sábado, 10 de junho de 2017

As fotos da netinha!

Resultado posto na mesa, resta agora tocar a bola pra frente. Essa constatação porém não nos impede de examinar como foi que as coisas se deram. Ao contrário, temos a obrigação de examiná-las, para saber o que devemos mudar nas nossas instituições para que elas representem a vontade e o interesse públicos.

Os bandidos conseguiram vencer essa batalha, mas não vão conseguir vencer a guerra contra o país. Temer, usando de sua prerrogativa constitucional (mais um ponto a ser mudado na reforma política), indicou, às vésperas da votação, dois ministros. Coincidentemente, votaram a favor de quem os indicou.

Um deles, Admar Gonzaga, teve seu impedimento argüído pelo Ministério Publico, uma vez que teria participado como advogado de uma das campanhas de Dilma. O vice-procurador , ao fazer essa argüição, estava cumprindo seu dever de ofício, entretanto foi violentamente atacado por Gilmar Mendes.
A mensagem que esse destempero passa ao país é que a casta dos juízes é intocável. Estão acima de todos e da Lei. Não podem ser contestados, nem confrontados! Calma lá, Gilmar Mendes! Talvez lá, em suas terras do Mato Grosso, como disse Joaquim Barbosa, o ministro grite com seus capangas e seja senhor de baraço e cutelo, mas não na mais alta corte eleitoral do país! Isso é inadmissível!

O Brasil precisa mudar muito! Ainda estamos longe de ser uma república! Certas "autoridades" ainda pensam que podem fazer o que quiserem, que são cidadãos de uma classe especial, imune ao alcance da lei, e que não tem satisfações a dar a quem lhes paga os salários. Isso não é república, quando muito uma república de bananas!

Outro fato muito estranho terá que ser investigado e esclarecido ao país. De repente, o filho do ministro Napoleão chega ao tribunal e, quer porque quer, entrar no plenário, onde se desenrolava a sessão, para entregar ao pai um envelope, que segundo o próprio Napoleão, conteria fotos de uma neta!

Conta outra, ministro! Qual seria a urgência de lhe entregarem as fotos? Era uma urgência de tal ordem, que teria que se interromper uma sessão histórica do tribunal? Isso não poderia esperar pelo intervalo de almoço? E, em tempos de mídia social, essas "fotos" não poderiam ter sido mandadas por algum aplicativo de celular?

Pode até não acontecer nada, mas a nação não deveria ter que conviver com mais esse mistério. Nós não merecemos isso! Ou será que merecemos?

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