quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lula, o estafeta da Odebrecht

Antes de conhecer o esquema direito, a gente achava que Lula seria o chefe dos chefes, o comandante geral do esquema de propinas administrado pelo PT, PP e PMDB.
As empreiteiras faziam pose de vítimas, coitadinhas, as virgens seduzidas ou estupradas por aqueles que comandavam e ditavam as regras do jogo, como lamentou Léo Pinheiro, da OAS, em uma de suas delações.
Eram as regras do jogo, disse ele, e quem não jogasse por essas regras estaria "fora de campo".
Pois agora, conhecida a delação monstro da Odebrecht, que não precisa mais ser vazada pois o Departamento de Justiça americano não opera com "segredos", mas age transparentemente como deve ser em um país que respeita seus cidadãos, fica claro e perceptível que a situação era inversa. Quem comandava o esquema, definia os papéis e até mesmo as ações de governo, era o cartel criminoso, o cartel das empreiteiras, dirigido pela mui conhecida Odebrecht.
O capo dei tutti i capi da organização criminosa internacional, que atuou em 12 países, não foi ninguém mais, ninguém menos que a ex-poderosa Odebrecht. Mandava e desmandava. Planejava e mandava executar atos de governo, como as tais 9 medidas provisórias que confessadamente assumiu ter ordenado que se editassem, por serem de seu interesse.
Lula agia, na presidência, como um empregado da empresa; e não só no tempo em que era presidente, mas também depois, quando deixou em seu lugar um poste para continuar fazendo o que a Odebrecht queria que se fizesse.
Claro que a Odebrecht, magnânima, permitia também que outras empreiteiras fizessem uso do trabalho de seus empregados, mas quem liderava era ela, que definia os destinos da nação. Estávamos nas mãos deles e não sabíamos.
O uso do poder foi de tal maneira que é quase um milagre que todo esse arcabouço tenha vindo por água abaixo, por obra de um juiz que resolveu investigar direito um simples posto de gasolina e suas atividades de lavagem de veículos e de dinheiro.
Por essa e por outras é que, apesar de tudo, a gente ainda acredita que Deus é brasileiro.

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Lista dos países onde a Odebrecht atuou criminosamente, além do Brasil: 
Angola, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. Total de propina paga: 2 bilhões, 630 milhões de dólares. E ainda faltam dados de outros países, incluindo Cuba.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Apelidos ou Codinomes?

Vai entrar para o anedotário político a criatividade dos operadores do Departamento de Propinas da Odebrecht. Temos que rir para não chorar.
A lista é grande, obviamente, pois para cada corrupto há ao menos um apelido ou codinome correspondente. 
É interessante notar que codinomes foram usados por muitos daqueles que se diziam esquerdistas, revolucionários, anticapitalistas, para esconder a própria identidade e que acabaram pura e simplesmente no fundo do esgoto do próprio capitalismo, tentando esconder a identidade de nós outros, os honestos, que não precisam escondê-la de ninguém.
Pois o anedotário já vai recolhendo pérolas. Dá para montar aquele joguinho de duas colunas, em que se tem ligar os nomes certos da direita com os da esquerda.

Uma pequena amostra da lista atualizada é a seguinte:

  1. Amigo                Quem, senão ele, o Inefável Exu de Garanhuns.
  2. Italiano              Antônio Palocci
  3. Boca mole          Heráclito Fortes
  4. Esfiha                Samir Assad
  5. Kibe                  Adir Assad
  6. Brahma             Ele, de novo, o Inefável Exu Nove-dedos.
  7. Caju                  Romero Jucá
  8. Caranguejo        Eduardo Cunha
  9. Justiça              Renan Calheiros
  10. Indio                 Eunício de Oliveira
  11. Babbel              Geddel Vieira
  12. Primo                Eliseu Padilha
  13. Las Vegas          Anderson Dornelles (assessor de Dilma)
  14. Angorá              Moreira Franco
  15. Campari            Gim Argelo
  16. Gripado             Agripino Maia
  17. Botafogo           Rodrigo Maia
  18. Feia                  Lídice da mata
  19. Moleza              Jutahy Magalhães
  20. Encostado         ? -ainda não conhecido
  21. Todo Feio           Inaldo Leitão
  22. Velhinho            Francisco Dornelles
  23. Grisalhão           ? - ainda incógnito   
  24. Piqui                 Ciro Nogueira
  25. Kafta                Gilberto Kassab
  26. Proximus           Sérgio Cabral
  27. Xepa                 Mônica Santana
  28. Feira                 João Santana
  29. Nervosinho        Eduardo Paes
  30. Misericórdia       Antônio Brito
  31. Santo                Geraldo Alckmin
  32. Mineirinho          Aécio Neves


Como se pode ver, a lista percorre todo o espectro político-ideológico, começando no PT, passando pelo PCdoB e terminando no PSDB. Conclusão: a propina é democrática, não discrimina ninguém!


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

As pesquisas

Ora direis, ouvir pesquisas! As pesquisas deram um vexame recentemente nas eleições americanas. Todos já cantavam a vitória de Hillary quando foram atropelados pela Reality.

Aqui também não deixamos por menos. A última pesquisa Datafolha diz que Lula seria líder nas simulações de voto de primeiro turno. Essa mesma Datafolha diz que Lula tem um índice de rejeição de 44%, quase empatado com Temer., que é o campeão.

O único problema a aritmética não fecha! O Brasil tem 100 milhões de eleitores. Deduzindo 38% de abstenções e votos brancos e nulos, restam 62 milhões de votantes. Desses 62 milhões, deduzem-se os 44 que não votam em Lula de jeito nenhum, sobram 18 milhões de possíveis eleitores do Molusco; Mas, para que os números da Folha estejam certos, todos esses 18 milhões de eleitores que não rejeitam Lula, teriam que necessariamente votar nele, sem faltar nem um; e ainda assim não dariam o índice de 25 a 28% propalado pela tal pesquisa..

Isso, se e somente se, a base na qual se fez a pesquisa seja realmente representativa do eleitorado brasileiro. É evidente que essas pesquisas embutem vieses inconfessos. E é óbvio que qualquer pesquisa, principalmente as que envolvem probabilidades, podem muito bem ser mais ou menos dirigidas conforme o interesse do pesquisador ou de quem a encomenda. Que o digam as universidades! Que o digam as empresas fabricantes de medicamentos!

Os fatos são incontestes! As últimas pesquisas pre-eleitorais no Brasil e nos Estados Unidos foram retumbantes fracassos. O problema seria apenas das agências se essas pesquisas não acabassem por influenciar o eleitorado. E influenciam, quer para desistir de votar, quer para votar no candidato que esteja melhor colocado. É por isso que a legislação proíbe a divulgação de resultados de enquetes nas vésperas das eleições. Devia proibi-las 6 meses antes.

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