao final da Primeira Guerra que o Oriente foi fatiado, por interesse das potências ocidentais, nos Estados atuais de Síria, Jordânia, Arábia Saudita, Iraque, etc. Antiquíssimos grupos tribais rivais se viram, de repente, pertencendo a um mesmo Estado, enquanto um mesmo grupo étnico acabou por se ver repartido entre 2 Estados diferentes, como aconteceu com os curdos.
A lealdade dos indivíduos desses grupos não é jamais a uma entidade abstrata como o Estado moderno. A lealdade é ao grupo, ao clã. Não há essa noção ocidental de pátria; e nação, para eles, é o seu grupo étnico.
A divisão arbitrária, produzida pela França e Reino Unido, não podia dar certo, como não deu. Nesse ambiente tenso e conturbado, a criação do Estado de Israel (necessidade legítima, a meu ver, do povo judeu) em 1948, só serviu para acrescentar mais lenha à fogueira, pois a introdução de mais um elemento de tensão na geopolítica local, se deu sem a negociação adequada, uma vez que os interlocutores (os Estados árabes artificiais) não tinham legitimidade para negociar. Por outro lado, após o Holocausto, o povo judeu adquiriu moralmente o direito a um Estado próprio que os defendesse de genocídios futuros. O imbróglio estava formado e sem possibilidade de solução a curto ou a médio prazo.
Depois da recente primavera árabe, a situação se degringolou rapidamente. As potências ocidentais vacilaram e na indecisão entre apoiar ou não o regime ditatorial do Assad, deixaram o Estado Islâmico florescer. Ainda não é tarde para agirem, mas a cada dia o custo vai se tornando maior e as consequências mais imprevisíveis.
Desta vez o estopim foi a conturbada relação entre sunitas e xiitas, que, recentemente, já vinha se deteriorando e assumiu agora um caráter de franco confronto entre a Arábia Saudita, país que exerce a liderança entre os sunitas e é considerado o guardião dos lugares sagrados do Islã, e o Irã, que, por sua vez, exerce a mesma função entre os xiitas.
A situação é pra lá de confusa: por exemplo, a monarquia saudita é wahabita, que é um ramo fundamentalista do Islã. Entretanto, essa monarquia é inimiga dos xiitas e aliada dos Estados Unidos, inimigo número 1 dos fundamentalistas de qualquer tipo. Para complicar mais, a Arábia Saudita vê com bons olhos as atividades do Estado Islâmico, que também é inimigo dos xiitas. Mas os aliados ocidentais dos Sauditas (França, Reino Unido e EUA) são inimigos declarados do Estado Islâmico.
Nessa confusão, que papel cabe a Israel? Acho que nem eles sabem e não querem saber. Ficam quietos esperando para ver quem é que vai sobrar e permanentemente preparados para enfrentar qualquer um. A grande guerra não acabou no século XX e se prolonga no século atual. O Papa falou em terceira guerra e talvez já estejamos mesmo nela, ou melhor, é tudo consequência e continuação da primeira. Pois foi ao final da Primeira Guerra que o Oriente foi fatiado, por interesse das potências ocidentais, nos Estados atuais de Síria, Jordânia, Arábia Saudita, Iraque, etc. Antiquíssimos grupos tribais rivais se viram, de repente, pertencendo a um mesmo Estado, enquanto um mesmo grupo étnico acabou por se ver repartido entre 2 Estados diferentes, como aconteceu com os curdos.
A lealdade dos indivíduos desses grupos não é jamais a uma entidade abstrata como o Estado moderno. A lealdade é ao grupo, ao clã. Não há essa noção ocidental de pátria; e nação, para eles, é o seu grupo étnico.
A divisão arbitrária, produzida pela França e Reino Unido, não podia dar certo, como não deu. Nesse ambiente tenso e conturbado, a criação do Estado de Israel (necessidade legítima, a meu ver, do povo judeu) em 1948, só serviu para acrescentar mais lenha à fogueira, pois a introdução de mais um elemento de tensão na geopolítica local, se deu sem a negociação adequada, uma vez que os interlocutores (os Estados árabes artificiais) não tinham legitimidade para negociar. Por outro lado, após o Holocausto, o povo judeu adquiriu moralmente o direito a um Estado próprio que os defendesse de genocídios futuros. O imbróglio estava formado e sem possibilidade de solução a curto ou a médio prazo.
