Resultado posto na mesa, resta agora tocar a bola pra frente. Essa constatação porém não nos impede de examinar como foi que as coisas se deram. Ao contrário, temos a obrigação de examiná-las, para saber o que devemos mudar nas nossas instituições para que elas representem a vontade e o interesse públicos.
Os bandidos conseguiram vencer essa batalha, mas não vão conseguir vencer a guerra contra o país. Temer, usando de sua prerrogativa constitucional (mais um ponto a ser mudado na reforma política), indicou, às vésperas da votação, dois ministros. Coincidentemente, votaram a favor de quem os indicou.
Um deles, Admar Gonzaga, teve seu impedimento argüído pelo Ministério Publico, uma vez que teria participado como advogado de uma das campanhas de Dilma. O vice-procurador , ao fazer essa argüição, estava cumprindo seu dever de ofício, entretanto foi violentamente atacado por Gilmar Mendes.
A mensagem que esse destempero passa ao país é que a casta dos juízes é intocável. Estão acima de todos e da Lei. Não podem ser contestados, nem confrontados! Calma lá, Gilmar Mendes! Talvez lá, em suas terras do Mato Grosso, como disse Joaquim Barbosa, o ministro grite com seus capangas e seja senhor de baraço e cutelo, mas não na mais alta corte eleitoral do país! Isso é inadmissível!
O Brasil precisa mudar muito! Ainda estamos longe de ser uma república! Certas "autoridades" ainda pensam que podem fazer o que quiserem, que são cidadãos de uma classe especial, imune ao alcance da lei, e que não tem satisfações a dar a quem lhes paga os salários. Isso não é república, quando muito uma república de bananas!
Outro fato muito estranho terá que ser investigado e esclarecido ao país. De repente, o filho do ministro Napoleão chega ao tribunal e, quer porque quer, entrar no plenário, onde se desenrolava a sessão, para entregar ao pai um envelope, que segundo o próprio Napoleão, conteria fotos de uma neta!
Conta outra, ministro! Qual seria a urgência de lhe entregarem as fotos? Era uma urgência de tal ordem, que teria que se interromper uma sessão histórica do tribunal? Isso não poderia esperar pelo intervalo de almoço? E, em tempos de mídia social, essas "fotos" não poderiam ter sido mandadas por algum aplicativo de celular?
Pode até não acontecer nada, mas a nação não deveria ter que conviver com mais esse mistério. Nós não merecemos isso! Ou será que merecemos?
sábado, 10 de junho de 2017
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Defender o mandato ou o país?
Qualquer que seja o resultado do julgamento de hoje da chapa Dilma-Temer, no TSE, uma coisa é certa: o ministro Herman Benjamin entrou para a história e para o panteão dos homens dignos dessa sofrida Pátria.
Dentre suas frases lapidares e seu estilo direto e didático destaca-se uma, referindo-se aos colegas que querem enterrar provas:
Nesse processo doloroso, já pudemos identificar, além do nome mais emblemático, o do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba, representados por Deltan Dallagnol, outros, como o juiz federal Marcelo Bretas do Rio, o de Brasília, Valisney Oliveira. Agora, tomamos conhecimento da composição do TSE, e o ministro Herman Benjamin fez um trabalho espetacular, não só no sentido de desmontar a trama urdida por detrás das fachadas de legalidade das campanhas eleitorais, como preparou um voto primoroso e o defendeu com unhas e dentes no plenário, ao ponto de o ministro Admar Gonzaga (que foi indicado com a missão de defender o Temer) confessar seu constrangimento diante do relator.
Como, diante de provas oceânicas de corrupção, como afirmou o ministro Herman, ainda se vai dizer que não houve abuso de poder econômico? tem que ficar constrangido mesmo!
Oxalá, esse constrangimento seja suficiente para o ministro Admar e o ministro Napoleão mudarem de ideia e resolverem defender o Brasil.
Dentre suas frases lapidares e seu estilo direto e didático destaca-se uma, referindo-se aos colegas que querem enterrar provas:
"Eu recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar de velório, mas não carrego o caixão".É assim, que, aos poucos, vamos identificando no meio dos escombros de um país arrasado pela corrupção, que ainda existem homens públicos honrados. Isso nos resgata um fio de esperança. Nem tudo está perdido.
Nesse processo doloroso, já pudemos identificar, além do nome mais emblemático, o do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba, representados por Deltan Dallagnol, outros, como o juiz federal Marcelo Bretas do Rio, o de Brasília, Valisney Oliveira. Agora, tomamos conhecimento da composição do TSE, e o ministro Herman Benjamin fez um trabalho espetacular, não só no sentido de desmontar a trama urdida por detrás das fachadas de legalidade das campanhas eleitorais, como preparou um voto primoroso e o defendeu com unhas e dentes no plenário, ao ponto de o ministro Admar Gonzaga (que foi indicado com a missão de defender o Temer) confessar seu constrangimento diante do relator.
Como, diante de provas oceânicas de corrupção, como afirmou o ministro Herman, ainda se vai dizer que não houve abuso de poder econômico? tem que ficar constrangido mesmo!
Oxalá, esse constrangimento seja suficiente para o ministro Admar e o ministro Napoleão mudarem de ideia e resolverem defender o Brasil.
Cousas e lousas II
O Brasil não pára de produzir momentos hilários de subdesenvolvimento. Que falta faz um Stanislaw Ponte Preta!
- Distraído, Temer viajou, mais de uma vez, no jatinho de prefixo PR-JBS. Mesmo não sabia quem era o dono da aeronave, nem desconfiava.
- No dia do embarque para Comandatuba, Joesley mandou entregar flores para a Marcela no hangar e provocou a fúria ciumenta de Michel. Teve que dizer que sua mãe era quem tinha mandado o buquê.
- Uma mulher tentou entrar no palácio do Planalto hoje (07/09) e, quando foi impedida pelos seguranças, jogou-se ao chão gritando: "Michel Temer, eu te amo!" O nome dela é Janete!
- Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves mantinham uma conta conjunta na Suíça! Que lindo!
Assinar:
Postagens (Atom)
Seguidores do Blog
Blogs que sigo
No Twitter:
Wikipedia
Resultados da pesquisa