Depois da recente primavera árabe, a situação se degringolou rapidamente. As potências ocidentais vacilaram e na indecisão entre apoiar ou não o regime ditatorial do Assad, deixaram o Estado Islâmico florescer. Ainda não é tarde para agirem, mas a cada dia o custo vai se tornando maior e as consequências mais imprevisíveis.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
A inocência da Anta
Engraçado como alguns mantras, repetidos subliminarmente pela imprensa cooptada, acabam por "pegar" na opinião pública, ou pelo menos em parte dela. Um deles, que agora já caiu por terra, era o de que Lula não tinha nada a ver com a organização criminosa que dilapidou o país. "Não há indícios contra ele", diziam os áulicos de plantão.
Agora, o mantra que persiste é a favor da Anta do Planalto. Dizem que "ela pode até ser incompetente, mas não é desonesta", "não roubou para si", como se isso bastasse para afastar o crime de responsabilidade, como se a omissão no cumprimento do dever de defender a coisa pública não estivesse claramente tipificada na Constituição, como se "só deixar roubar" fosse atestado de honestidade.
Dilma pode até não ter posto um centavo no próprio bolso - coisa que ainda está para ser investigada - mas que agiu propositalmente para que outros o fizessem, agiu. Alguns exemplos: foi ela quem aprovou, como presidente do Conselho da Petrobras, a malfadada compra de Pasadena; foi ela quem assinou a Medida Provisória que beneficiou a indústria automobilística e, pela qual, o filho do Exu Nove-Dedos ganhou 2 milhões de reais. Foi para a campanha dela que Yousseff liberou, a pedido de Palocci, outros 2 milhões de reais "em notas de 100" conforme declarou o doleiro. Foi ela quem nomeou, para a presidência da Petrobras, um suspeito de malversação de dinheiro enquanto era presidente do Banco do Brasil.
Tudo isso nada significa? Ainda há quem tenha a coragem de dizer que isso é atestado de honestidade da presidAnta? Tudo isso, sem falar no envolvimento dela com a produção de dossiês falsos contra os adversários políticos; no fato de que sua ex-chefe de gabinete, Erenice Guerra, quando era ministra, ter recebido propina dentro do palácio do Planalto. Nada disso a incrimina. São só coincidências, coitada! Todos os que a cercam, ou cercaram, acabaram sendo denunciados de alguma maracutaia e querem que acreditemos, que, nesse bordel, só ela é virgem!!! Contem outra, que essa não teve graça nenhuma.
Agora, o mantra que persiste é a favor da Anta do Planalto. Dizem que "ela pode até ser incompetente, mas não é desonesta", "não roubou para si", como se isso bastasse para afastar o crime de responsabilidade, como se a omissão no cumprimento do dever de defender a coisa pública não estivesse claramente tipificada na Constituição, como se "só deixar roubar" fosse atestado de honestidade.
Dilma pode até não ter posto um centavo no próprio bolso - coisa que ainda está para ser investigada - mas que agiu propositalmente para que outros o fizessem, agiu. Alguns exemplos: foi ela quem aprovou, como presidente do Conselho da Petrobras, a malfadada compra de Pasadena; foi ela quem assinou a Medida Provisória que beneficiou a indústria automobilística e, pela qual, o filho do Exu Nove-Dedos ganhou 2 milhões de reais. Foi para a campanha dela que Yousseff liberou, a pedido de Palocci, outros 2 milhões de reais "em notas de 100" conforme declarou o doleiro. Foi ela quem nomeou, para a presidência da Petrobras, um suspeito de malversação de dinheiro enquanto era presidente do Banco do Brasil.
Tudo isso nada significa? Ainda há quem tenha a coragem de dizer que isso é atestado de honestidade da presidAnta? Tudo isso, sem falar no envolvimento dela com a produção de dossiês falsos contra os adversários políticos; no fato de que sua ex-chefe de gabinete, Erenice Guerra, quando era ministra, ter recebido propina dentro do palácio do Planalto. Nada disso a incrimina. São só coincidências, coitada! Todos os que a cercam, ou cercaram, acabaram sendo denunciados de alguma maracutaia e querem que acreditemos, que, nesse bordel, só ela é virgem!!! Contem outra, que essa não teve graça nenhuma.
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